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Parada do Orgulho LGBT+ leva debate sobre envelhecer para ruas de SP

Ativistas cobram mais políticas públicas para a comunidade

Flávia Albu­querque — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 22/06/2025 — 08:03
São Paulo
São Paulo (SP), 03/06/2025 - Evento de lançamento da ParadaSP 2025. No evento, representantes da ParadaSP recepcionaram influenciadores e imprensa e contaram algumas novidades previstas para a Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo de 2025. Foto: Cadu Pinotti/Agência Brasil
Repro­dução: © Cadu Pinotti/Agência Brasil

A 29ª edição da Para­da do Orgul­ho LGBT+ de São Paulo será real­iza­da neste domin­go (22), na aveni­da Paulista, e terá o tema “Envel­he­cer LGBT+: Memória, Resistên­cia e Futuro”, com a con­cen­tração a par­tir das 10h, em frente ao MASP (Museu de Artes de São Paulo), na aveni­da Paulista.

O obje­ti­vo do tema deste ano é cel­e­brar as pes­soas 60+ da comu­nidade e reforçar a luta por dig­nidade e acol­hi­men­to, ressaltan­do a neces­si­dade de uma sociedade em que as pes­soas idosas LGBT+ ten­ham aces­so a lares inclu­sivos, redes de apoio e serviços públi­cos prepara­dos para acol­hê-las.

“Cel­e­brar o orgul­ho LGBT+ tam­bém é hon­rar quem abriu cam­in­ho antes de nós. Envel­he­cer é uma con­quista, mas, para muitas pes­soas LGBT+, ain­da é um desafio mar­ca­do pelo aban­dono, pelo silen­ci­a­men­to e pela ausên­cia de políti­cas públi­cas”, afir­mou o pres­i­dente da APOLGBT-SP, Nel­son Matias Pereira.

“Em 2025, a Para­da do Orgul­ho LGBT+ de São Paulo lev­an­ta a voz por quem resis­tiu, con­stru­iu e segue sendo exem­p­lo de cor­agem. Lutar pelo envel­hec­i­men­to com dig­nidade é lutar para que nen­hu­ma pes­soa seja deix­a­da para trás.”

De acor­do com esti­ma­ti­vas do IBGE, em 2025, o Brasil terá mais de 31 mil­hões de pes­soas com 60 anos ou mais. A Assem­bleia Ger­al das Nações Unidas declar­ou os anos 2020 a “déca­da do envel­hec­i­men­to saudáv­el nas Améri­c­as”, mas, na práti­ca, a pop­u­lação LGBT+ idosa ain­da enfrenta exclusão, aban­dono, invis­i­bil­i­dade e escassez de políti­cas públi­cas que garan­tam uma vel­hice digna, segu­ra e respeitosa.

São Paulo (SP), 23/05/2024 - Nelson Matias Pereira, presidente da Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, participa do lançamento da programação da 28ª Parada do Orgulho LGBT+, no hotel Renaissance. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Repro­dução: Nel­son Matias Pereira, pres­i­dente da Para­da do Orgul­ho LGBT+ de São Paulo. Foto: Rove­na Rosa/Agência Brasil

Nel­son desta­cou a importân­cia do tema deste ano, lem­bran­do as difi­cul­dades do envel­hec­i­men­to no Brasil e expli­can­do que, quan­do se tra­ta da comu­nidade LGBT+, a car­ga é ain­da maior, já que o envel­hec­i­men­to dessas pes­soas ain­da é um tabu na sociedade e vem car­rega­do de estereóti­pos e rótu­los ofen­sivos, tor­nan­do essa pop­u­lação invisív­el, aban­don­a­da e mais vul­neráv­el à vio­lên­cia de todos os tipos.

“Vive­mos numa sociedade que cul­tua os cor­pos, e os cor­pos que envel­he­cem, e, muitas vezes, prin­ci­pal­mente os cor­pos LGBTs, são ridic­u­lar­iza­dos com ter­mos pejo­ra­tivos. Eu, aos 59 anos, já ouço ter­mos como mari­cona e coisas do gênero. E não, eu sou só um cor­po que envel­he­ceu e todos vão envel­he­cer e devem ter respeito, devem ser respeita­dos. É jus­ta­mente con­tra esse apaga­men­to que vamos às ruas”, disse Nel­son.

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