...
segunda-feira ,17 março 2025
Home / Noticias / Operação aeronaval reúne 830 militares das três Forças no Rio

Operação aeronaval reúne 830 militares das três Forças no Rio

Repro­dução: © Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

Exercício visa integrar militares e treinar para ações humanitárias


Pub­li­ca­do em 02/09/2021 — 23:12 Por Vladimir Platonow — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

Uma oper­ação aeron­aval integra­da reúne 830 mil­itares do Exérci­to, da Mar­in­ha e da Força Aérea na cos­ta do Rio de Janeiro. O exer­cí­cio ocorre no âmbito da Oper­ação Posei­don 2021, que começou no dia 28 de agos­to e prossegue até o próx­i­mo dia 4, com exer­cí­cios de pouso e deco­lagem no Navio Aeró­dro­mo Mul­ti­propósi­to (NAM) Atlân­ti­co.

Além da capac­i­tação no pouso, os mil­itares real­izam exer­cí­cios de infil­tração de mer­gul­hadores de com­bate, evac­uação aeromédi­ca (Evam) de feri­dos e tiro real sobre alvo à deri­va. O treina­men­to con­jun­to foi pro­pos­to pelo Min­istério da Defe­sa e tem por final­i­dade o aumen­to con­tín­uo da inter­op­er­abil­i­dade entre as Forças.

O exer­cí­cio foi acom­pan­hado, nes­ta quin­ta-feira (2), pelo min­istro da Defe­sa, gen­er­al Wal­ter Bra­ga Net­to, pelo coman­dante da Mar­in­ha, almi­rante de esquadra Almir Gar­nier, e pelo almi­rante de esquadra Petro­n­io Augus­to Siqueira de Aguiar, chefe de Oper­ações Con­jun­tas do Min­istério da Defe­sa.

Repro­dução: O coman­dante da Mar­in­ha, almi­rante de esquadra Almir Gar­nier San­tos, acom­pan­ha manobras de helicópteros das três Forças Armadas no Navio-Aeró­dro­mo Mul­ti­propósi­to Atlân­ti­co em movi­men­to, durante a Oper­ação Posei­don 2021. — Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

O coman­dante da Mar­in­ha ressaltou os propósi­tos de inte­gração, e lem­brou que inte­grantes das três Forças muitas vezes usam ter­mos e lin­guagem próprios para denom­i­nar téc­ni­cas e equipa­men­tos semel­hantes.

“O maior desafio é que cada coman­do de Força tem suas car­ac­terís­ti­cas próprias, seus usos e cos­tumes, e quan­do se vai oper­ar em um out­ro ambi­ente, sob a coor­de­nação de uma out­ra Força, você pre­cisa se adap­tar a ela. Até o jargão e a cul­tura do trân­si­to a bor­do de um navio, o resto é boa von­tade”, disse Gar­nier.

Para ele, o treina­men­to de qual­i­fi­cação e requal­i­fi­cação de pouso é um exer­cí­cio efi­caz tan­to para ini­ciantes quan­to para mil­itares já expe­ri­entes. “Cada vez mais, o Min­istério da Defe­sa, o Esta­do-Maior Con­jun­to e as Forças Armadas visam oper­ar de maneira integra­da”, ressaltou o coman­dante da Mar­in­ha.

Adestramento

O almi­rante de esquadra Petro­n­io lem­brou que esse tipo de oper­ação vem sendo con­struí­da des­de 2018 pelo Min­istério da Defe­sa, como pro­gra­mação de evolução do ade­stra­men­to dos pilo­tos.

“No ano pas­sa­do, fize­mos nos­so primeiro ade­stra­men­to con­jun­to, com as três Forças e o navio para­do, como se fos­se um aero­por­to. Nós qual­i­fi­camos os pilo­tos e ago­ra pas­samos a uma nova fase deste exer­cí­cio, com o navio em movi­men­to. Pre­tendemos que este tipo de ade­stra­men­to per­maneça por alguns anos, porque ain­da temos algu­mas fas­es a serem cumpri­das, até uma oper­ação notur­na, que é uma situ­ação muito difer­ente do que ocorre de dia”, disse Petro­n­io.

Repro­dução:  Helicópteros das três Forças Armadas (Mar­in­ha, Exérci­to e Força Aérea), real­izam manobras no Navio-Aeró­dro­mo Mul­ti­propósi­to Atlân­ti­co em movi­men­to durante a Oper­ação Posei­don 2021 — Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

O segun­do obje­ti­vo, ressaltou o chefe de Oper­ações Con­jun­tas, é faz­er com que as Forças Armadas este­jam prontas a aten­der algu­ma deman­da do Esta­do brasileiro, incluin­do pos­síveis assistên­cias human­itárias inter­na­cionais ou mis­sões de res­gate.

Submarinos

Tan­to Gar­nier quan­to Petro­n­io ressaltaram a chega­da à esquadra brasileira do primeiro sub­mari­no da nova família, o Riachue­lo, que dev­erá ser entregue ain­da em dezem­bro deste ano em condições ple­nas de oper­ação.

Depois do Riachue­lo, virão out­ros três sub­mari­nos con­ven­cionais e, final­mente, o sub­mari­no de propul­são nuclear, que colo­cará o Brasil no sele­to grupo de país­es com capaci­dade de pro­duzir sub­mari­nos com essa car­ac­terís­ti­ca táti­ca avança­da.

“Sub­mari­no [de propul­são] nuclear con­stru­ire­mos, esse é o nos­so lema. É o nos­so grande gol. É um desafio. Esta­mos tra­bal­han­do na fron­teira do con­hec­i­men­to. Não é con­stru­ir, mas desen­volver um sub­mari­no”, disse Petro­n­io.

“O Riachue­lo está em avali­ação opera­cional, não é mais teste de engen­haria. No ano que vem ele estará operan­do com a nos­sa esquadra. Vai traz­er um novo pata­mar de oper­ação de sub­mari­nos, porque é um equipa­men­to muito mais mod­er­no do que os nos­sos ante­ri­ores”, com­ple­tou Gar­nier.

Além dis­so, ambos lem­braram que está con­trata­da a pro­dução de qua­tro fra­gatas, fab­ri­cadas por um estaleiro em Ita­jaí (SC), com iní­cio pre­vis­to para 2022, e esti­ma­ti­va de entre­ga entre 2024 e 2025.

Pilotos

O exer­cí­cio reuniu pilo­tos de helicópteros das três Forças, como o primeiro-tenente da Força Aérea Brasileira (FAB) Rodri­go Galar­do, que desta­cou as difi­cul­dades de se pousar em um navio em movi­men­to, no meio do mar.

Repro­dução:  Helicópteros das três Forças Armadas (Mar­in­ha, Exérci­to e Força Aérea), real­izam manobras no Navio-Aeró­dro­mo Mul­ti­propósi­to Atlân­ti­co em movi­men­to durante a Oper­ação Posei­don 2021 — Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

“O maior desafio é pelo fato de não ter­mos chega­do a sim­u­lar um voo como este. É a primeira vez que a gente real­iza um pouso em algo que está se moven­do. Isso é real­mente novo para a gente, que está em alto mar, não tem muito hor­i­zonte e não tem algo fixo para se esta­bi­lizar. Então isso aca­ba agre­gan­do val­or na nos­sa aprox­i­mação”, rela­tou Galar­do, que tra­bal­hou no res­gate de víti­mas, em 2019, na tragé­dia de Bru­mad­in­ho (MG).

Atlântico

O por­ta-helicópteros Atlân­ti­co tem capaci­dade para trans­portar 16 aeron­aves de asa rota­ti­va, poden­do ter, simul­tane­a­mente, até sete aeron­aves em seu con­vés de voo e trans­portar doze aeron­aves em seu hangar. Pode uti­lizar todos os tipos de helicópteros per­ten­centes aos esquadrões da Mar­in­ha.

O navio tem 203 met­ros de com­pri­men­to, com veloci­dade máx­i­ma man­ti­da de 18 nós (33 quilômet­ros por hora) e raio de ação de 8 mil mil­has náu­ti­cas (14,8 mil quilômet­ros). O con­vés de voo pos­sui 170 met­ros de exten­são, com 32 met­ros de largu­ra.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Apostas para a Dupla de Páscoa começam nesta segunda-feira

Prêmio está estimado em R$ 30 milhões Agên­cia Brasil Pub­li­ca­do em 17/03/2025 — 07:44 Brasília …