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Nível do Guaíba fica abaixo da cota de inundação pela 1ª vez em um mês

Repro­dução: © Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Com o recuo, muitas pessoas retornam a seus lares e comércios


Publicado em 01/06/2024 — 09:35 Por Felipe Pontes — Repórter da Agência Brasil* — Brasília

O nív­el do Rio Guaí­ba, em Por­to Ale­gre, ficou neste sába­do (1º) abaixo da cota de inun­dação pela primeira vez em um mês, ten­do atingi­do a mar­ca de 3,58 met­ros às 5h, dois cen­tímet­ros a menos que o pata­mar de trans­bor­da­men­to (3,6 met­ros).

O nív­el do Rio vem sendo mon­i­tora­do em tem­po real, com o auxílio de lasers, na régua insta­l­a­da na Usi­na do Gasômetro, em Por­to Ale­gre. Os dados são com­pi­la­dos e divul­ga­dos pela Agên­cia Nacional de Águas (ANA), a par­tir do tra­bal­ho de cam­po da Rede Hidrom­e­te­o­rológ­i­ca Nacional e do Insti­tu­to de Pesquisas Hidráuli­cas da Uni­ver­si­dade Fed­er­al do Rio Grande do Sul.

O Guaí­ba não fica­va abaixo da cota de inun­dação des­de as 23h de 2 de maio, quan­do subiu a 3,67 met­ros. Com o recuo do rio, muitas pes­soas retor­nam a seus lares e comér­cios pela primeira vez em mais de 25 dias em bair­ros como Humaitá, onde fica o pátio do metrô, e na Vila Far­ra­pos, onde há muitas residên­cias.

Na últi­ma terça-feira (28), o gov­er­no do Rio Grande do Sul alter­ou a cota de inun­dação de 3 met­ros para 3,6 met­ros. A mudança foi ado­ta­da para refle­tir as medições feitas em uma nova régua insta­l­a­da mais ao sul do Cais Mauá, onde o nív­el era reg­istra­do até o iní­cio de maio.

Na práti­ca, a mudança no nív­el da cota de inun­dação não altera a medição da máx­i­ma do Guaí­ba, que chegou a 5,35 met­ros em 5 de maio, maior mar­ca da história. Isso porque quan­do o nív­el do rio está a 3,6 met­ros no Gasômetro, ele se encon­tra a 3 met­ros no Cais Mauá.

As fortes chu­vas que atin­gi­ram o esta­do começaram a cair em 27 de abril, ten­do avança­do na direção norte por mais de uma sem­ana. O mau tem­po deixou um ras­tro de enx­ur­radas e inun­dações, com mortes e destru­ição ao lon­go de rios como Taquari, Sinos, Caí, Gra­vataí, Par­do e Jacuí. Um imen­so vol­ume d´água depois desem­bo­cou no Guaí­ba.

O trans­bor­da­men­to do Guaí­ba inun­dou diver­sos bair­ros da cap­i­tal gaúcha, provo­can­do mortes e destru­in­do os bens de mil­hares de famílias. A infraestru­tu­ra do esta­do tam­bém ficou forte­mente com­pro­meti­da, com dezenas de desliza­men­tos e pontes arras­tadas, o que deixou mil­hares de famílias ilhadas. Até o momen­to, foram mais de 77 mil res­gates.

De acor­do com as infor­mações mais recentes da Defe­sa Civ­il gaúcha, até momen­to foram reg­istra­dos 171 mor­tos, 806 feri­dos, enquan­to 43 pes­soas seguem desa­pare­ci­das. Mais de 2,3 mil­hões de pes­soas foram afe­tadas. No auge das cheias, cer­ca de 630 mil tiver­am que deixar suas casas. Há ain­da 39 mil pes­soas em abri­gos tem­porários.

*Matéria alter­a­da às 10h32 de hoje (1º) para atu­al­iza­ção de infor­mações (número de mor­tos e de desa­pare­ci­dos).

Edição: Graça Adju­to

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