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OMS declara mpox como emergência em saúde pública global

© REUTERS/Denis Balibouse/Proibida repro­dução

Este é o mais alto nível de alerta da organização


Publicado em 14/08/2024 — 15:06 Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil — Brasília

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A Orga­ni­za­ção Mundi­al da Saúde (OMS) declar­ou nes­ta quar­ta-feira (14) que o cenário de mpox no con­ti­nente africano con­sti­tui emergên­cia em saúde públi­ca de importân­cia inter­na­cional em razão do risco de dis­sem­i­nação glob­al e de uma poten­cial nova pan­demia. Este é o mais alto nív­el de aler­ta da enti­dade.

Em cole­ti­va de impren­sa em Gene­bra, o dire­tor-ger­al da OMS, Tedros Adhanom Ghe­breye­sus, desta­cou que sur­tos de mpox vêm sendo repor­ta­dos na Repúbli­ca Democráti­ca do Con­go há mais de uma déca­da e que as infecções têm aumen­ta­do ao lon­go dos últi­mos anos.

Em 2024, os casos já super­am o total reg­istra­do em 2023 e somam mais de 14 mil, além de 524 mortes.

“A OMS vem tra­bal­han­do para con­ter os sur­tos de mpox na África e aler­tan­do que o cenário é algo que deve pre­ocu­par a todos nós. Na sem­ana pas­sa­da, con­vo­quei o comitê de emergên­cia para avaliar a situ­ação na Repúbli­ca Democráti­ca do Con­go e em out­ros país­es na África. Hoje, o comitê se reuniu e infor­mou que, em sua visão, a situ­ação con­sti­tui emergên­cia em saúde públi­ca de importân­cia inter­na­cional.”

Tedros lem­brou que o Cen­tro de Con­t­role e Pre­venção de Doenças africano (CDC África) já havia declar­a­do o cenário de mpox na região como emergên­cia em saúde públi­ca de segu­rança con­ti­nen­tal. O anún­cio foi feito ontem (13) pelo dire­tor-ger­al da enti­dade, Jean Kaseya, ao citar a ráp­i­da trans­mis­são da doença na África.

“Aceit­ei a recomen­dação do comitê. A detecção e a ráp­i­da dis­sem­i­nação de uma nova vari­ante de mpox na Repúbli­ca Democráti­ca do Con­go, a detecção dessa mes­ma vari­ante em país­es viz­in­hos que não havi­am repor­ta­do casos da doença ante­ri­or­mente e o poten­cial de dis­sem­i­nação em toda a África e além são muito pre­ocu­pantes”, disse Tedros.

“Está claro que uma respos­ta inter­na­cional de for­ma coor­de­na­da é essen­cial para inter­romper ess­es sur­tos e sal­var vidas. Uma emergên­cia em saúde públi­ca de importân­cia inter­na­cional é o mais alto nív­el de alarme na leg­is­lação san­itária”, con­cluiu.

Primeira emergência

Em maio de 2023, quase uma sem­ana após alter­ar o sta­tus da covid-19, a OMS declar­ou que a mpox tam­bém não con­fig­u­ra­va mais emergên­cia em saúde públi­ca de importân­cia inter­na­cional. Em jul­ho de 2022, a enti­dade havia dec­re­ta­do sta­tus de emergên­cia em razão do sur­to da doença em diver­sos país­es.

“Assim como com a covid-19, o fim da emergên­cia não sig­nifi­ca que o tra­bal­ho acabou. A mpox con­tin­ua a apre­sen­tar desafios de saúde públi­ca sig­nif­i­cantes que pre­cisam de respos­ta robus­ta, proa­t­i­va e sus­ten­táv­el”, declar­ou, à época, o dire­tor-ger­al da OMS.

“Casos rela­ciona­dos a via­gens, reg­istra­dos em todas as regiões, demon­stram a ameaça con­tínua. Existe risco, em par­tic­u­lar, para pes­soas que vivem com infecção por HIV não trata­da. Con­tin­ua sendo impor­tante que os país­es man­ten­ham sua capaci­dade de teste e seus esforços, ava­liem os riscos, quan­tifiquem as neces­si­dades de respos­ta e ajam pronta­mente quan­do necessário”, aler­tou Tedros em 2023.

A doença

A mpox é uma doença zoonóti­ca viral. A trans­mis­são para humanos pode ocor­rer por meio do con­ta­to com ani­mais sil­vestres infec­ta­dos, pes­soas infec­tadas pelo vírus e mate­ri­ais con­t­a­m­i­na­dos. Os sin­tomas, em ger­al, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, lin­fon­o­dos incha­dos (ínguas), febre, dores no cor­po, dor de cabeça, calafrio e fraque­za.

As lesões podem ser planas ou lev­e­mente ele­vadas, preenchi­das com líqui­do claro ou amare­la­do, poden­do for­mar crostas que secam e caem. O número de lesões pode vari­ar de algu­mas a mil­hares. As erupções ten­dem a se con­cen­trar no ros­to, na pal­ma das mãos e na plan­ta dos pés, mas podem ocor­rer em qual­quer parte do cor­po, inclu­sive na boca, nos olhos, nos órgãos gen­i­tais e no ânus.

Edição: Juliana Andrade

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