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Negros enfrentam desigualdades no mercado de trababalho, diz Dieese

Repro­dução: © Mar­cel­lo Casal Jr / Agên­cia Brasil

Trabalhador negro tem menos oportunidades e salários mais baixos


Pub­li­ca­do em 18/11/2022 — 19:49 Por Bruno Boc­chi­ni – Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

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Pesquisa do Depar­ta­men­to Inter­sindi­cal de Estatís­ti­ca e Estu­dos Socioe­conômi­cos (Dieese) mostra que per­siste a desigual­dade entre pes­soas negras e não negras no mer­ca­do de tra­bal­ho. O lev­an­ta­men­to, divul­ga­do hoje (18), desta­ca ain­da a desigual­dade de gênero nas relações de empre­ga­bil­i­dade.

De acor­do com a pesquisa, no segun­do trimestre de 2022, as mul­heres negras viven­ci­avam taxa de des­ocu­pação de 13,9%. Para os home­ns negros, a taxa era de 8,7%; para as não negras, de 8,9%; e para os não negros, a taxa foi a menor, d6,1%.

A desigual­dade se repete na for­mal­iza­ção dos con­tratos de tra­bal­ho. Segun­do o lev­an­ta­men­to, no segun­do trimestre deste ano, mais de 30% do total dos ocu­pa­dos se inseri­ram como assalari­a­dos com carteira. No entan­to, entre o total de negras ocu­padas, 31,5% tin­ham carteira assi­na­da. Já entre os home­ns negros ocu­pa­dos, a pro­porção de tra­bal­hadores for­mais era de 37,1%. O per­centu­al é de 36,8% para mul­heres não negras e de 39,6% para home­ns não negros.

Entre todos os seg­men­tos pop­u­la­cionais, a pro­porção de negros em sub­ocu­pação no segun­do trimestre de 2022 foi maior tam­bém: 10% entre as negras ocu­padas e 6,5%, entre os negros ocu­pa­dos. Na mes­ma situ­ação estavam 6,7% das mul­heres não negras e 4,0% dos home­ns não negros.

São con­sid­er­a­dos sub­ocu­padas as pes­soas que gostari­am de ter jor­na­da maior e têm disponi­bil­i­dade para tra­bal­har mais, se hou­vesse opor­tu­nidade.

Salários

A pesquisa mostra que há difer­ença tam­bém nos salários. Os não negros recebem, em média, mais do que os negros. No segun­do trimestre de 2022, enquan­to o homem não negro rece­beu, em média, R$ 3.708 e a mul­her não negra, R$ 2.774, a tra­bal­hado­ra negra gan­hou, em média, R$ 1.715, e o negro, R$ 2.142.

Os números indicam que a mul­her negra rece­beu, no segun­do trimestre, 46,3% do rendi­men­to rece­bido pelo homem não negro. Para o homem negro, a pro­porção foi de 58,8%.

“A difer­ença entre os rendi­men­tos de negros e não negros é con­stante nos dados do mer­ca­do de tra­bal­ho e pre­cisa ser mod­i­fi­ca­da a par­tir de políti­cas públi­cas e sen­si­bi­liza­ção da sociedade. Não impor­ta somente ele­var a esco­lar­i­dade da pop­u­lação negra, mas sen­si­bi­lizar a sociedade em relação à dis­crim­i­nação exis­tente no mer­ca­do de tra­bal­ho, que penal­iza parcela expres­si­va de brasileiros”, desta­ca o tex­to da pesquisa.

Edição: Nádia Fran­co

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