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No programa No Mundo da Bola, Falcão avalia atual cenário do futebol

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Repro­du­ção: © Divulgação/TV Bra­sil

Na TV Brasil, ex-craque revela torcida pela Itália na Eurocopa


Publi­ca­do em 04/07/2021 — 22:45 Por Juli­a­no Jus­to — Repór­ter da TV Bra­sil e Rádio Naci­o­nal — São Pau­lo

O téc­ni­co e ex-joga­dor de fute­bol Pau­lo Rober­to Fal­cão foi o con­vi­da­do espe­ci­al do pro­gra­ma No Mun­do da Bola, da TV Bra­sil, nes­te domin­go (4). Entre­vis­ta­do pelo apre­sen­ta­dor Ser­gio du Boca­ge e pelos comen­ta­ris­tas Mar­cio Gue­des, Rodri­go Cam­pos e o jor­na­lis­ta Clé­ber Gra­baus­ka, da TVE-RS, o ex-atle­ta, con­si­de­ra­do “Rei de Roma”, pela exi­to­sa pas­sa­gem entre 1980 e 1985 no clu­be da capi­tal ita­li­a­na, ana­li­sou a reta final da Euro­co­pa. As semi­fi­nais do tor­neio con­ti­nen­tal acon­te­cem nes­se sema­na, com Itá­lia e Espa­nha na ter­ça-fei­ra (6) e Ingla­ter­ra e Dina­mar­ca na quar­ta-fei­ra (7).

“É evi­den­te que eu tor­ço para a Itá­lia por moti­vos óbvi­os. E acho que o Man­ci­ni con­se­guiu fazer uma mes­cla exce­len­te. A dupla de zaga, Bonuc­ci e Chi­el­li­ni, joga há anos na Juven­tus. O golei­ro Don­na­rum­ma é novo, mas mui­to bom. E, do meio para a fren­te, tem mui­ta qua­li­da­de. Os bra­si­lei­ros natu­ra­li­za­dos tam­bém, Émer­son, Jor­gi­nho e Tolói, aju­dam demais. Deu liga o time. A Dina­mar­ca é sur­pre­sa. Cres­ceu demais na reta final. A Ingla­ter­ra pare­cia que não ia che­gar. Mas acho que, pela pri­mei­ra vez, eles podem fatu­rar essa taça. A recu­pe­ra­ção do Har­ry Kane foi fun­da­men­tal. A Espa­nha tam­bém é jovem e peri­go­sa. Acre­di­to que che­ga­ram os qua­tro melho­res”.

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Repro­du­ção: Fal­cão não escon­de a tor­ci­da pela Itá­lia na Euro 2020 — Pool via Reuters/Mike Hewitt/Direitos Reser­va­dosEle reve­lou tam­bém algu­mas decep­ções do tor­neio euro­peu. “Achei que Por­tu­gal iria mais lon­ge. Pare­cia que tinha uma equi­pe um pou­co mais qua­li­fi­ca­da do que aque­las dos últi­mos anos, mas não acon­te­ceu. A Fran­ça, tam­bém. Tem late­rais exce­len­tes, o Mbap­pé, Pog­ba, Kan­té. Era um tima­ço. Só que não encai­xou. A Bél­gi­ca depen­de mui­to do De Bruy­ne. E ele esta­va lon­ge dos 100%”.

Falan­do sobre a sele­ção bra­si­lei­ra, o ex-téc­ni­co do time ver­de e ama­re­lo em 1991 lamen­tou a fal­ta de inter­câm­bio mai­or com as melho­res sele­ções do con­ti­nen­te euro­peu. “O pró­prio Tite falou isso em recen­te entre­vis­ta. É cla­ro que hoje o fute­bol euro­peu está na nos­sa fren­te. Vai fazer fal­ta, sim, a impos­si­bi­li­da­de de jogar­mos com eles antes da Copa do ano que vem. Isso não vai acon­te­cer por­que não tem como. O calen­dá­rio não per­mi­te. Por isso con­si­de­ro que o Bra­sil deve fazer a melhor pre­pa­ra­ção pos­sí­vel para che­gar bem na hora des­ses due­los deci­si­vos con­tra adver­sá­ri­os do mes­mo nível da nos­sa sele­ção”.

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Repro­du­ção: Fal­cão con­si­de­ra que o fute­bol euro­peu está à fren­te do bra­si­lei­ro — Reuters/Ricardo Moraes/Direitos Reser­va­dos

Sem tra­ba­lhar como téc­ni­co des­de a ter­cei­ra pas­sa­gem pelo Inter­na­ci­o­nal no segun­do semes­tre de 2016, Fal­cão deta­lhou algu­mas das carac­te­rís­ti­cas que con­si­de­ra vitais para o suces­so no fute­bol atu­al. “Eu não tenho um esque­ma pre­fe­ri­do. Depen­de mui­to das carac­te­rís­ti­cas do plan­tel que eu tenho na mão. Tudo pode fun­ci­o­nar. Ago­ra o fun­da­men­tal é ter com­pac­ta­ção. Tem vári­os ter­mos moder­nos. Mas eu acre­di­to em duas coi­sas. Tem­po e espa­ço. Você pre­ci­sa ter mui­ta repe­ti­ção. Mos­trar para os joga­do­res as coi­sas que você con­si­de­ra impor­tan­tes e repe­tir no trei­no. Só que é cla­ro que hoje em dia isso não é pos­sí­vel pelo exces­so de jogos. O trei­na­dor é mui­to mais um sele­ci­o­na­dor do que qual­quer outra coi­sa. Outro deta­lhe que eu não abro mão é que, se eu fos­se jogar em um 4–3‑3, obri­ga­to­ri­a­men­te, eu teria que ter dois pon­tas como habi­li­da­de pes­so­al para o dri­ble. Mas não pos­so ter um esque­ma rígi­do. Pre­ci­so me adap­tar ao elen­co”.

É cla­ro que, para fechar a par­ti­ci­pa­ção, ques­ti­o­na­do pelo jor­na­lis­ta Már­cio Gue­des, Fal­cão comen­tou sobre a eli­mi­na­ção bra­si­lei­ra para a Itá­lia na Copa do Mun­do de 1982, depois da der­ro­ta por 3 a 2. “Um fiz um livro sobre aque­la Copa. E falei com os meus com­pa­nhei­ros basi­ca­men­te sobre aque­le jogo. Alguns fala­ram que a gen­te deve­ria ter se fecha­do um pou­co mais. Outros fala­ram que o Bra­sil ata­cou mui­to. Eu, sin­ce­ra­men­te, não tenho uma opi­nião. As ver­sões foram mudan­do ao lon­go dos anos. A minha opi­nião é que aque­la sele­ção não per­deu. Ela ganhou. Quem encan­ta o mun­do como a gen­te con­se­guiu fazer naque­la oca­sião não é uma sele­ção per­de­do­ra. Se fala daque­le time até o hoje. Gran­des nomes do fute­bol atu­al falam daque­la equi­pe. É cla­ro que é fun­da­men­tal cons­truir uma equi­pe que ganha. Mas tam­bém é impor­tan­te emo­ci­o­nar o tor­ce­dor. E isso aque­le time fez”.

Edi­ção: Gus­ta­vo Faria

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