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Observação do eclipse exige cuidados para evitar lesão nos olhos

Repro­dução: © REUTERS/Rodrigo Gar­ri­do

Recomendação e de uso de filtro de soldador


Pub­li­ca­do em 14/10/2023 — 11:01 Por Cami­la Boehm – Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

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Quem quis­er acom­pan­har o eclipse solar que ocor­rerá neste sába­do (14) e será visív­el em todo o Brasil deve tomar os cuida­dos necessários para a obser­vação. O dire­tor da Sociedade Brasileira de Oftal­molo­gia, Sér­gio Fer­nan­des, aler­ta que a prin­ci­pal ori­en­tação para se obser­var o eclipse solar é a uti­liza­ção do fil­tro de sol­dador número 14.

“Em hipótese nen­hu­ma deve­mos obser­var o eclipse através de radi­ografias, neg­a­tivos de fotografia ou mes­mo ócu­los escuros. O sol emite, além de sua luz própria, raios infraver­mel­ho e ultra­vi­o­le­ta. Sobre­tu­do, o ultra­vi­o­le­ta pode provo­car queimaduras na reti­na que são per­ma­nentes”, expli­cou o médi­co.

Em caso de con­ta­to inad­e­qua­do com a luz de obser­vação dire­ta do eclipse, Fer­nan­des ori­en­ta que se deve procu­rar ime­di­ata­mente um oftal­mol­o­gista para ten­tar diminuir os efeitos lesivos dessa queimadu­ra. No entan­to, ele afir­ma que uma queimadu­ra pode levar a uma baixa visu­al impor­tante. Segun­do o médi­co, não existe nen­hum tra­bal­ho deter­mi­nan­do quan­to tem­po se pode olhar o eclipse. Diante dis­so, recomen­da que, mes­mo uti­lizan­do o fil­tro ade­qua­do, a obser­vação seja inter­cal­a­da.

Após olhar na direção de um eclipse por alguns segun­dos e sem pro­teção, Sami­ra Orte­ga, de 35 anos, ficou duas sem­anas sem enx­er­gar com o olho esquer­do. “Sen­ti a vista embaça­da, como se tivesse um bor­rão. Pro­curei [um médi­co] depois de algu­mas horas. Queimou as min­has reti­nas. No olho esquer­do ten­ho uma man­cha até hoje”, con­tou.

O que ela teve foi mac­u­lopa­tia solar, que exige acom­pan­hamen­to com oftal­mol­o­gista, trata­men­to e uma série de exam­es. “[Foi] no primeiro ano da Pan­demia (2020). Estou bem, com o tem­po a visão voltou 100%. Às vezes, olho para algu­ma super­fí­cie e vejo um pon­tin­ho”, acres­cen­tou.

Sai­ba que cuida­dos tomar ao obser­var um eclipse:

1.       Não olhar dire­ta­mente para o Sol durante o eclipse;
2.       Usar ócu­los especí­fi­cos para obser­vação ou fil­tros de sol­da número 14 ou maior – aque­les que têm pro­teção con­tra raios UV e infraver­mel­hos e podem ser com­pra­dos em lojas de mate­ri­ais de con­strução ou de equipa­men­tos de segu­rança do tra­bal­ho;
3.       Não olhe para o Sol com ócu­los escuros con­ven­cionais, usan­do tele­fones celu­lares ou câmeras fotográ­fi­cas;
4.       Não use binócu­los ou telescó­pios sem ori­en­tação espe­cial­iza­da quan­to ao tipo de fil­tro cor­re­to a ser apro­pri­a­do.

Edição: Aline Leal

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