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Parada LGBT une luta por políticas e festa na Avenida Paulista

Repro­dução: © Rove­na Rosa/Agência Brasil

Brasileiros são muitos e merecem proteção do Estado, diz ministro


Pub­li­ca­do em 11/06/2023 — 16:10 Por Daniel Mel­lo – Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

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A Aveni­da Paulista, na região cen­tral da cap­i­tal, está toma­da pelo públi­co da 27ª Para­da do Orgul­ho LGBT des­de a man­hã deste domin­go (11) enso­lara­do. Algu­mas pes­soas chegaram enro­ladas na ban­deira do arco-íris e out­ras fan­tasi­adas, enquan­to as tradi­cionais drag queens apos­tavam em visuais mais chama­tivos para a fes­ta. Na pro­gra­mação dos trios elétri­cos, que descem a Rua da Con­so­lação em direção ao cen­tro da cidade, apre­sen­tam-se artis­tas como Pabl­lo Vit­tar, Daniela Mer­cury e Mc Sof­fia.

Na edição deste ano, a para­da tem como foco a luta para que as políti­cas públi­cas englobem a comu­nidade LGBTQIA+. “A maior parte dos seus planos, pro­gra­mas, pro­je­tos, serviços e bene­fí­cios são dis­farçada­mente dire­ciona­dos às famílias e indi­ví­du­os cis­gêneros e het­eros­sex­u­ais. Essas dis­torções ficam evi­den­ci­adas quan­do procu­ramos faz­er parte dess­es pro­gra­mas”, diz o man­i­festo deste ano.

Celebrar a união

São Paulo (SP), 11/06/2023 - O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, fala durante a 27ª Parada LGBT+ de São Paulo, com o tema
Repro­dução: Para­da do Orgul­ho LGBT+ cel­e­bra a união, diz o min­istro dos Dire­itos Humanos, Sil­vio Almei­da — Rove­na Rosa/Agência Brasil

O min­istro dos Dire­itos Humanos e Cidada­nia, Sil­vio de Almei­da, que des­filou no primeiro dos car­ros de som, disse que a para­da bus­ca unir a sociedade brasileira e garan­tir dire­itos a todas as pes­soas. “Essa é uma para­da que, ao con­trário que muitos dizem, não é cel­e­bração da divisão, é a cel­e­bração da união. É para mostrar que brasileiros são muitos e diver­sos, e per­tencem ao nos­so país e mere­cem a pro­teção do Esta­do brasileiro”, enfa­ti­zou.

A secretária nacional de Pro­moção e Defe­sa dos Dire­itos das Pes­soas LGBTQIA+, Sym­my Lar­rat, defend­eu que o gov­er­no fed­er­al este­ja jun­to com essa pop­u­lação “com­pro­m­e­tendo-se a con­stru­ir as políti­cas soci­ais que aju­dam a mudar essa real­i­dade”. “A para­da é o momen­to em que vamos às ruas para lutar con­tra uma nar­ra­ti­va que nos mata, que diz que nós temos que ter ver­gonha de ser quem somos. Por isso, é impor­tante a nar­ra­ti­va do orgul­ho, nós temos que ter orgul­ho de ser quem somos”, afir­mou.

Luta e festa

São Paulo (SP), 11/06/2023 - Crianças e adolescentes trans participam da 27ª Parada LGBT+ de São Paulo, com o tema
Repro­dução: Cri­anças e ado­les­centes trans par­tic­i­pam da 27ª Para­da do Orgul­ho LGBT+ na Aveni­da Paulista — Rove­na Rosa/Agência Brasil

No blo­co que abre alas da para­da, estão as famílias de cri­anças inter­sexo. “São cri­anças que nascem com vari­ações das car­ac­terís­ti­cas cro­mossômi­cas, anatômi­cas, hor­mon­ais e de fenótipo em relação ao sexo biológi­co”, expli­ca Taís Emília, que aju­dou a fun­dar uma asso­ci­ação para traz­er vis­i­bil­i­dade ao tema. “Tive um bebê inter­sexo. Ele ficou sem reg­istro civ­il porque não era meni­no, nem meni­na. Eu, sem licença mater­nidade. Eu come­cei uma luta em relação a isso”, lem­brou.

Em Curiti­ba, sua cidade natal, Car­o­line Socodol­s­ki disse que fre­quen­ta a para­da des­de 2014. Porém, na cap­i­tal paulista, esta é a segun­da edição do even­to de que par­tic­i­pa. “Além de estar aqui para mar­car pre­sença e ser mais uma para dar vol­ume, mostrar que somos pre­sentes na sociedade, que exis­ti­mos, eu tam­bém estou aqui para me diver­tir”, resume a moça que tra­bal­ha em uma agên­cia de tur­is­mo.

drag queen Cristi­na está em São Paulo há menos tem­po ain­da, vin­da do Chile faz dois meses. “Eu estou gostan­do demais”, diz sobre a sua exper­iên­cia no Brasil. Há mui­ta feli­ci­dade hoje aqui e mui­ta resistên­cia das pes­soas LGBTQIA+. E a comu­nidade inteira hoje está em fes­ta.”

Edição: Nádia Fran­co

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