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ONU: 140 mulheres são vítimas de feminicídio por dia no mundo

Continente africano registra maiores taxas desse tipo de crime

Paula Labois­sière – Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 25/11/2024 — 15:08
Brasília
Brasília, São Sebastião (DF), 10.08.2023 - Ato contra o feminicídio no Distrito Federal na cidade satélite de São Sebastião (DF). Somente no primeiro semestre deste ano (janeiro a junho), foram assassinadas 18 mulheres no DF. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Repro­dução: © Fabio Rodrigues-Pozze­bom/ Agên­cia Brasil

Em 2023, 85 mil mul­heres e meni­nas foram mor­tas inten­cional­mente em todo o mun­do, sendo que 60% dess­es homicí­dios foram cometi­dos por um par­ceiro ínti­mo ou out­ro mem­bro da família. O índice equiv­ale a 140 mul­heres e meni­nas mor­tas todos os dias ou uma a cada dez min­u­tos.

Os dados foram divul­ga­dos nes­ta segun­da-feira (25), Dia Inter­na­cional para a Elim­i­nação da Vio­lên­cia con­tra as Mul­heres, pela ONU Mul­heres e pelo Escritório das Nações Unidas sobre Dro­gas e Crime (Unodc).

De acor­do com o relatório Fem­i­nicí­dios em 2023: Esti­ma­ti­vas Globais de Fem­i­nicí­dios por Par­ceiro Ínti­mo ou Mem­bro da Família, o con­ti­nente africano reg­istrou as maiores taxas de fem­i­nicí­dios rela­ciona­dos a par­ceiros ínti­mos e famil­iares, segui­do pelas Améri­c­as e pela Ocea­nia.

Na Europa e nas Améri­c­as, a maio­r­ia das mul­heres assas­si­nadas em ambi­ente domés­ti­co (64% e 58%, respec­ti­va­mente) foram víti­mas de par­ceiros ínti­mos, enquan­to, em out­ras regiões, os prin­ci­pais agres­sores foram mem­bros da família.

“Mul­heres e meni­nas em todo o mun­do con­tin­u­am a ser afe­tadas por essa for­ma extrema de vio­lên­cia basea­da no gênero e nen­hu­ma região está excluí­da”, desta­cou o relatório.

“Além do assas­si­na­to de mul­heres e meni­nas por par­ceiros ínti­mos ou out­ros mem­bros da família, exis­tem out­ras for­mas de fem­i­nicí­dio”, aler­tou a pub­li­cação, ao citar que essas demais for­mas rep­re­sen­taram mais 5% de todos os homicí­dios cometi­dos con­tra mul­heres em 2023.

“Ape­sar dos esforços feitos por diver­sos país­es para pre­venir os fem­i­nicí­dios, eles con­tin­u­am a reg­is­tar níveis alar­man­te­mente ele­va­dos. São, fre­quente­mente, o cul­mi­nar de episó­dios repeti­dos de vio­lên­cia basea­da no gênero, o que sig­nifi­ca que são evitáveis por meio de inter­venções opor­tu­nas e efi­cazes”, con­cluiu o doc­u­men­to.

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