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Ortopedistas alertam para risco de queda de idosos; saiba como evitar

Repro­dução: © Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Dia Mundial de Prevenção de Quedas em Idosos é lembrado nesta segunda


Publicado em 24/06/2024 — 06:45 Por Flávia Albuquerque — Repórter da Agência Brasil — São Paulo

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O dia 24 de jun­ho foi escol­hi­do pela Orga­ni­za­ção Mundi­al da Saúde (OMS) como o Dia Mundi­al de Pre­venção de Quedas em Idosos. Na data, tam­bém inclusa no Cal­endário da Saúde do Min­istério da Saúde para aler­tar sobre os riscos dos aci­dentes nes­sa faixa etária, a Sociedade Brasileira do Trau­ma Ortopédi­co aler­ta para esse peri­go comum no ambi­ente domés­ti­co e ensi­na como evi­tar essas ocor­rên­cias.

De acor­do com infor­mações do Data­sus, no primeiro bimestre de 2024, foram reg­istra­dos 17.136 atendi­men­tos hos­pi­ta­lares e 9.658 atendi­men­tos ambu­la­to­ri­ais, envol­ven­do idosos, na faixa etária de 60 a 110 anos. Em 2023, por exem­p­lo, hou­ve 106.401 atendi­men­tos hos­pi­ta­lares e 45.684 ambu­la­to­ri­ais.

“Diver­sos fatores podem causar o aumen­to de quedas entre os idosos, como a fraque­za e per­da mus­cu­lar do cor­po, efeitos colat­erais de alguns remé­dios, per­da de sen­si­bil­i­dade por dis­túr­bios neu­rológi­cos, além de doenças ortopédi­cas ou pre­juí­zo dos sen­ti­dos de visão e audição”, expli­cou o pres­i­dente da Sociedade Brasileira do Trau­ma Ortopédi­co, Marce­lo Tadeu Caiero.

Ape­sar de os aci­dentes domés­ti­cos serem comuns e poderem afe­tar pes­soas de qual­quer idade, a Sociedade Brasileira do Trau­ma Ortopédi­co ressaltou que, durante o perío­do de envel­hec­i­men­to, as quedas, prin­ci­pal­mente, as que acon­te­cem den­tro de casa, são mais reg­u­lares e perigosas e podem causar seque­las dolorosas e per­ma­nentes.

“A recu­per­ação de idosos não é sim­ples. Uma fratu­ra geral­mente pre­cisa de inter­venção cirúr­gi­ca ou de perío­dos pro­lon­ga­dos de imo­bi­liza­ções, isso porque, os ossos não são tão saudáveis quan­to ossos jovens, além da fal­ta de força mus­cu­lar nes­sa idade. Frat­uras no fêmur, col­u­na ver­te­bral e bacia podem diminuir a mobil­i­dade de um idoso, além de neces­si­tar de fisioter­apia inten­sa para a recu­per­ação”, disse o orto­pe­dista.

Para pre­venir as quedas, o médi­co recomen­da uma abor­dagem mul­ti­dis­ci­pli­nar, partin­do da avali­ação clíni­ca do idoso e de acom­pan­hamen­to médi­co para iden­ti­ficar pos­síveis condições de saúde que aumentem o risco de que­da. Entre essas condições estão prob­le­mas car­dio­vas­cu­lares, neu­rológi­cos e mus­cu­loesqueléti­cos. É impor­tante ain­da que o idoso faça ativi­dade físi­ca reg­u­lar, com exer­cí­cios especí­fi­cos para mel­ho­rar a força mus­cu­lar, for­t­ale­cer e traz­er mais equi­líbrio, reduzin­do o risco de quedas. Além dis­so, recomen­da-se uma dieta bal­ancea­da para man­ter a saúde óssea e mus­cu­lar, pre­venin­do fraque­zas, que podem oca­sion­ar as quedas.

A remoção de obstácu­los, insta­lação de bar­ras de apoio em ban­heiros e mel­ho­rias na ilu­mi­nação tam­bém são úteis para evi­tar aci­dentes domés­ti­cos. “Os idosos têm que se adap­tar às lim­i­tações da idade. Eles devem, além de mod­i­ficar suas casas, evi­tar roupas que podem enroscar em seus pés e aderir ao uso de sap­atos bem ajus­ta­dos, de prefer­ên­cia fecha­dos e com sola­dos anti­der­ra­pantes e de bor­racha. Há diver­sas recomen­dações para que famil­iares aux­iliem a pen­sar uma casa e roti­na mais segu­ra para o idoso”, acon­sel­hou Caieiro.

É pre­ciso ain­da evi­tar tapetes soltos pela casa; ter cor­rimão dos dois lados das escadas e corre­dores; colo­car tapete anti­der­ra­pante nos ban­heiros; evi­tar andar em áreas com piso mol­ha­do; evi­tar encer­ar a casa; evi­tar móveis e obje­tos espal­ha­dos pela casa ou em corre­dores de cir­cu­lação; e deixar uma luz ace­sa à noite para o caso de pre­cis­ar lev­an­tar da cama. Tam­bém é impor­tante o idoso esper­ar que o ônibus pare com­ple­ta­mente antes de subir no veícu­lo ou descer; uti­lizar sem­pre a faixa de pedestres ao atrav­es­sar as ruas; e, se necessário, usar ben­galas, mule­tas ou instru­men­tos de apoio.

Edição: Juliana Andrade

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