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ONU celebra Dia Mundial de Higienização das Mãos

Ministério da Saúde instala pia na entrada do prédio para a higienização das mãos
Repro­dução: © Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Prática é considerada uma das mais eficazes para combater pandemia


Pub­li­ca­do em 03/05/2021 — 07:00 Por Alana Gan­dra — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

Emb­o­ra a higi­en­iza­ção das mãos ten­ha gan­hado a atenção das pop­u­lações em todo o mun­do com a pan­demia de covid-19, essa ati­tude bási­ca de higiene já era há muito tem­po incen­ti­va­da pela Orga­ni­za­ção Mundi­al da Saúde (OMS), que insti­tu­iu 5 de maio como o Dia Mundi­al de Higi­en­iza­ção das Mãos. A medi­da é con­sid­er­a­da uma das mais efi­cazes para com­bat­er a doença.

A higi­en­iza­ção das mãos gan­hou força com a cam­pan­ha divul­ga­da pela mídia de que essa era uma das medi­das para pre­venir a covid-19. Só que a práti­ca já era uma medi­da efi­caz para várias out­ras doenças, den­tro ou fora do hos­pi­tal”, disse, em entre­vista à Agên­cia Brasil, a enfer­meira Daniele Moço, da Comis­são de Con­t­role de Infecção Hos­pi­ta­lar (CCIH) do Com­plexo Hos­pi­ta­lar de Niterói (CHN).

Den­tro do ambi­ente hos­pi­ta­lar, a comis­são já fazia várias cam­pan­has para a pre­venção de infecções rela­cionadas à assistên­cia à saúde, ensi­nan­do os profis­sion­ais a higi­en­izar as mãos. “A gente fazia estu­dos e via que a adesão dos profis­sion­ais à higi­en­iza­ção das mãos era baixa”, afir­mou Daniele.

Importância mundial

Na época do vírus H1N1, a higi­en­iza­ção gan­hou força porque foi divul­ga­do que ele era trans­mi­ti­do por con­ta­to e gotícu­la, “igualz­in­ho à covid-19”, comen­tou. A enfer­meira do CHN de Niterói rela­tou que depois que as cam­pan­has param, os cuida­dos dimin­uem, tan­to por parte dos profis­sion­ais de saúde quan­to da pop­u­lação.

Neste momen­to de pan­demia, a higi­en­iza­ção das mãos gan­hou importân­cia mundi­al. Por isso, a OMS vai dedicar a sem­ana de 3 a 7 de maio à cam­pan­ha para incen­ti­var esse pro­ced­i­men­to. “O que nós ori­en­ta­mos é que a pes­soa enten­da que não bas­ta só pas­sar o álcool na mão. Existe uma téc­ni­ca para higi­en­izar as mãos com álcool gel e água e sabão. Pas­sar só o álcool na mão não é o sufi­ciente. A pes­soa tem que fric­cionar nos movi­men­tos cor­re­tos indi­ca­dos pela OMS”, disse Daniele Moço.

No ambi­ente hos­pi­ta­lar, há cin­co opor­tu­nidades para a higi­en­iza­ção das mãos recomen­dadas pela OMS: antes de tocar o paciente; antes de faz­er qual­quer téc­ni­ca assép­ti­ca no paciente; após o risco de exposição a flu­i­dos cor­po­rais ou excreções; após tocar o paciente; e após tocar super­fí­cies próx­i­mas ao paciente. “Qual­quer coisa no quar­to do paciente tem risco de trans­mi­tir doença para ele ou para out­ros pacientes”, aler­tou Daniele. Essas práti­cas pro­tegem o paciente, o profis­sion­al e a próx­i­mo pes­soa que ele for aten­der.

Bactérias

Daniele reforçou que no hos­pi­tal há várias bac­térias mul­ti­r­re­sistentes. “Se você aten­der um paciente, sair dali sem higi­en­izar as mãos e for aten­der out­ro, você leva aque­la bac­téria para ele. A gente chama de super bac­térias, porque são muito resistentes a várias class­es de antibióti­cos”. Caso o paciente seja infec­ta­do por uma delas, o antibióti­co comum não fun­ciona. Tem que ser antibióti­cos de classe mais agres­si­va, afir­mou Daniele. Por meio das mãos, pode-se trans­mi­tir inúmeros tipos de enfer­mi­dades, como con­jun­tivite, escabiose (sar­na), her­pes sim­ples, gripe e res­fri­a­do, ressaltou.

Ela adver­tiu ain­da que tan­to os profis­sion­ais de saúde têm que estar aten­tos a isso, quan­to a pop­u­lação. “Prin­ci­pal­mente ago­ra, no momen­to pandêmi­co que esta­mos viven­do, a higi­en­iza­ção das mãos é a opor­tu­nidade mais pre­ven­ti­va que a gente tem con­tra a covid-19. Usar a más­cara e faz­er a higi­en­iza­ção das mãos em todas as opor­tu­nidades que a gente tiv­er”.

Fora do ambi­ente hos­pi­ta­lar, a pes­soa deve higi­en­izar as mãos antes e depois de tocar qual­quer coisa. Além dis­so, a enfer­meira aler­ta que levar à boca algum ali­men­to ou obje­to con­t­a­m­i­na­do tam­bém pode ser perigoso. “É impor­tante não só higi­en­izar as mãos, como tudo que elas tocam”, lem­brou.

Na rua

Ácool gel
Repro­dução: Álcool gel — Mar­cel­lo Casal Jr / Agên­cia Brasil                                          

Segun­do a enfer­meira, o álcool gel facil­i­tou a vida das pes­soas que estão na rua e nos trans­portes públi­cos, como o metrô, por exem­p­lo, porque é o méto­do mais fácil para se pre­venir da covid-19. O pro­ced­i­men­to cor­re­to de apli­cação do álcool gel leva de 20 a 30 segun­dos, até o álcool secar. Já a téc­ni­ca de higi­en­iza­ção das mãos com água e sabão leva de 40 a 60 segun­dos. “Por isso, o álcool gel gan­hou tan­ta força. É mais fácil para pre­venir”.

No CHN, a Comis­são de Con­t­role de Infecção Hos­pi­ta­lar vai pro­mover cam­pan­ha de desin­fecção durante a próx­i­ma sem­ana, ensi­nan­do ao grupo de profis­sion­ais a importân­cia da higi­en­iza­ção das mãos com álcool gel e com água e sabonete.

Edição: Graça Adju­to

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