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Número de bares e restaurantes com prejuízo em agosto aumenta 5%

Repro­dução: © Arquivo/Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Associação aponta que 24% dos estabelecimentos ficaram no vermelho


Pub­li­ca­do em 12/10/2023 — 12:37 Por Lucas Pordeus León — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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Em todo o país, o número de bares e restau­rantes que encer­raram o mês de agos­to no pre­juí­zo cresceu 5%, segun­do pesquisa da Asso­ci­ação Brasileira de Bares e Restau­rantes (Abrasel) divul­ga­da nes­ta quin­ta-feira (12) para a Agên­cia Brasil. Os dados mostram, ain­da, que 24% das empre­sas ficaram no ver­mel­ho no mes­mo mês, enquan­to 34% tiver­am equi­líbrio finan­ceiro e 41% dos esta­b­elec­i­men­tos pesquisa­dos acusaram lucro. 

A prin­ci­pal razão apon­ta­da para o sal­do neg­a­ti­vo no caixa dos bares e restau­rantes foi a que­da das ven­das no mês, sinal­iza­da por 82% dos entre­vis­ta­dos. A redução do número de clientes (67%), dívi­das (43%) e cus­to dos insumos (36%) foram as out­ras causas apon­tadas por empresários que tiver­am pre­juí­zo. Foram entre­vis­ta­dos 1.979 donos de bares e restau­rantes em todo o Brasil entre os dias 28 de setem­bro e 6 e out­ubro.

O lev­an­ta­men­to indi­ca, ain­da, que as empre­sas mais novas são as que mais oper­am no pre­juí­zo. Das que têm entre um e três anos, 33% tiver­am pre­juí­zo. Das com mais de 10 anos, o per­centu­al cai para 18%. Out­ro fator que inter­fere é o taman­ho da empre­sa.

Dos bares e restau­rantes com fat­u­ra­men­to de até R$ 1 mil­hão, 33% encer­raram agos­to no pre­juí­zo, enquan­to ape­nas 8% dos que têm fat­u­ra­men­to aci­ma de R$ 4,8 mil­hões fecharam agos­to no ver­mel­ho.

No vermelho

O brasiliense Car­los Eduar­do Vel­lozo, de 41 anos, atua no ramo há oito anos e oper­ou os últi­mos três meses no ver­mel­ho. Ele começou com um deliv­ery (entre­ga) e depois pas­sou para um restau­rante com mesas na Asa Norte, em Brasília, até que decid­iu voltar para exclu­si­va­mente deliv­ery depois de cer­to pre­juí­zo.

12/10/2023, Pesquisa Abrasel - O brasiliense Carlos Eduardo Vellozo, de 41 anos, atua no ramo há oito anos e operou os últimos três meses no vermelho. Foto: Arquivo Pessoal
Repro­dução: Dono de restau­rante em Brasília, Car­los Eduar­do Vel­lozo oper­ou os últi­mos três meses no ver­mel­ho — Foto: Arqui­vo pes­soal

“Três meses as mesas não vender­am nem 10% em relação ao que o deliv­ery vende. Os cus­tos tam­bém aumen­taram demais, a matéria pri­ma aumen­tou muito, já com­prei salmão de R$ 19,90 e hoje está por R$ 69,90. Mui­ta gente tem aber­to restau­rantes em casa para redução de cus­tos. O restau­rante com mesa tem muito cus­to, como aluguel e fun­cionários, e, assim, não tem como com­pe­tir com quem tem deliv­ery em casa”, rela­tou Vel­lozo.

O pres­i­dente da Abrasel, Paulo Sol­muc­ci, desta­cou que, mes­mo que a inflação este­ja mais con­tro­la­da, os meses no pre­juí­zo difi­cul­tam recom­por as per­das que o setor teve com a pan­demia.

“Ape­sar do Dia dos Pais, as empre­sas do setor tiver­am um agos­to mais duro, apon­tan­do uma ligeira que­da no movi­men­to. Quem sofre mais são as empre­sas mais novas, que ain­da estão investin­do e apren­den­do a con­tro­lar os cus­tos, e os empreendi­men­tos menores, que têm mais difi­cul­dade com o fluxo de caixa”, final­i­zou.

Edição: Kle­ber Sam­paio

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