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Pais veem importância de atividade cultural na vida escolar dos filhos

Repro­dução: © Jose Cruz/Agência Brasil

Opinião é de 97% dos entrevistados na pesquisa Hábitos Culturais


Pub­li­ca­do em 06/03/2024 — 07:45 Por Elaine Patrí­cia Cruz – Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

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Pesquisa real­iza­da pela Fun­dação Itaú, em parce­ria com o Datafol­ha, mostra que 97% dos pais con­sid­er­am impor­tante que os fil­hos par­ticipem de ativi­dades cul­tur­ais para o seu desen­volvi­men­to. De acor­do com o lev­an­ta­men­to, 95% dos pais avaliam que as ativi­dades cul­tur­ais mel­ho­ram o desem­pen­ho esco­lar dos fil­hos.

A pesquisa Hábitos Cul­tur­ais, divul­ga­da nes­ta quar­ta-feira (6), ouviu 2.405 pes­soas de 16 a 65 anos em todas as regiões do país, sendo que 67% tin­ham fil­hos. O tra­bal­ho foi feito de for­ma pres­en­cial ou por tele­fone entre os dias 1º e 28 de setem­bro do ano pas­sa­do.

“Quan­do a gente per­gun­tou para as pes­soas que têm fil­hos, 97% afir­maram que é muito impor­tante as cri­anças realizarem ativi­dades cul­tur­ais. E 95% disse que elas aju­dam a mel­ho­rar o desem­pen­ho esco­lar. Isso é inter­es­sante porque há uma per­cepção de que os hábitos cul­tur­ais tam­bém facili­tam o desem­pen­ho acadêmi­co, o que nos per­mite entrar nesse debate de políti­ca públi­ca de como inte­grar a edu­cação com a cul­tura”, disse Esmer­al­da Cor­rea, coor­de­nado­ra do Obser­vatório de Pesquisas em Edu­cação e Cul­tura da Fun­dação Itaú.

Segun­do o lev­an­ta­men­to, o índice de pais que con­cor­dam que as ativi­dades cul­tur­ais são impor­tantes para o desem­pen­ho de seus fil­hos na esco­la é maior entre as class­es soci­ais mais altas: 97% dos pais que fazem parte das class­es A e B con­cor­daram com essa afir­mação. Nas class­es mais baixas (D e E), o índice foi um pouco menor, soman­do 91%. Na classe C, 96% dos pais con­cor­daram com essa afir­mação.

Entre os pais entre­vis­ta­dos, a maio­r­ia con­sid­era que a exposição a ativi­dades cul­tur­ais influ­en­cia pos­i­ti­va­mente o rela­ciona­men­to em casa (94% do total) e tam­bém com out­ras pes­soas (93%).

Habilidades e competências socioemocionais

A pesquisa tam­bém rev­el­ou que as ativi­dades cul­tur­ais influ­en­ci­am pos­i­ti­va­mente nas com­petên­cias e habil­i­dades socioe­mo­cionais das cri­anças e dos ado­les­centes. Para 54% dos entre­vis­ta­dos que têm fil­hos, realizar ativi­dades cul­tur­ais influ­en­cia na cria­tivi­dade.

Qua­tro em cada dez pais (38% do total) tam­bém dis­ser­am  que as ativi­dades cul­tur­ais con­tribuem para o auto­con­hec­i­men­to, 37% afir­maram que ela traz impactos à empa­tia, 37% admi­ti­ram influên­cia sobre a con­strução do sen­so de cidada­nia e 35% dis­ser­am que traz con­tribuições para o enga­ja­men­to e o pen­sa­men­to críti­co dos fil­hos.

“Quan­do a gente per­gun­tou sobre as com­petên­cias que as ativi­dades cul­tur­ais pode­ri­am influ­en­ciar, a maio­r­ia indi­cou a cria­tivi­dade, assim como out­ras com­petên­cias como auto­con­hec­i­men­to, empa­tia e cidada­nia”, disse Esmer­al­da. “A arte e a cul­tura pro­movem e dev­e­ri­am ser pen­sadas jun­to aos cur­rícu­los de edu­cação inte­gral para o desen­volvi­men­to de todas as com­petên­cias de uma cri­ança, ado­les­cente e jovem. E nor­mal­mente isso não se dá”.

Para Esmer­al­da, é impor­tante que as ativi­dades cul­tur­ais pos­sam ser incluí­das nos cur­rícu­los esco­lares. “As class­es de maior ren­da podem se suprir de cul­tura por meio de práti­cas pagas ou nas férias de verão. Mas as pes­soas de ren­da mais baixa vão depen­der de um aces­so que este­ja mais próx­i­mo de seu ter­ritório. Por isso as esco­las se tor­nam ain­da mais impor­tantes, prin­ci­pal­mente esco­las públi­cas, para pro­por­cionar esse aces­so e reduzir essas desigual­dades”.

Segun­do a coor­de­nado­ra, a cul­tura e a edu­cação dev­e­ri­am cam­in­har jun­tas. “Muitas vezes são feitas políti­cas frag­men­tadas, com a cul­tura de um lado e a edu­cação de out­ro, quan­do as duas são impli­cadas. Por isso que as políti­cas dev­e­ri­am ser mais integradas”, reforçou.

Fonte de consulta

Out­ro aspec­to anal­isa­do pela pesquisa con­cluiu que as redes soci­ais são a prin­ci­pal fonte de con­sul­ta e de infor­mação sobre as ativi­dades cul­tur­ais. Elas foram apon­tadas por 60% do total dos entre­vis­ta­dos.

Em segui­da foram citadas as recomen­dações de ami­gos e par­entes (34%), pro­pa­gan­das (32%), sites de bus­ca (22%), veícu­los de comu­ni­cação (22%), pro­fes­sores (13%), esco­las (12%) e os influ­en­ci­adores (10%).

Out­ro resul­ta­do é que 41% dos entre­vis­ta­dos recon­hecem a esco­la como lugar de aces­so à cul­tura ou de real­iza­ção de ativi­dades cul­tur­ais, à frente de clubes (34%), teatros (24%), bib­liote­cas (20%) e museus (19%).

Edição: Graça Adju­to

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