...
quinta-feira ,6 fevereiro 2025
Home / Saúde / Ocupação de UTIs para covid-19 é de 80% em oito estados

Ocupação de UTIs para covid-19 é de 80% em oito estados

Repro­dução: © War­ley de Andrade/TV Brasil

Distrito Federal e 15 capitais também estão neste índice, diz Fiocruz


Pub­li­ca­do em 10/02/2022 — 15:30 Por Viní­cius Lis­boa — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

Nove unidades da fed­er­ação e 15 cap­i­tais ultra­pas­saram o pata­mar de 80% de leitos de ter­apia inten­si­va para covid-19 ocu­pa­dos no Sis­tema Úni­co de Saúde (SUS). O mapea­men­to é da Fun­dação Oswal­do Cruz (Fiocruz), divul­ga­do hoje (10) com nota téc­ni­ca que con­sid­era ess­es locais como situ­ação de aler­ta críti­co para inter­nações.

A análise da Fiocruz clas­si­fi­ca como fora da zona de aler­ta os esta­dos e cap­i­tais com menos de 60% dos leitos ocu­pa­dos. Quan­do a taxa atinge 60% ou mais e fica abaixo dos 80%, o aler­ta é con­sid­er­a­do inter­mediário. Aci­ma de 80%, a situ­ação é con­sid­er­a­da de aler­ta críti­co.

Os pesquisadores do Obser­vatório Covid-19 da Fiocruz desta­cam a per­sistên­cia de taxas de ocu­pação de leitos de UTI em níveis críti­cos nos esta­dos e cap­i­tais do Nordeste e Cen­tro-Oeste e no Espíri­to San­to. Já Belo Hor­i­zonte, Rio de Janeiro e São Paulo pare­cem seguir na tendên­cia de que­da do indi­cador, avaliam.

As nove unidades da fed­er­ação que apre­sen­tam pior situ­ação são Tocan­tins (81%), Piauí (87%), Rio Grande do Norte (89%), Per­nam­bu­co (88%), Espíri­to San­to (87%), Mato Grosso do Sul (92%), Mato Grosso (81%), Goiás (80%) e Dis­tri­to Fed­er­al (99%).

As 15 cap­i­tais são Por­to Vel­ho (91%), Rio Bran­co (80%), Pal­mas (81%), Teresina (taxa não divul­ga­da, mas esti­ma­da supe­ri­or a 83%), For­t­aleza (85%), Natal (per­centu­al esti­ma­do de 81%), João Pes­soa (81%), Maceió (82%), Belo Hor­i­zonte (82%), Vitória (89%), Rio de Janeiro (86%), Cam­po Grande (99%), Cuiabá (81%), Goiâ­nia (91%) e Brasília (99%).

Ape­nas cin­co cap­i­tais e sete esta­dos são con­sid­er­a­dos fora da zona de aler­ta, com menos de 60% dos leitos ocu­pa­dos. As cap­i­tais são: Man­aus (58%), Boa Vista (56%), São Luís (55%), Flo­ri­anópo­lis (68%) e Por­to Ale­gre (56%). Já os esta­dos são: Ama­zonas (58%), Roraima (56%), Maran­hão (51%), Paraí­ba (52%), Minas Gerais (42%), Rio de Janeiro (59%) e Rio Grande do Sul (57%).

Vacinação

A Fiocruz vê com pre­ocu­pação a dis­sem­i­nação da vari­ante Ômi­cron para áreas do país que reg­is­tram baixas cober­turas vaci­nais e menos recur­sos assis­ten­ci­ais, o que pode aumen­tar o número de víti­mas da doença. “Como temos sub­lin­hado, a ele­vadís­si­ma trans­mis­si­bil­i­dade da vari­ante Ômi­cron pode incor­rer em deman­da expres­si­va de inter­nações em leitos de UTI, mes­mo com uma prob­a­bil­i­dade mais baixa de ocor­rên­cia de casos graves”, afir­ma o tex­to.

Diante dis­so, as recomen­dações dos pesquisadores são avançar na vaci­nação, prin­ci­pal­mente de cri­anças de 5 a 11 anos, além de endure­cer medi­das como a obri­ga­to­riedade do uso de más­cara e a exigên­cia de pas­s­aporte vaci­nal.

A fun­dação tem reafir­ma­do reit­er­ada­mente em suas notas téc­ni­cas que pes­soas vaci­nadas até a dose de reforço têm risco reduzi­do de agrava­men­to da doença, ape­sar de essa pos­si­bil­i­dade con­tin­uar a exi­s­tir prin­ci­pal­mente entre pes­soas de idade avança­da ou com comor­bidades. Dados de autori­dades san­itárias locais têm indi­ca­do que os não vaci­na­dos são maio­r­ia entre os casos de inter­nação e óbitos. Um lev­an­ta­men­to divul­ga­do na segun­da-feira (7), pelo Insti­tu­to de Infec­tolo­gia Emílio Ribas, mostra que 82% das mortes reg­istradas na unidade nos últi­mos três meses são de pes­soas que não con­cluíram a vaci­nação.

Edição: Valéria Aguiar

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Dengue em SP: total de casos não surpreende, mas óbitos sim, diz Saúde

Estado confirmou 28 mortes pela doença e 138 estão em investigação Paula Labois­sière – Repórter …