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No Dia de Combate ao Fumo, entidades alertam sobre cigarro eletrônico

Repro­dução: © Joéd­son Alves/Agência Brasil

Consumo do produto aumentou 600% nos últimos seis anos no mundo


Publicado em 29/08/2024 — 08:28 Por Alana Gandra — Repórter da Agência Brasil — Rio de Janeiro

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No Dia Nacional de Com­bate ao Fumo, comem­o­ra­do nes­ta quin­ta-feira (29), a Fun­dação do Câncer reforça o Movi­men­to Vape­OFF, con­tra os cig­a­r­ros eletrôni­cos, fazen­do um ape­lo à pop­u­lação, em espe­cial aos jovens, para que “se liguem na vida e sejam um vape­OFF”. Em parce­ria com a Anup Social, que inte­gra a Asso­ci­ação Nacional das Uni­ver­si­dades Par­tic­u­lares (ANUP), a enti­dade espera mobi­lizar jovens e adul­tos a aderirem à cam­pan­ha de com­bate ao uso cres­cente do pro­du­to, tam­bém con­heci­do como vape ou pod.

A cam­pan­ha inclui uma série de mate­ri­ais com videoaula, que está sendo encam­in­ha­da a pro­fes­sores dos ensi­nos médio e uni­ver­sitário, além de depoi­men­tos de per­son­al­i­dades sobre a questão do cig­a­r­ro eletrôni­co, entre elas artis­tas, autori­dades de saúde e influ­en­ci­adores. A fun­dação con­ta com a parce­ria tam­bém de empre­sas, como a Eco­ponte e a Onbus, que vão veic­u­lar gra­tuita­mente as men­sagens da Fun­dação do Câncer em suas áreas de atu­ação.

O dire­tor exec­u­ti­vo da Fun­dação do Câncer, cirurgião oncológi­co Luiz Augus­to Mal­toni, disse à Agên­cia Brasil que a meta é tra­bal­har “muito pesada­mente para mostrar à pop­u­lação, aos pro­fes­sores, pais e respon­sáveis, e sobre­tu­do aos próprios jovens, den­tro das uni­ver­si­dades e esco­las, os male­fí­cios do con­sumo de cig­a­r­ros eletrôni­cos”. Serão disponi­bi­liza­dos para as esco­las e uni­ver­si­dades mate­ri­ais de infor­mação sobre os peri­gos do pro­du­to.

Um milhão de pessoas

O epi­demi­ol­o­gista e con­sul­tor médi­co da Fun­dação do Câncer, Alfre­do Scaff, desta­cou que, de acor­do com estu­do da Orga­ni­za­ção Pan-Amer­i­cana de Saúde (OPAS), o con­sumo do cig­a­r­ro eletrôni­co aumen­tou 600% nos últi­mos seis anos, em todo o mun­do. “E no Brasil não é difer­ente”, afir­mou. Dados do Min­istério da Saúde mostram que mais de 1 mil­hão de pes­soas já exper­i­men­ta­ram ess­es dis­pos­i­tivos eletrôni­cos, ape­sar de sua com­er­cial­iza­ção ser proibi­da pela Agên­cia Nacional de Vig­ilân­cia San­itária (Anvisa) des­de 2009. O mais grave é que 70% desse públi­co é for­ma­do por ado­les­centes e adul­tos jovens de 15 a 24 anos, com­ple­men­tou Scaff.

O foco é tra­bal­har a pop­u­lação de maneira ger­al mas, sobre­tu­do, a pop­u­lação jovem, que fica vul­neráv­el às ameaças da fal­sa ideia de que o cig­a­r­ro eletrôni­co não faz mal, trav­es­ti­do de sabores e aro­mas, disse Luiz Augus­to Mal­toni. A ideia é tra­bal­har o tema em salas de aula, acom­pan­hado de filmes, para aju­dar os pro­fes­sores a terem con­teú­do qual­i­fi­ca­do para faz­er com que ess­es jovens se sen­si­bi­lizem. Em 2025, a Fun­dação do Câncer pre­tende lançar o Desafio Uni­ver­sitário, em parce­ria com a Anup Social, para levar o ambi­ente uni­ver­sitário a pen­sar a questão do cig­a­r­ro eletrôni­co e bus­car soluções, a par­tir de pro­je­tos que pos­sam chegar a alunos do ensi­no médio e das uni­ver­si­dades de modo a evi­tar que ess­es ado­les­centes ini­ciem o hábito do cig­a­r­ro, seja eletrôni­co ou não.

Mal­toni infor­mou que o tabag­is­mo é con­sid­er­a­do doença pediátri­ca. Uma pub­li­cação do Ban­co Mundi­al (BIRD) de 1999 mostrou que 90% dos tabag­is­tas começam a fumar antes dos 19 anos, com idade média de ini­ci­ação aos 15. “Por isso, nos­so movi­men­to tam­bém visa levar essa questão para as esco­las. Quer­e­mos incen­ti­var pro­fes­sores a con­ver­sar com seus alunos sobre os male­fí­cios do vape”, afir­mou Mal­toni.

Cigarro Eletrônico, Vape. Foto: haiberliu/Pixabay
Repro­dução: Cig­a­r­ro eletrôni­co, vape — Foto haiberliu/Pixabay

Em parce­ria com a Anup Social, a Fun­dação do Câncer criou um kit dig­i­tal anti­vape, com peças para serem usadas gra­tuita­mente por todas as esco­las públi­cas e pri­vadas do país. Foram disponi­bi­lizadas qua­tro videoaulas, com ques­tionários para debate nas tur­mas, car­taz, ban­ner para sitesposts para redes soci­ais, fil­tro para Insta­gram e What­sApp Card. A intenção foi cri­ar peças que lev­em infor­mações sobre os peri­gos do cig­a­r­ro eletrôni­co para a saúde por meio de lin­guagem que se comu­nique com os jovens. As peças estão sendo dis­tribuí­das a mais de 200 fac­ul­dades, cen­tros uni­ver­sitários e uni­ver­si­dades asso­ci­adas à ANUP, que con­tam com mais de 4 mil­hões de estu­dantes matric­u­la­dos. Elas ficarão disponíveis tam­bém na pági­na do Movi­men­to Vape­OFF, de modo que qual­quer insti­tu­ição de ensi­no do país pos­sa ter aces­so. O aces­so às vídeoaulas e ao kit dig­i­tal anti­vape pode ser obti­do no endereço www.cancer.org.br/vapeoff.

Info.Collect

Tam­bém nes­ta quin­ta-feira (29), a Fun­dação do Câncer lança a sex­ta edição da pesquisa Info.Oncollect, bole­tim per­iódi­co que traz dados sobre o tabag­is­mo e a mor­tal­i­dade por câncer de pul­mão no Brasil. O tra­bal­ho mostra que emb­o­ra no Brasil haja uma políti­ca bem estru­tu­ra­da de con­t­role do taba­co, que lev­ou à diminuição da prevalên­cia de fumantes entre os home­ns, reduzin­do em 1% a mor­tal­i­dade por câncer de pul­mão entre pes­soas do sexo mas­culi­no, a mor­tal­i­dade entre as mul­heres aumen­tou. Elas começaram a fumar mais tar­dia­mente do que os home­ns. A expan­são do número de mul­heres fumantes começa a se refle­tir na mor­tal­i­dade aumen­ta­da entre as mul­heres por câncer de pul­mão, infor­mou Luiz Augus­to Mal­toni. “Ape­sar de haver que­da da mor­tal­i­dade por câncer de pul­mão de 1% em todo o país, foi reg­istra­do aumen­to médio de 2% entre mul­heres brasileiras, o que pode ser expli­ca­do pelo hábito de fumar”.

O lev­an­ta­men­to indi­cou tam­bém ele­va­do número de jovens estu­dantes que exper­i­men­ta­ram o vape, mais de 20% em ambos os sex­os. Mal­toni esti­mou que as estatís­ti­cas dos male­fí­cios do uso do vape em relação ao câncer de pul­mão terão reflexo em 20 anos, uma vez que o câncer de pul­mão é uma doença que avança lenta­mente. Os cig­a­r­ros eletrôni­cos con­têm nicoti­na deriva­da do taba­co, cuja con­cen­tração é cer­ca de duas a três vezes maior do que os cig­a­r­ros con­ven­cionais. Por isso, os espe­cial­is­tas aler­tam para pos­sív­el ele­vação de casos de câncer de pul­mão em idade mais jovem, antes dos 50 anos, faixa em que a doença era mais noti­fi­ca­da.

Alfre­do Scaff desta­cou a neces­si­dade da retoma­da urgente das cam­pan­has educa­ti­vas nacionais feitas pelos min­istérios da Saúde e da Edu­cação, bem como a fis­cal­iza­ção de fron­teiras e o com­bate ao con­tra­ban­do, à fal­si­fi­cação e à com­er­cial­iza­ção dos cig­a­r­ros tradi­cionais e eletrôni­cos, além da disponi­bi­liza­ção de medica­men­tos e insumos para con­ter o tabag­is­mo.

O dire­tor exec­u­ti­vo da Fun­dação do Câncer disse que é pre­ciso aumen­tar o impos­to sobre os pro­du­tos fumígenos. Lev­an­ta­men­to anu­al dos preços de um maço de cig­a­r­ro entre os 188 país­es que assi­naram a Con­venção-Quadro para o Con­t­role do Taba­co da Orga­ni­za­ção Mundi­al de Saúde (OMS), feito pelo Cen­tro de Apoio ao Tabag­ista, rev­ela que o val­or é de R$ 33,26 em Por­tu­gal, R$ 48,59 na Ale­man­ha e R$ 61,93 na Fin­lân­dia, con­tra ape­nas R$ 9,75 no Brasil o que, segun­do ele, favorece o vício.

Aditivos

A coor­de­nado­ra do Pro­je­to de Con­t­role do Taba­co da ACT Pro­moção da Saúde, Mar­i­ana Pin­ho, disse à Agên­cia Brasil que são obje­tos da cam­pan­ha da orga­ni­za­ção neste ano os adi­tivos de aro­mas e sabores usa­dos pela indús­tria do taba­co nos cig­a­r­ros eletrôni­cos e con­ven­cionais. “A gente entende que ess­es pro­du­tos eletrôni­cos ou vapes são prej­u­di­ci­ais à saúde e que a reg­u­la­men­tação fei­ta pela Anvisa des­de 2009 pro­tege a pop­u­lação e coibiu a dis­sem­i­nação desen­f­rea­da no Brasil”.

A Pesquisa Nacional de Saúde, fei­ta em 2019, obser­vou que na pop­u­lação aci­ma de 15 anos, 0,6% usa­va cig­a­r­ros eletrôni­cos. Na avali­ação de Mar­i­ana, isso tem tudo a ver com a res­olução da Anvisa de proibir a cir­cu­lação dess­es apar­el­hos. “Ago­ra, depois de cin­co anos de a Anvisa se debruçar na revisão dessa res­olução, ela enten­deu que além da proibição que já exis­tia, dev­e­ria ampli­ar a proibição à fab­ri­cação, ao trans­porte, armazena­men­to, à dis­tribuição. “Toda a evidên­cia lev­an­ta­da, inclu­sive em con­sul­tas a insti­tu­tos de pesquisa, usuários, setor reg­u­la­do, sobre esse tema indi­ca­va que a con­du­ta da Anvisa dev­e­ria ser man­ti­da na proibição da cir­cu­lação dos cig­a­r­ros eletrôni­cos”.

A ACT Pro­moção da Saúde apoia a Anvisa e é con­trária ao Pro­je­to de Lei 5.008, de 2023, que, além de esta­b­ele­cer a lib­er­ação dess­es pro­du­tos, pre­vê o uso de adi­tivos de aro­mas e sabores. Per­mite ain­da a ven­da na inter­net, que é con­trária à leg­is­lação exis­tente con­tra o tabag­is­mo. A com­er­cial­iza­ção pela inter­net aumen­ta a pos­si­bil­i­dade de menores adquirirem ess­es pro­du­tos, pon­der­ou Mar­i­ana.

A ACT Pro­moção da Saúde é uma orga­ni­za­ção não gov­er­na­men­tal que atua na pro­moção e defe­sa de políti­cas de saúde públi­ca, espe­cial­mente nas áreas de con­t­role do tabag­is­mo, ali­men­tação saudáv­el, con­t­role do álcool e ativi­dade físi­ca. A ONG está pre­ocu­pa­da com o avanço do pro­je­to de lei no Sena­do e na Câmara e é favoráv­el à sua rejeição. O pro­je­to está na pau­ta da Comis­são de Assun­tos Econômi­cos do Sena­do e teve votação adi­a­da para a próx­i­ma terça-feira (3).

Sopterj

Do mes­mo modo, a coor­de­nado­ra da Comis­são de Tabag­is­mo da Sociedade de Pneu­molo­gia e Tisi­olo­gia do Esta­do do Rio de Janeiro (Sopterj), Alessan­dra Cos­ta, reforçou a neces­si­dade da não legal­iza­ção dos cig­a­r­ros eletrôni­cos, com a manutenção da res­olução da Anvisa que já reg­u­la­men­ta a matéria. A médi­ca reit­er­ou que a exposição ao tabag­is­mo, seja em qual­quer for­ma, pode acar­retar reações alér­gi­cas em cur­to pra­zo, como rinite, tosse, con­jun­tivite, exac­er­bação de asma.

Em entre­vista à Agên­cia Brasil, a pneu­mol­o­gista desta­cou que a Orga­ni­za­ção Mundi­al da Saúde (OMS) lançou cam­pan­ha este ano de pre­venção do tabag­is­mo entre os jovens e cri­anças con­tra os cig­a­r­ros eletrôni­cos e os vapes. Lem­brou que ape­sar de o cig­a­r­ro eletrôni­co ser proibido no Brasil, existe uma pressão muito grande da indús­tria do taba­co para que seja legal­iza­da a pro­dução e ven­da, usan­do jus­ti­fica­ti­vas como maior arrecadação de impos­tos para os gov­er­nos. Alessan­dra Cos­ta adver­tiu que vários lev­an­ta­men­tos com­pro­vam que os gas­tos cau­sa­dos pelas doenças ori­un­das do con­sumo de cig­a­r­ros são muito maiores do que o lucro que se pode obter com relação a impos­tos ger­a­dos pela ven­da do pro­du­to.

“A Sopterj apoia o treina­men­to de todos os profis­sion­ais com­pro­meti­dos com a edu­cação infan­til até a uni­ver­si­dade. Quan­to mais pud­er­mos divul­gar todos os males que o fumo dos cig­a­r­ros eletrôni­cos e os vapes oca­sion­am, é mel­hor”. Segun­do Alessan­dra, a luta con­tra os indus­tri­ais do taba­co é difí­cil, ten­do em vista o ele­va­do poder aquis­i­ti­vo do setor.

Em 1989, acres­cen­tou, o Brasil tin­ha 35% da pop­u­lação fuman­do e con­seguiu reduzir esse índice para 9,2%, em dados atu­ais. Infe­liz­mente, com a chega­da dos vapes ou cig­a­r­ros eletrôni­cos, tal como acon­tece no mun­do, são os jovens no Brasil que mais uti­lizam e exper­i­men­tam esse tipo de pro­du­to. Alessan­da asse­gurou que, como mostram pesquisas feitas no país, ao exper­i­men­tar ess­es pro­du­tos aumen­ta em até qua­tro vezes a chance de ess­es jovens se tornarem fumantes de cig­a­r­ros con­ven­cionais. Out­ra questão que pre­ocu­pa é que os cig­a­r­ros eletrôni­cos causam adoec­i­men­to bem mais pre­coce do que os cig­a­r­ros con­ven­cionais.

Evali

Estu­do mostra que fumantes de cig­a­r­ros eletrôni­cos ou vapes têm câncer diag­nos­ti­ca­do 20 anos antes que os fumantes de cig­a­r­ro con­ven­cional. De for­ma ger­al, os cig­a­r­ros eletrôni­cos e con­ven­cionais causam os mes­mos tipos de doenças, sendo que os cig­a­r­ros eletrôni­cos ou vapes provo­cam dependên­cia quími­ca mais ráp­i­da e mais inten­sa do que os cig­a­r­ros con­ven­cionais, causam adoec­i­men­to mais pre­coce com doenças car­dio­vas­cu­lares, como aci­dente vas­cu­lar cere­bral (VC), infar­to do miocár­dio e vários tipos de câncer.

“Então, a gente pre­cisa preparar os pro­fes­sores para que esse assun­to seja dis­cu­ti­do em sala de aula. Que des­de os alunos de idades mais ten­ras, os pro­fes­sores este­jam prepara­dos para falar sobre os males dos cig­a­r­ros eletrôni­cos e vapes com todos ess­es sabores que são colo­ca­dos para, exata­mente, driblar o gos­to desagradáv­el da nicoti­na, que é mais áci­da e que tor­na quem uti­liza ess­es pro­du­tos depen­dente mais rápi­do, quan­do com­para­do aos cig­a­r­ros con­ven­cionais. Além dis­so, adoe­cen­do mais pre­co­ce­mente”, com­ple­ta a espe­cial­ista.

Brasília (DF) 01/12/2023 - Anvisa discute regulamentação de cigarro eletrônico. Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
Repro­dução: Brasília — Anvisa dis­cute reg­u­la­men­tação de cig­a­r­ro eletrôni­co. Foto Joéd­son Alves/Agência Brasil

Ela citou, como exem­p­lo, a Evali (Lesão Pul­monar Asso­ci­a­da ao Uso de Cig­a­r­ro Eletrôni­co), que é uma injúria agu­da pul­monar cau­sa­da pelos com­po­nentes do vape, prin­ci­pal­mente um com­po­nente oleoso que causa infla­mação inten­sa no pul­mão e, na maio­r­ia das vezes, irre­ver­sív­el, em que as pes­soas pre­cisam ser inter­nadas em unidades de ter­apia inten­si­va e sub­meti­das a ven­ti­lação mecâni­ca. A médi­ca defend­eu as medi­das necessárias para que o Brasil retome o con­t­role do tabag­is­mo e con­si­ga levar à pop­u­lação infor­mações sobre os males que esse novo inimi­go — que, na ver­dade, é o cig­a­r­ro com out­ros dis­farces — pode provo­car, espe­cial­mente na cama­da mais jovem da sociedade. “E que os pro­fes­sores real­izem even­tos nas esco­las demon­stran­do os peri­gos de con­sumir qual­quer tipo de cig­a­r­ro”, insis­tiu.

No dia 20 de agos­to pas­sa­do, a Fiocruz fez um aler­ta públi­co ao Sena­do sobre os riscos da lib­er­ação de cig­a­r­ros eletrôni­cos no país.

Edição: Graça Adju­to

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