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Oito em cada 10 adultos defendem a proibição de celulares em escolas

Tema está em debate na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados

Sab­ri­na Craide — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 14/10/2024 — 17:35
Brasília
Smartphone, celular, em uso.
Repro­dução: © Tânia Rêgo/Agência Brasil

Uma pesquisa real­iza­da pelo Insti­tu­to Loco­mo­ti­va e pela Ques­tion­Pro mostra que oito em cada 10 adul­tos (80%) acred­i­tam que o uso de celu­lares nas esco­las deve ser proibido. Entre os pais, 82% con­cor­dam com essa proibição, tam­bém apoia­da pela maio­r­ia dos entre­vis­ta­dos sem fil­hos (72%).

A per­cepção sobre a neces­si­dade da proibição aparece em todas as faixas etárias de adul­tos, mas no caso de pes­soas com 61 anos ou mais o índice é ain­da maior: 87% apoiam a restrição. “Essa é uma con­cordân­cia trans­ver­sal na sociedade, não existe divergên­cia. E essa con­cordân­cia atrav­es­sa gênero, idade, todos os per­fis”, expli­ca a ger­ente de pesquisa quan­ti­ta­ti­va do Insti­tu­to Loco­mo­ti­va, Gabrielle Selani.

Recen­te­mente, o Min­istério da Edu­cação anun­ciou que está elab­o­ran­do um pro­je­to de lei para proibir o uso de celu­lares nas salas de aula. O tema tam­bém é debati­do na Comis­são de Edu­cação da Câmara dos Dep­uta­dos.

O lev­an­ta­men­to iden­ti­fi­cou que 90% dos entre­vis­ta­dos con­cor­dam que as cri­anças de hoje em dia não querem mais brin­car na rua por causa do uso do celu­lar ou para assi­s­tir TV. Segun­do a pesquisa, 69% acred­i­tam que a idade ide­al para ter o primeiro celu­lar é a par­tir dos 13 anos, mas 86% acred­i­tam que os jovens dese­jam ter um celu­lar antes dessa idade.

“Está clara a con­cordân­cia sobre a proibição do uso de celu­lares nas esco­las, mas, além dis­so, é pre­ciso mon­i­torar o tem­po e o con­teú­do em si. É pre­ciso estar aten­to tam­bém sobre o que acon­tece fora do muro das esco­las”, diz Gabrielle.

Entre os efeitos neg­a­tivos do uso de celu­lar na infân­cia, segun­do os entre­vis­ta­dos, estão vício em tec­nolo­gia, aumen­to da ansiedade e depressão, prob­le­mas de sono, desem­pen­ho esco­lar prej­u­di­ca­do, difi­cul­dades nas relações soci­ais e exposição ao cyber­bul­ly­ing.

A pesquisa real­i­zou 1.491 entre­vis­tas em todo o país, no perío­do de 24 de jun­ho a 8 de jul­ho, abrangen­do diver­sas regiões e per­fis socioe­conômi­cos. A margem de erro é de 2,5 pon­tos per­centu­ais, com nív­el de con­fi­ança de 95%.

Para a ger­ente de pesquisa do Insti­tu­to Loco­mo­ti­va, a pesquisa pode con­tribuir para a elab­o­ração de leg­is­lações inclu­si­vas sobre o tema. “A pesquisa ouviu a sociedade como um todo, pois é pre­ciso uni­ver­salizar o assun­to. Essa é uma questão que vai afe­tar toda a sociedade, todos vamos sen­tir os impactos do uso sem con­t­role das telas”.

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