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OMS diz que situação de saúde em Gaza está à beira do colapso

Repro­dução: © Reuters/Evelyn Hock­stein

Hospitais não funcionam ou operam acima da capacidade


Pub­li­ca­do em 10/11/2023 — 20:30 Por Sab­ri­na Craide – Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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O dire­tor da Orga­ni­za­ção Mundi­al da Saúde, Tedros Adhanom Ghe­breye­sus, disse nes­ta sex­ta-feira (10), no Con­sel­ho de Segu­rança da Orga­ni­za­ção das Nações Unidas (ONU), que o sis­tema de saúde em Gaza está “à beira do colap­so”, por causa dos con­fli­tos entre Israel e o grupo Hamas.  Des­de o dia 7 de out­ubro, a OMS ver­i­fi­cou mais de 250 ataques no sis­tema de saúde em Gaza e na Cisjordâ­nia e 25 em Israel, em locais como hos­pi­tais, clíni­cas e ambulân­cias.

“O sis­tema de saúde está de joel­hos”, disse ele. Tedros Adhanom rela­tou que metade dos hos­pi­tais de Gaza não está fun­cio­nan­do e que o restante opera aci­ma de sua capaci­dade de atendi­men­to. A super­lotação das insta­lações aumen­ta os riscos de sur­to de doenças diar­re­icas, res­pi­ratórias e de infecções cutâneas.

Mais de 10.800 pes­soas foram mor­tas em Gaza, sendo quase 70% mul­heres e cri­anças, segun­do ele. “Uma cri­ança morre a cada dez min­u­tos em média em Gaza”, comu­ni­cou o dire­tor da OMS, lem­bran­do tam­bém que mais de 100 fun­cionários da ONU já foram mor­tos no con­fli­to.

“Nen­hum lugar, nem ninguém está seguro”, disse Adhanom, acres­cen­tan­do que a orga­ni­za­ção está apoian­do os tra­bal­hadores de saúde, que se encon­tram físi­ca e men­tal­mente exaus­tos e “fazen­do o mel­hor em condições inimag­ináveis”.

O dire­tor-ger­al da Sociedade do Cres­cente Ver­mel­ho Palesti­no (PRCS), orga­ni­za­ção human­itária que atua na Palesti­na, Mar­wan Jilani, tambem fez um rela­to sobre a situ­ação de saúde em Gaza durante a reunião do Con­sel­ho de Segu­rança da ONU.  Ele disse que muitos mor­re­ri­am de fome ou de doenças e apelou ao con­sel­ho para que exi­ja um ces­sar-fogo efi­caz e ime­di­a­to, jun­ta­mente com aju­da de emergên­cia para o norte de Gaza.

Já Gilad Erdan, embaix­ador e rep­re­sen­tante per­ma­nente de Israel no Con­sel­ho de Segu­rança, con­testou os dados da OMS, afir­man­do que o foco dos dados apre­sen­ta­dos esta­va nos hos­pi­tais de Gaza, mas não fez menção a um ataque dire­to a um hos­pi­tal israe­lense há poucos dias, por foguetes do Hamas. Segun­do o embaix­ador, o brief­ing da OMS foi basea­do em infor­mações do Hamas, e não dos próprios fun­cionários da ONU. “Infe­liz­mente, estão trans­mitin­do fal­si­dades com­ple­ta­mente desli­gadas da real­i­dade”, afir­mou.

Edição: Nádia Fran­co

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