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Na primeira noite de restrições no Rio, bares insistem em abrir

Bares continuam funcionando na zona sul do Rio de Janeiro
© Tânia Rêgo/Agência Bra­sil (Repro­du­ção)

Liminar permitiu funcionamento de estabelecimentos até as 20h


Publi­ca­do em 05/03/2021 — 21:58 Por Vla­di­mir Pla­to­now — Repór­te­res da Agên­cia Bra­sil* — Rio de Janei­ro

Na pri­mei­ra noi­te de res­tri­ções no muni­cí­pio do Rio de Janei­ro, nes­ta sex­ta-fei­ra (5), mui­tos bares insis­ti­ram em des­res­pei­tar o decre­to muni­ci­pal e per­ma­ne­ce­ram aber­tos. Embo­ra a mai­o­ria dos res­tau­ran­tes tenha cum­pri­do a deter­mi­na­ção de fechar às 17h, sen­do que uma limi­nar de últi­ma hora per­mi­tiu a aber­tu­ra até as 20h, um gran­de núme­ro de bote­cos per­ma­ne­ceu fun­ci­o­nan­do.

Na zona sul da cida­de, a mai­or par­te dos bares e res­tau­ran­tes cum­priu a deter­mi­na­ção e cer­rou as por­tas as 20h. Esta­be­le­ci­men­tos da rua Jar­dim Botâ­ni­co, fre­quen­ta­dos pelo públi­co de mai­or poder aqui­si­ti­vo, esta­vam fecha­dos. Na região conhe­ci­da como Bai­xo Bota­fo­go, os pou­cos bares que esta­vam à meia por­ta abas­te­ci­am motos de tele-entre­gas. Em Ipa­ne­ma e no Fla­men­go, bares tra­di­ci­o­nais aca­ta­ram o decre­to muni­ci­pal e fecha­ram. Ape­nas em Copa­ca­ba­na, alguns bote­quins insis­ti­ram em fun­ci­o­nar.

Na zona nor­te, no Bou­le­vard 28 de Setem­bro, cora­ção boê­mio de Vila Isa­bel, a qua­se tota­li­da­de dos res­tau­ran­tes e bares fechou as por­tas. Às 20h30 as cal­ça­das, nor­mal­men­te chei­as de boê­mi­os, esta­vam escu­ras e com pes­so­as vol­tan­do para casa ou fazen­do com­pras nos mer­ca­dos, pada­ri­as e far­má­ci­as, auto­ri­za­dos a abrir.

A exce­ção eram os peque­nos bote­cos, lota­dos de cli­en­tes, qua­se todos aglo­me­ra­dos em tor­no das peque­nas mesas, con­su­min­do bebi­das alcoó­li­cas. Nas ruas inter­nas de Vila Isa­bel, no entor­no do Mor­ro dos Maca­cos, onde difi­cil­men­te a fis­ca­li­za­ção da pre­fei­tu­ra apa­re­ce, até pela pos­si­bi­li­da­de de con­fron­to com tra­fi­can­tes que domi­nam a área, os bote­cos fun­ci­o­na­vam nor­mal­men­te, nem dis­far­çan­do, com todas as por­tas aber­tas e mesas nas cal­ça­das.

Liminar

Um fato que con­fun­diu os comer­ci­an­tes foi a con­ces­são de uma limi­nar judi­ci­al, já no fim da tar­de, auto­ri­zan­do os bares a fun­ci­o­na­rem até as 20h, ao invés das 17h, como está no decre­to muni­ci­pal. A pre­fei­tu­ra do Rio dis­se que vai recor­rer da deci­são.

“De acor­do com a Vigi­lân­cia em Saú­de e a Secre­ta­ria de Ordem Públi­ca, o horá­rio das 17h, que cons­ta no decre­to, foi esta­be­le­ci­do a par­tir de ori­en­ta­ção téc­ni­ca para dimi­nuir a cir­cu­la­ção de pes­so­as, evi­tar aglo­me­ra­ção e garan­tir o dis­tan­ci­a­men­to soci­al. Somen­te este ano, das 284 infra­ções sani­tá­ri­as, mais de 87% foram rea­li­za­das no perío­do notur­no, evi­den­ci­an­do este ser o horá­rio com mais pon­tos de aglo­me­ra­ção e des­cum­pri­men­to das regras por par­te da popu­la­ção”, se pro­nun­ci­ou a pre­fei­tu­ra em nota.

Segun­do a Secre­ta­ria Muni­ci­pal de Saú­de, foi cons­ta­ta­do na quin­ta-fei­ra (4) um aumen­to de 16% dos casos de aten­di­men­to de sín­dro­me gri­pal e sín­dro­me res­pi­ra­tó­ria agu­da gra­ve nas uni­da­des de urgên­cia e emer­gên­cia da cida­de, “o que refor­ça a neces­si­da­de de mai­or rigor nas medi­das de pro­te­ção à vida”.

* Cola­bo­rou Mario Tole­do

Edi­ção: Ali­ne Leal

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