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ONU: número de pessoas que usam drogas aumentou 20% em 10 anos

Repro­dução: © Paulo Pinto/Agência Brasil

Relatório mundial foi divulgado nesta quarta-feira (26)


Publicado em 26/06/2024 — 17:47 Por Alex Rodrigues — Repórter da Agência Brasil — Brasília

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Um novo relatório da Orga­ni­za­ção das Nações Unidas (ONU) indi­ca que os prob­le­mas decor­rentes do con­sumo de dro­gas se agravaram em todo o mun­do ao lon­go de 2022, com o surg­i­men­to de novos opi­oides sin­téti­cos e um aumen­to sem prece­dentes da deman­da por out­ras sub­stân­cias psi­coa­t­i­vas.

Segun­do a mais recente edição do Relatório Mundi­al sobre Dro­gas, que a orga­ni­za­ção divul­gou nes­ta quar­ta-feira (26), Dia Inter­na­cional de Com­bate às Dro­gas, em 2022, mais de 292 mil­hões de pes­soas con­sumi­ram algu­ma sub­stân­cia psi­coa­t­i­va, um aumen­to de 20% em dez anos. A con­se­quên­cia: um aumen­to nos transtornos asso­ci­a­dos ao uso.

“Emb­o­ra cer­ca de 64 mil­hões de pes­soas em todo o mun­do sofram de transtornos asso­ci­a­dos ao uso de dro­gas, ape­nas uma em cada 11 pes­soas rece­beu trata­men­to”, afir­mam os respon­sáveis pela pub­li­cação, acres­cen­tan­do que as mul­heres sofrem mais com a neg­ligên­cia. “Ape­nas uma em cada 18 mul­heres com transtornos asso­ci­a­dos ao uso de dro­gas rece­beu trata­men­to, em com­para­ção com um em cada sete home­ns.”

Ain­da de acor­do com os pesquisadores, as ativi­dades ilíc­i­tas asso­ci­adas à pro­dução e dis­tribuição de dro­gas con­tribuem para a degradação ambi­en­tal, pro­moven­do o des­mata­men­to, o descarte inde­v­i­do de resí­du­os tóx­i­cos e a con­t­a­m­i­nação quími­ca. Esti­ma-se que, só de cocaí­na pura, ten­ham sido pro­duzi­das cer­ca de 2,757 toneladas em 2022 – um aumen­to de 20% em relação a 2021.

A cannabis segue sendo a dro­ga mais usa­da em todo o plan­e­ta e, segun­do os pesquisadores, em alguns país­es, como o Canadá e o Uruguai, além de partes dos Esta­dos Unidos, a legal­iza­ção da com­er­cial­iza­ção e do con­sumo parece ter acel­er­a­do o uso noci­vo da dro­ga e lev­a­do a uma diver­si­fi­cação dos pro­du­tos deriva­dos da cannabis, muitos deles com alto teor de THC (tetra-hidro­carbinol, prin­ci­pal com­po­nente da plan­ta da macon­ha e respon­sáv­el pelos efeitos psi­coa­t­ivos).

Depois da cannabis, vêm os opi­oides, anfe­t­a­m­i­nas, cocaí­na e ecsta­sy. A pub­li­cação ain­da desta­ca o recente surg­i­men­to dos nitazenos — grupo de opi­oides sin­téti­cos que pode ser ain­da mais potente do que o fen­tanil e cujo con­sumo aumen­tou em país­es de ren­da alta, cau­san­do um maior número de mortes por over­dose. O relatório apon­ta que o cres­cente inter­esse pelo uso ter­apêu­ti­co de sub­stân­cias psi­coa­t­i­vas e a con­se­quente expan­são da uti­liza­ção dessas sub­stân­cias em pesquisas clíni­cas e no trata­men­to de alguns transtornos de saúde men­tal ain­da não resul­taram em dire­trizes cien­tí­fi­cas para uso médi­co.

A ínte­gra do doc­u­men­to está disponív­el, em inglês, no site do Escritório Sobre Dro­gas e Crimes da ONU (UNODC).

Edição: Juliana Andrade

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