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Observatório Nacional vai transmitir eclipse parcial da Lua

Repro­dução: © Nasa/Divulgação

Fenômeno será visível em várias partes do mundo, incluindo Brasil


Publicado em 14/09/2024 — 10:39 Por Douglas Corrêa — Repórter da Agência Brasil — São Paulo

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O Obser­vatório Nacional vai trans­mi­tir ao vivo o eclipse par­cial da Lua que ocorre na noite da próx­i­ma terça-feira (17) até a madru­ga­da do dia 18. O pro­gra­ma O céu em sua casa: obser­vação remo­ta vai mostrar o fenô­meno que será visív­el em várias partes do mun­do, incluin­do o Brasil, e a trans­mis­são ao vivo per­mi­tirá que todos acom­pan­hem de per­to este espetácu­lo celeste.

A astrôno­ma do Obser­vatório Nacional, Josi­na Nasci­men­to, expli­ca que um eclipse par­cial da Lua ocorre quan­do ape­nas uma parte da Lua pas­sa pela som­bra escu­ra da Ter­ra.

“A penum­bra é uma som­bra mais clara, que ain­da recebe um pouco de luz do Sol, então, quan­do a Lua está na penum­bra (seja total­mente na penum­bra ou par­cial­mente na penum­bra) não se percebe nen­hu­ma mudança a olho nu (sem o uso de instru­men­tos). A essa fase chamamos de fase penum­bral. Há  eclipses que são somente penum­brais. Ou seja, a Lua pen­e­tra na penum­bra e depois sai da penum­bra.”

Já a umbra é a som­bra mais escu­ra, onde não chega luz solar algu­ma. No eclipse par­cial, a Lua começa a pas­sar pela umbra, o que faz com que uma parte dela escureça e nós podemos ver isso sim­ples­mente olhan­do para a Lua. À medi­da que a Lua avança na umbra ela vai fican­do com uma “mor­did­in­ha” escu­ra, que vai crescen­do cada vez mais até o máx­i­mo do eclipse par­cial. Ago­ra, quan­do a Lua pen­e­tra com­ple­ta­mente na umbra, ocorre o eclipse total da Lua.

“Então, todo eclipse total tem primeiro a fase penum­bral, depois a par­cial, depois a total, depois nova fase par­cial e depois nova fase penum­bral. E todo eclipse par­cial tem primeiro a fase penum­bral, depois a par­cial e depois a penum­bral”, expli­ca Josi­na.

Segun­do a astrôno­ma, o Brasil inteiro vai acom­pan­har o even­to com­ple­to. Mas, este será um eclipse par­cial com pequenís­si­ma parte da Lua pen­e­tran­do na umbra. No máx­i­mo do eclipse par­cial somente 3,5% da área total da Lua estará escu­ra.

A astrôno­ma esclarece que, difer­ente­mente do eclipse do Sol, no horário do eclipse lunar, quem estiv­er ven­do a Lua verá a lua eclip­sa­da. Ou seja, a condição para ver qual­quer eclipse da Lua é que a Lua este­ja aci­ma do hor­i­zonte no local onde a pes­soa está e tam­bém que não haja nuvens enco­brindo a Lua.

“Como todo eclipse da Lua acon­tece na lua cheia e como a lua cheia fica a noite inteira no céu (ela nasce quan­do o Sol se põe e se põe quan­do o Sol nasce), então a condição é que seja noite no local que você está no horário do eclipse (e que não haja nuvens na frente da Lua)”, diz.

O eclipse par­cial da Lua, na noite do dia 17 de setem­bro, será vis­to do iní­cio ao fim (ou seja, fase penum­bral, par­cial e penum­bral de novo) em todo o Brasil. O iní­cio do eclipse penum­bral acon­tece no horário de Brasília às 21h41mine 7 segun­dos. O iní­cio do eclipse par­cial será, a par­tir das23h12min 58 segun­dos; a força máx­i­ma do eclipse par­cial acon­tece às 232h44min e 18 segun­dos; e o fim do eclipse ocor­rerá, à zero hora, 15 min­u­tos e 38 segun­dos, já na madru­ga­da da quar­ta-feira (18). E, o fim do eclipse penum­bral será a 1h34min e 27 segun­dos da madru­ga­da.

Além de acom­pan­har a trans­mis­são ao vivo do Obser­vatório Nacional, é pos­sív­el ver o eclipse sim­ples­mente olhan­do para o céu (des­de que não haja nuvens na frente da Lua). Como o eclipse visív­el a olho nu é o eclipse par­cial, que só começa às 23h12, a Lua estará bem alta no céu para todo o Brasil, o que facili­ta ain­da mais a obser­vação.

Josi­na Nasci­men­to avalia ain­da que “não é pre­ciso nen­hum equipa­men­to espe­cial para obser­var o eclipse. Além dis­so, os obser­vadores podem olhar dire­ta­mente para a Lua, sem pre­ocu­pações, pois, ao con­trário de um eclipse solar, não há riscos para os nos­sos olhos”.

É inter­es­sante notar que eclipses da Lua e eclipses do Sol acon­te­cem em sequên­cia. Isso se deve ao fato do plano de órbi­ta da Lua ser incli­na­do em relação ao plano de órbi­ta da Ter­ra, de aprox­i­mada­mente 5 graus. Se não hou­vesse essa incli­nação em toda Lua Nova have­ria um eclipse do Sol e em toda Lua Cheia have­ria um eclipse da Lua.

Em sequên­cia ao eclipse da Lua haverá o eclipse anu­lar do Sol no dia 2 de out­ubro próx­i­mo, que tam­bém será trans­mi­ti­do pelo Obser­vatório Nacional.

Edição: Maria Clau­dia

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