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Parada LGBT do Rio irá às ruas contra retrocesso em direitos

Repro­dução: © Mar­cel­lo Camargo/Arquivo/Agência Brasil

Será no dia 19 de novembro, na Praia de Copacabana


Pub­li­ca­do em 19/10/2023 — 06:48 Por Mar­i­ana Tokar­nia – Repórter da Agên­cia Brasil   — Rio de Janeiro

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“O amor, a cidada­nia e a luta LGBTI+ jamais vão recuar” é o tema da 28ª Para­da do Orgul­ho LGBTI+ Rio, que será real­iza­da no dia 19 de novem­bro, na pra­ia de Copaca­bana, no Rio de Janeiro. A mar­cha pre­tende reunir mil­hares de lés­bi­cas, gays, bis­sex­u­ais, mul­heres tran­sex­u­ais, home­ns trans, pes­soas inter­sexo e ali­a­dos. O obje­ti­vo é cel­e­brar os dire­itos con­quis­ta­dos e lutar para que não haja retro­ces­sos.  

A para­da no Rio é orga­ni­za­da há 28 anos pela orga­ni­za­ção não gov­er­na­men­tal (ONG) Grupo Arco-Íris de Cidada­nia LGBT e é con­sid­er­a­da o ter­ceiro maior even­to da cidade. Tra­ta-se da primeira para­da do Brasil. A mar­cha mar­ca a luta por dire­itos iguais, com­bate a intol­erân­cia, ao pre­con­ceito e ao ódio.

No Brasil, de acor­do com o primeiro lev­an­ta­men­to ofi­cial feito pelo Insti­tu­to Brasileiro de Geografia e Estatís­ti­ca (IBGE), há, no Brasil, pelo menos 2,9 mil­hões de pes­soas de 18 anos ou mais que se declar­am lés­bi­cas, gays ou bis­sex­u­ais. Ain­da não foram feitos lev­an­ta­men­tos nacionais ofi­ci­ais do restante da pop­u­lação LGBTQIAP+.

Parada LGBT do Rio irá às ruas contra o retrocesso
Repro­dução: Para­da LGBT do Rio irá às ruas con­tra o retro­ces­so — Divul­gação

Out­ras pesquisas e acon­tec­i­men­tos recentes mostram que a homo­fo­bia segue como questão a ser dis­cu­ti­da. De acor­do com o Relatório de Mortes Vio­len­tas de LGBT+ no Brasil ocor­ri­das em 2021, do Grupo Gay da Bahia, 300 LGBT+ (lés­bi­cas, gays, bis­sex­u­ais, trans­sex­u­ais, entre out­ros) sofr­eram morte vio­len­ta no país em 2021, número que rep­re­sen­ta 8% a mais do que no ano ante­ri­or, sendo 276 homicí­dios e 24 suicí­dios. Em 2022, foram 256 mortes.

Este mês, a Comis­são de Pre­v­idên­cia, Assistên­cia Social, Infân­cia, Ado­lescên­cia e Família da Câmara dos Dep­uta­dos aprovou o pro­je­to de lei que proíbe o casa­men­to entre pes­soas do mes­mo sexo, por 12 votos con­tra cin­co.

Em 2011, o casa­men­to homoafe­ti­vo foi con­sid­er­a­do con­sti­tu­cional e reg­u­la­men­ta­do por decisão do Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF). Na decisão, a Corte recon­heceu que o Arti­go 5º da Con­sti­tu­ição, ao definir que todos são iguais per­ante a lei “sem dis­tinção de qual­quer natureza”, garante o dire­ito ao casa­men­to para casais do mes­mo sexo.

Em 2013, o Con­sel­ho Nacional de Justiça (CNJ) decid­iu que nen­hum cartório no Brasil pode­ria recusar a cel­e­bração do casa­men­to entre pes­soas do mes­mo sexo. Des­de então, mais de 76 mil casais reg­is­traram a união em cartórios — uma média de 7,6 mil casa­men­tos por ano: 56% entre casais fem­i­ni­nos e 44% entre casais mas­culi­nos.

A mar­cha ocor­rerá no dia 19 de novem­bro a par­tir das 11h, com con­cen­tração no Pos­to 5, na pra­ia de Copaca­bana.

Edição: Graça Adju­to

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