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Natal deste ano deve movimentar R$ 69,75 bilhões no varejo, diz CNC

Aumento real de 1,3% ainda será inferior ao patamar pré-pandemia

Rafael Car­doso – Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 04/12/2024 — 19:48
Rio de Janeiro
São Paulo - Comércio do centro da capital se prepara para as vendas de Natal (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Repro­dução: © Rove­na Rosa/Agência Brasil

A Con­fed­er­ação Nacional do Comér­cio de Bens, Serviços e Tur­is­mo (CNC) esti­ma que o Natal deste ano movi­mente R$ 69,75 bil­hões em ven­das, o que rep­re­sen­ta aumen­to real de 1,3% (já descon­ta­da a inflação) no fat­u­ra­men­to do vare­jo. Mes­mo assim, o setor ain­da não vai con­seguir igualar o pata­mar pré-pan­demia: em 2019, a movi­men­tação foi de R$ 73,74 bil­hões.

A esti­ma­ti­va é que super e hiper­me­r­ca­dos rep­re­sen­tem 45% (R$ 31,37 bil­hões) da movi­men­tação finan­ceira. Na sequên­cia, vêm lojas espe­cial­izadas em itens de ves­tuário, calça­dos e acessórios, com 28,8% do total (R$ 20,07 bil­hões), e esta­b­elec­i­men­tos volta­dos para arti­gos de usos pes­soal e domés­ti­co, com 11,7% (R$ 8,16 bil­hões).

“A atu­al dinâmi­ca de con­sumo tem atu­a­do no incre­men­to das ven­das neste fim de ano. Mas as condições menos favoráveis cau­sadas pelo aper­to mon­etário ini­ci­a­do em setem­bro pelo Ban­co Cen­tral já são sen­ti­das pelo con­sum­i­dor final. Isso expli­ca a cur­va de cresci­men­to menos acen­tu­a­da no com­par­a­ti­vo com o ano pas­sa­do, quan­do pro­je­ta­mos o aumen­to de 5,6%”, disse o pres­i­dente do Sis­tema CNC-Sesc-Senac, José Rober­to Tadros.

Os números são des­fa­voráveis para os que bus­cam um vaga de tra­bal­ho. A CNC esti­ma a con­tratação de 98,1 mil fun­cionários tem­porários para aten­der ao vol­ume de ven­das do Natal, 2,3 mil tra­bal­hadores a menos do que no ano pas­sa­do.

“Curiosa­mente, o número é menor do que o do ano pas­sa­do, quan­do mais de 100 mil tem­porários foram con­trata­dos. A razão dis­so é o fato de que o quadro de fun­cionários das empre­sas veio crescen­do ao lon­go do ano, com o aumen­to de aprox­i­mada­mente 3% na força de tra­bal­ho, nos últi­mos 12 meses, ou seja, mais de 240 mil vagas cri­adas”, afir­mou o econ­o­mista-chefe da CNC, Fábio Bentes. Segun­do ele, isso faz com que o vare­jo depen­da menos do tra­bal­ho tem­porário.

“Já para 2025, a expec­ta­ti­va do próprio setor é que sejam efe­ti­va­dos aprox­i­mada­mente 8 mil dess­es tra­bal­hadores tem­porários”, disse o econ­o­mista.

A desval­oriza­ção cam­bial deve aumen­tar os preços dos pro­du­tos natal­i­nos, com cresci­men­to médio de 5,8%, de acor­do com o Índice de Preços ao Con­sum­i­dor Amp­lo-15 (IPCA-15), na medição dos 12 meses encer­ra­dos em dezem­bro. O val­or da ces­ta deve ser pres­sion­a­do pela alta do val­or dos livros (12,0%), dos pro­du­tos para a pele (9,5%) e dos ali­men­tos em ger­al (8,3%). Por out­ro lado, devem ficar mais baratos pre­sentes como bici­cle­tas (que­da de 6,2%), apar­el­hos tele­fôni­cos (redução de 5,5%) e brin­que­dos (diminuição de 3,5%).

Na análise por esta­dos, São Paulo (R$ 20,96 bil­hões), Minas Gerais (R$ 7,12 bil­hões), Rio de Janeiro (R$ 5,86 bil­hões) e Rio Grande do Sul (R$ 4,77 bil­hões) devem con­cen­trar mais da metade (55,5%) da movi­men­tação finan­ceira pre­vista pela CNC. Paraná e Bahia são os esta­dos com maiores pro­jeções de avanço nas ven­das: aumen­to no fat­u­ra­men­to de 5,1% e 3,6%, respec­ti­va­mente.

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