...
quarta-feira ,9 outubro 2024
Home / Saúde / Nova fábrica vai suprir demanda por medicamento para hemofilia

Nova fábrica vai suprir demanda por medicamento para hemofilia

Repro­dução: © Ricar­do Stuck­ert / PR

Planta da Hemobrás é inaugurada por Lula, em Pernambuco


Publicado em 04/04/2024 — 20:02 Por Pedro Rafael Vilela — Repórter da Agência Brasil — Brasília

ouvir:

O gov­er­no fed­er­al inau­gurou nes­ta quin­ta-feira (4) a nova fábri­ca de medica­men­tos da Empre­sa Brasileira de Hemod­eriva­dos e Biotec­nolo­gia (Hemo­brás), no com­plexo indus­tri­al da estatal, em Goiana, em Per­nam­bu­co.

A plan­ta terá capaci­dade pro­du­ti­va de fab­ricar 1,2 bil­hão de unidades do Hemo-8r, medica­men­to pro­filáti­co fator 8 recom­bi­nante, usa­do no trata­men­to da hemofil­ia A, a mais comum, respon­sáv­el por cer­ca de 70% dos casos no país.

O Brasil tem cer­ca de 15 mil pes­soas em trata­men­to por hemofil­ia. A inau­gu­ração con­tou com a par­tic­i­pação do pres­i­dente Luiz Iná­cio Lula da Sil­va, que esta­va acom­pan­hado da min­is­tra da Saúde, Nísia Trindade, e da gov­er­nado­ra de Per­nam­bu­co, Raquel Lyra, além de out­ras autori­dades.

Segun­do Lula, a fábri­ca faz parte da estraté­gia do gov­er­no de impul­sion­ar a indús­tria da saúde no Brasil e tornar o país autossu­fi­ciente na pro­dução de remé­dios.

“Nos­so obje­ti­vo, ao cri­ar essa estraté­gia, é expandir a pro­dução nacional de itens pri­or­itários para o Sis­tema Úni­co de Saúde (SUS), além de reduzir a dependên­cia de insumos, medica­men­tos, vaci­nas e out­ros pro­du­tos estrangeiros da saúde”, afir­mou.

No caso da hemofil­ia A, o Hemo-8r é uma alter­na­ti­va ao medica­men­to hemod­eriva­do, ori­un­do do ben­e­fi­ci­a­men­to do plas­ma, extraí­do de doações de sangue exce­dentes cedi­das por hemo­cen­tros à Hemo­brás.

Homenagem

Em seu dis­cur­so, Lula lem­brou de mil­hares de hemo­fíli­cos que sofr­eram, durante muitos anos, sem trata­men­to ade­qua­do para a doença no Brasil, e fez uma hom­e­nagem à memória dos irmãos Bet­inho e Hen­fil, que tiver­am a doença.

“Há 27 anos perdíamos nos­so com­pan­heiro Bet­inho, e, há 36 anos, o seu irmão, Hen­fil. Dois brasileiros extra­ordinários que lutaram pelo Brasil, pela justiça e pela democ­ra­cia. Mas, em meio à luta por um país mel­hor, Bet­inho e Hen­fil tam­bém travaram uma dura batal­ha con­tra as con­se­quên­cias e com­pli­cações da hemofil­ia. Perdemos vidas pre­co­ce­mente por não ter­mos o trata­men­to ade­qua­do para os por­ta­dores de hemofil­ia”, asse­gurou o pres­i­dente.

A pre­visão, segun­do o Min­istério da Saúde, é que a nova fábri­ca — local­iza­da no Blo­co B07 do com­plexo da Hemo­brás — este­ja em ple­na ativi­dade a par­tir de 2025, com dis­tribuição dos pro­du­tos para o Sis­tema Úni­co de Saúde.

A capaci­dade pro­du­ti­va será sufi­ciente para abaste­cer 100% da deman­da do SUS pelo remé­dio. O pro­je­to da nova fábri­ca foi desen­volvi­do a par­tir de uma plan­ta insta­l­a­da na Suíça e envolveu espe­cial­is­tas dos Esta­dos Unidos e profis­sion­ais de biotec­nolo­gia de out­ros país­es. O inves­ti­men­to na infraestru­tu­ra é de aprox­i­mada­mente R$ 1,2 bil­hão.

Durante a cer­imô­nia de hoje, a min­is­tra Nísia Trindade desta­cou que, além de tornar o Brasil autossu­fi­ciente na fab­ri­cação do medica­men­to, a fábri­ca terá capaci­dade de aten­der a deman­da de out­ros país­es, por meio de uma tec­nolo­gia dom­i­na­da por poucos país­es. “A Hemo­brás foi con­sid­er­a­da uma empre­sa estratég­i­ca de defe­sa, ou seja, de sobera­nia nacional. Só cin­co país­es detêm a tec­nolo­gia que o Brasil ago­ra deterá”, garan­tiu.

Transposição

Mais cedo, ain­da em Per­nam­bu­co, o pres­i­dente Lula par­ticipou da inau­gu­ração da Estação Ele­vatória de Água Bru­ta Ipo­ju­ca e do tre­cho Belo Jardim-Caru­aru da Adu­to­ra do Agreste de Per­nam­bu­co, na cidade de Arcoverde.

O sis­tema abaste­cerá o inte­ri­or per­nam­bu­cano com água da trans­posição do Rio São Fran­cis­co.

Edição: Kle­ber Sam­paio

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Saiba o que é doença de Crohn, que afeta o jornalista Evaristo Costa

Síndrome não tem cura, mas o tratamento pode controlar os sintomas Éri­ca San­tana — Repórter …