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ONU: adaptação climática pode custar US$ 300 bilhões por ano até 2030

Repro­dução: © Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil

Financiamento atual é apenas um quarto dos US$ 300 bi previstos


Pub­li­ca­do em 28/10/2021 — 09:02 Por RTP — Nova York

RTP - Rádio e Televisão de Portugal

A adap­tação às alter­ações climáti­cas cus­tará aos país­es em desen­volvi­men­to US$ 300 bil­hões por ano até 2030, infor­mou hoje (28) a Orga­ni­za­ção das Nações Unidas (ONU).

Se as metas de mit­i­gação não forem atingi­das, o val­or aumen­tará para US$ 500 bil­hões até 2050, adver­tiu.

O finan­cia­men­to atu­al é ape­nas um quar­to dos US$ 300 bil­hões pre­vis­tos para 2030, adverte relatório da Con­fer­ên­cia das Nações Unidas sobre Comér­cio e Desen­volvi­men­to (Unc­tad), divul­ga­do antes da Con­fer­ên­cia sobre Alter­ações Climáti­cas que começa nes­ta sex­ta-feira (29) em Glas­gow, na Escó­cia.

“Cumprir as promes­sas de US$ 100 bil­hões por ano para o Fun­do Climáti­co Verde é uma obri­gação em Glas­gow”, disse a secretária-ger­al da Unc­tad, Rebec­ca Grynspan, acres­cen­tan­do que tam­bém são necessários out­ros com­pro­mis­sos.

“São necessários esforços em nív­el mul­ti­lat­er­al para asse­gu­rar o finan­cia­men­to de que os país­es em desen­volvi­men­to pre­cisam para se adap­tar ao agrava­men­to dos impactos das alter­ações climáti­cas”, acres­cen­tou.

A orga­ni­za­ção pediu uma refor­ma do sis­tema finan­ceiro, que incluiria aumen­to da aju­da estatal para o desen­volvi­men­to.

“Se os país­es do G7 tivessem atingi­do o obje­ti­vo de 0,7% da aju­da ao desen­volvi­men­to até 2020, estari­am disponíveis US$ 155 bil­hões adi­cionais”, desta­ca o relatório da ONU.

O doc­u­men­to recomen­da a reestru­tu­ração e o perdão da dívi­da dos país­es mais vul­neráveis às alter­ações climáti­cas, mais emprés­ti­mos por parte dos ban­cos mul­ti­lat­erais de desen­volvi­men­to e maior alcance dos mer­ca­dos de obri­gações verdes, que são atual­mente sev­era­mente restringi­dos por várias políti­cas reg­u­lado­ras.

A Unc­tad adver­tiu ain­da que as pressões para lib­er­alizar o mer­ca­do de pro­du­tos e serviços rela­ciona­dos com a pro­teção ambi­en­tal ben­e­fi­cia­ri­am prin­ci­pal­mente os expor­ta­dores dos país­es desen­volvi­dos, reduzin­do a capaci­dade fis­cal das econo­mias em desen­volvi­men­to.

O relatório pre­vê que as econo­mias em desen­volvi­men­to poderão perder anual­mente US$ 15 bil­hões em receitas tar­ifárias se essa lib­er­al­iza­ção for alcança­da.

Ao mes­mo tem­po, a agên­cia da ONU desta­cou que as tec­nolo­gias verdes devem ser clas­si­fi­cadas como bens públi­cos e, por­tan­to, deve ser acessív­el a todas as econo­mias.

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