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O labirinto de vielas e corredores das arenas paralímpicas

Repro­du­ção: © POOL

O emaranhado de acessos faz lembrar um videogame


Publi­ca­do em 28/08/2021 — 14:37 Por Igor San­tos — envi­a­do espe­ci­al da EBC — Tóquio

Dois dias atrás, falei sobre a roti­na de peque­nas coi­sas que pre­ci­sa­mos lem­brar de fazer na cober­tu­ra de um gran­de even­to espor­ti­vo. Pou­co depois de entre­gar o tex­to, sen­ti que uma par­te impor­tan­te ficou fal­tan­do. Com todos os blo­quei­os cos­tu­mei­ros que se faz no trân­si­to e todo o esfor­ço da orga­ni­za­ção em com­por­tar a quan­ti­da­de fora do comum de pro­fis­si­o­nais de impren­sa, é neces­sá­rio pre­pa­ro físi­co para aguen­tar as lon­gas cami­nha­das, nun­ca em linha reta.

Para ten­tar colo­car em núme­ros o quan­to anda­mos, resol­vi bai­xar um apli­ca­ti­vo de con­ta­gem de pas­sos e ati­vá-lo assim que des­cês­se­mos do ôni­bus. Em uma tar­de de cober­tu­ra (cos­tu­ma­mos tra­ba­lhar em dois tur­nos) no Está­dio Olím­pi­co de Tóquio, cená­rio do atle­tis­mo nos Jogos Para­lím­pi­cos , o sal­do defi­ni­ti­vo foi de 5.609 pas­sos e 3.8 quilô­me­tros per­cor­ri­dos. Ao final do dia, os pés com­pe­tem com as cos­tas pelo pos­to de par­te do cor­po mais dolo­ri­da.

Essa andan­ça toda acon­te­ce por­que, além de come­çar­mos nos­sa jor­na­da rumo à área mis­ta ain­da fora da are­na, o cami­nho até ela é um ver­da­dei­ro labi­rin­to. Zigue­za­gue­a­mos por esca­das e cor­re­do­res, difi­cul­tan­do qual­quer memo­ri­za­ção do tra­je­to. Isso quan­do acer­ta­mos de pri­mei­ra. Prin­ci­pal­men­te nas are­nas em que vamos pela pri­mei­ra vez, é difí­cil assi­mi­lar rapi­da­men­te por qual por­ta entra­mos e onde des­ce­mos do ele­va­dor. A jor­na­da se asse­me­lha a uma fase de um game em que é pre­ci­so lem­brar em que por­ta se encon­tra algum item espe­ci­al ou onde se dei­xou algu­ma coi­sa ou, quem sabe, em que can­ti­nho se con­se­gue vidas extras.

Para com­ple­tar, já que esta­mos falan­do de game, não joga­mos no modo ‘easy’. Todos esses pas­sos são dados com qui­los de equi­pa­men­tos nos ombros e sob o sol — e mui­tas vezes lua tam­bém — escal­dan­te do verão de Tóquio (30 graus e lite­ral­men­te nenhum ven­to à meia noi­te). Ao fim da aven­tu­ra, o can­sa­ço nos faz per­gun­tar a nós mes­mos: quan­do pas­sa­mos para a pró­xi­ma fase?

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Edi­ção: Mar­cio Paren­te

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