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Olimpíada de Tóquio tem abertura oficial nesta sexta-feira

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Repro­du­ção: © Ser­gei Bobylev/Reuters/Direitos reser­va­dos

Cerimônia de abertura está prevista para 8h (horário de Brasília)


Publi­ca­do em 22/07/2021 — 18:00 Por Edgard Mat­su­ki — Repór­ter da Agên­cia Bra­sil — Bra­sí­lia

Nes­ta sex­ta-fei­ra (23), os olhos de boa par­te da popu­la­ção mun­di­al esta­rão vol­ta­dos para a cida­de de Tóquio. Após o adi­a­men­to de um ano por cau­sa da pan­de­mia da covid-19 e ame­a­ças de can­ce­la­men­to, a 32ª edi­ção da Olim­pía­da de verão ter á a aber­tu­ra ofi­ci­al a par­tir das 8h (horá­rio de Bra­sí­lia) no Está­dio Olím­pi­co de Tóquio (tam­bém cha­ma­do de Está­dio Naci­o­nal).

Pela pri­mei­ra vez na his­tó­ria, as cerimô­ni­as de aber­tu­ra e encer­ra­men­to, assim como as com­pe­ti­ções na capi­tal do Japão, não terão a pre­sen­ça de públi­co. A deci­são de proi­bir espec­ta­do­res foi toma­da por con­ta da decre­ta­ção do esta­do de emer­gên­cia em Tóquio até o final das com­pe­ti­ções até 8 de agos­to, e em meio a crí­ti­cas de auto­ri­da­des de saú­de do país e rejei­ção da popu­la­ção à com­pe­ti­ção.

Leia tam­bém:Jogos de Tóquio come­çam com pro­to­co­los rígi­dos e medo da pan­de­mia

Outras pro­vín­ci­as que vão sedi­ar com­pe­ti­ções tam­bém já con­fir­ma­ram que não terão públi­co: Chi­ba (que vai sedi­ar com­pe­ti­ções de sur­fe, esgri­ma, taekwon­do e luta olím­pi­ca), Kana­gawa (beisebol/softbol, iatis­mo e fute­bol), Sai­ta­ma (bas­que­te, gol­fe e fute­bol), Fukushi­ma (beisebol/softbol) e Hok­kai­do (fute­bol e atle­tis­mo). As pro­vín­ci­as de Miya­gi (fute­bol) e Shi­zu­o­ka (ciclis­mo) Iba­ra­ki (fute­bol) ain­da man­tém pre­vi­são de públi­co (50% do total e limi­ta­do a resi­den­tes no Japão) duran­te com­pe­ti­ções.

Os Jogos de Tóqu6io são a pri­mei­ra Olim­pía­da da era moder­na a ter um adi­a­men­to. Des­de 189 (quan­do foram rea­li­za­dos os Jogos Olím­pi­cos de Ate­nas), três edi­ções foram can­ce­la­das: as Olim­pía­das de Ber­lim em 1916 (que não foi rea­li­za­da por cau­sa da 1ª Guer­ra Mun­di­al), as Olim­pía­das de Hel­sin­que em 1940 e as Olim­pía­das de Lon­dres em 1944 (ambas can­ce­la­das por cau­sa da 2ª Guer­ra Mun­di­al).

É a segun­da vez que Tóquio rece­be os Jogos Olím­pi­cos: a pri­mei­ra foi em 1964, com 5.151 atle­tas de 93 paí­ses. Um dos momen­tos mais mar­can­tes daque­la edi­ção foi o acen­di­men­to da pira olím­pi­ca: quem fez as hon­ras foi Yoshi­no­ri Sakai, nas­ci­do em dia 6 de agos­to de 1945, em Hiroshi­ma – no mes­mo dia que a bom­ba atô­mi­ca devas­tou a cida­de.

Abertura e competições

Pre­vis­ta para às 8h (horá­rio de Bra­sí­lia) des­ta sex­ta-fei­ra (23) e com dura­ção de cer­ca de três horas, a tra­di­ci­o­nal cerimô­nia de aber­tu­ra dos Jogos Olím­pi­cos sofre­rá alte­ra­ções em Tóquio, cau­sa­das pela emer­gên­cia sani­tá­ria. Além da proi­bi­ção de ven­da de ingres­sos, algu­mas dele­ga­ções (incluin­do a bra­si­lei­ra) deve­rão envi­ar menos atle­tas para a cerimô­nia em que a Pira Olím­pi­ca é ace­sa.

Nes­ta quin­ta-fei­ra (22), o Comi­tê Olím­pi­co do Bra­sil (COB) con­fir­mou que leva­rá ape­nas qua­tro pes­so­as para a cerimô­nia (núme­ro míni­mo exi­gi­do de atle­tas e ofi­ci­ais): os por­ta-ban­dei­ras Bru­no Rezen­de (volei­bol) e Ketleyn Qua­dros (judô), o che­fe de Mis­são Tóquio 2020, Mar­co La Por­ta, e um ofi­ci­al admi­nis­tra­ti­vo. De acor­do com o COB, “a deci­são foi toma­da levan­do-se em con­si­de­ra­ção a segu­ran­ça dos atle­tas bra­si­lei­ros em cená­rio de pan­de­mia, mini­mi­zan­do ris­cos de con­ta­mi­na­ção e con­ta­to pró­xi­mo”.

O impe­ra­dor Naruhi­to irá decla­rar a aber­tu­ra das com­pe­ti­ções. A ordem dos des­fi­les das dele­ga­ções da aber­tu­ra dos Jogos Olím­pi­cos tam­bém será par­ti­cu­lar. Ela segui­rá, na mai­o­ria dos casos, a ordem do alfa­be­to japo­nês kata­ka­na. Com isso, logo após a Gré­cia (que, tra­di­ci­o­nal­men­te, é a pri­mei­ra equi­pe a des­fi­lar) e a Equi­pe Olím­pi­ca de Refu­gi­a­dos, entra­rão no Está­dio Olím­pi­co a dele­ga­ção da Islân­dia (Aisu­ran­do em japo­nês), Irlan­da (Airu­ran­do) e Azer­bai­jão (Aze­ru­bai­jan). As exce­ções fica­rão com as três últi­mas equi­pes a entra­rem: Esta­dos Uni­dos, Fran­ça e Japão – que fecha a para­da das nações). O Bra­sil será a 152º dele­ga­ção a entrar no des­fi­le.

A lis­ta de comi­tês olím­pi­cos par­ti­ci­pan­tes con­ta tam­bém com o Time Olím­pi­co de Refu­gi­a­dos, for­ma­do por pes­so­as que não podem com­pe­tir pelo país de ori­gem e por isso, defen­dem a ban­dei­ra do Comi­tê Olím­pi­co Inter­na­ci­o­nal (COI). O Comi­tê Olím­pi­co Rus­so traz uma dele­ga­ção de atle­tas da Rús­sia proi­bi­dos de com­pe­ti­rem com a ban­dei­ra e o nome do país (nem o hino rus­so pode ser exe­cu­ta­do) devi­do a puni­ções por par­te da Agên­cia Mun­di­al Anti­do­pa­gem (WADA) e da Cor­te Arbi­tral do Espor­te (CAS).

Além da Rús­sia, mais um país fili­a­do ao COI não par­ti­ci­pa­rá dos Jogos de Tóquio: a Coreia do Nor­te, que anun­ci­ou a desis­tên­cia por cau­sa da pan­de­mia da covid-19. Com isso, o núme­ro de ban­dei­ras repre­sen­ta­das nas com­pe­ti­ções será menor do que na Rio 2016, que teve 205 paí­ses, o time de refu­gi­a­dos e a equi­pe de Atle­tas Olím­pi­cos Inde­pen­den­tes (for­ma­do por atle­tas do Kuwait, puni­do à épo­ca pelo COI).

Den­tro das com­pe­ti­ções, Tóquio 2020 (mes­mo com o adi­a­men­to de um ano, o nome ofi­ci­al do even­to con­ti­nua refe­ren­te ao ano pas­sa­do) tem a expec­ta­ti­va de rece­ber, ao todo, mais de 11 mil atle­tas de 204 paí­ses.

Arte com números dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020
Repro­du­ção: Arte: Agên­cia Bra­sil

A dele­ga­ção com mai­or núme­ro de mem­bros é a dos Esta­dos Uni­dos, com 613 atle­tas. O país-sede, Japão, terá 590 atle­tas nos Jogos Olím­pi­cos. O Bra­sil será repre­sen­ta­do por 302 atle­tas em 35 moda­li­da­des. O núme­ro será menor do que o de atle­tas nas Olim­pía­das de 2016, que foi de 462. Ao con­trá­rio do que ocor­reu nos Jogos do Rio (em que o Bra­sil, por ser país-sede, já tinha clas­si­fi­ca­dos em todas moda­li­da­des), o Bra­sil ficou de fora de 12 das 46 moda­li­da­des de Tóquio.

De acor­do com o Comi­tê Olím­pi­co Inter­na­ci­o­nal, essa será a Olim­pía­da com mai­or equi­lí­brio de gêne­ro da his­tó­ria: qua­se 49% dos ins­cri­tos são mulhe­res. O atle­tis­mo é o espor­te com mai­or núme­ro de par­ti­ci­pan­tes: 2.176. Por outro lado, ape­nas 19 atle­tas dis­pu­ta­rão as com­pe­ti­ções de ciclis­mo BMX na cate­go­ria fre­esty­le.

Antes mes­mo da aber­tu­ra ofi­ci­al, algu­mas com­pe­ti­ções já come­ça­ram a ser rea­li­za­das. Na ter­ça-fei­ra (20), as pri­mei­ras par­ti­das de soft­bol foram rea­li­za­das. Ontem (21), a bola rolou para a pri­mei­ra roda­da do fute­bol. E nes­ta quin­ta-fei­ra, foram dis­pu­ta­das as pri­mei­ras pro­vas de remo.

A pri­mei­ra meda­lha de Tóquio vai sair no tiro espor­ti­vo femi­ni­no: a dis­pu­ta da final na moda­li­da­de rifle de ar 10m ocor­re às 10h45 (no horá­rio local, 22h45 no horá­rio de Bra­sí­lia) no dia 24 de julho.

A cerimô­nia de encer­ra­men­to das Olim­pía­das ocor­re­rá na noi­te de 8 de agos­to (20h no horá­rio local). A últi­ma meda­lha a ser dis­pu­ta­da nes­ta edi­ção será no polo aquá­ti­co mas­cu­li­no. A par­ti­da final come­ça às 16h30 (4h30 no horá­rio de Bra­sí­lia) do dia 8.

Ao todo, os Jogos Olím­pi­cos de Tóquio terão 339 even­tos que dis­tri­bui­rão meda­lhas em 46 moda­li­da­des (com 33 espor­tes). Nes­te ano, cin­co moda­li­da­des estrei­am ou vol­tam ao calen­dá­rio de com­pe­ti­ções: beisebol/softbol, kara­tê, ska­te, sur­fe e a esca­la­da espor­ti­va.

Algu­mas estre­las mun­di­ais do espor­te já con­fir­ma­ram pre­sen­ça nos Jogos Olím­pi­cos de Tóquio. No bas­que­te, Kevin Durant será o prin­ci­pal nome da equi­pe de estre­las dos Esta­dos Uni­dos. No fute­bol femi­ni­no, a nor­te-ame­ri­ca­na Megan Rapi­noe e a bra­si­lei­ra Mar­ta são atra­ções. No mas­cu­li­no, o Bra­sil vai con­tar com Dani­el Alves.

Sem a pre­sen­ça de len­das como Usain Bolt e Micha­el Phelps, que se reti­ra­ram de seus espor­tes, os holo­fo­tes em espor­tes indi­vi­du­ais fica­rão no sér­vio Novak Djo­ko­vic (super­cam­peão de tor­nei­os Gram Slam) e na japo­ne­sa Nao­mi Osa­ka no tênis, nas nor­te-ame­ri­ca­nas Simo­ne Biles (ginás­ti­ca artís­ti­ca) e Katie Ledecky (nata­ção) e no fran­cês Teddy Riner no judô.

Curiosidades Tóquio 2020

Repro­du­ção: Arte EBC

Acom­pa­nhe a cober­tu­ra dos Jogos Olím­pi­cos de Tóquio na Agên­cia Bra­sil:
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Edi­ção: Nathá­lia Men­des

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