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Paralimpíada: conheça a esgrima em cadeira de rodas na Tóquio 2020

Repro­dução: © Mar­co Anto­nio Teixeira/MPIX/CPB/Direitos Reser­va­dos

Ouro em Londres 2012, Guissone é um dos quatro brasileiros na disputa


Pub­li­ca­do em 21/08/2021 — 10:00 Por Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

A del­e­gação brasileira da esgri­ma em cadeira de rodas está em Tóquio com qua­tro atle­tas, um deles é Jovane Guis­sone, ouro na Par­alimpía­da de de Lon­dres, em 2012, que vai em bus­ca do segun­do pódio no Japão. A medal­ha con­quis­ta­da pelo gaú­cho na espa­da indi­vid­ual con­tin­ua sendo, até hoje, a úni­ca do país na esgri­ma, seja em Par­alimpíadas ou Olimpíadas. As dis­putas na Tóquio 2020 começam na próx­i­ma terça-feira (24), dia da cer­imô­nia de aber­tu­ra, a par­tir das 21h (horário de Brasília).

Rew­pro­dução: Môni­ca San­tos, Van­der­son Luís Chaves  Jovane Guis­sone e Carmin­ha Oliveira são os esgrim­is­tas que rep­re­sen­tarão o Brasil a par­tir da próx­i­ma terça-feira (24), na Par­alimpía­da de Tóquio —  Repro­dução Twitter/Conf Bras Esgri­ma

A modal­i­dade adap­ta­da à cadeira de rodas é uma das mais tradi­cionais dos Jogos e sua história está lig­a­da ao próprio fun­dador do Movi­men­to Par­alímpi­co, o neu­rol­o­gista alemão Sir Lud­wig Guttmann, nat­u­ral­iza­do britâni­co. Após a Segun­da Guer­ra Mundi­al, Guttmann orga­ni­zou uma com­petição na cidade Stoke Man­dev­ille (Inglater­ra), que reuniu sol­da­dos vet­er­a­nos com lesão na medu­la espin­hal.

O even­to deu tão cer­to que foi ampli­a­do em 1952, pas­san­do a rece­ber com­peti­dores da Holan­da. Era o iní­cio de um movi­men­to inter­na­cional que defendia esportes olímpi­cos para atle­tas com defi­ciên­cia. O son­ho de Guttmann se con­cretizou alguns anos depois, em Roma, com a real­iza­ção em 1960 da primeira Par­alimpía­da da história, e a esgri­ma em cadeira de rodas foi uma das modal­i­dades debu­tantes.

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Os atle­tas com­petem em cat­e­go­rias, con­forme o com­pro­me­ti­men­to físi­co. Na cat­e­go­ria A estão atle­tas com mobil­i­dade no tron­co, amputa­dos ou com lim­i­tações de movi­men­to. Já aque­les com menos equi­líbrio e reduzi­da mobil­i­dade no tron­co dis­putam na cat­e­go­ria B. Por fim, na cat­e­go­ria C, estão os tetraplégi­cos, com difi­cul­dades nos movi­men­tos do tron­co, mãos e braços.

Assim como na esgri­ma con­ven­cional, na modal­i­dade adap­ta­da as provas são com espa­da, sabre e flo­rete, e o obje­ti­vo é o mes­mo: vence que faz mais pon­tos a cada toque da pon­ta da arma no tron­co do adver­sário.

Brasileiros

Aos 38 anos, o medal­hista Guis­sone (cat­e­go­ria B) chega com moral alto em Tóquio. As con­quis­tas mais recentes na lon­ga lista de tri­un­fos do atle­ta são o ouro na espa­da em 2020 na Copa do Mun­do de Eger (Hun­gria) e, um ano antes,  o bronze na espa­da na Copa do Mun­do de Ams­ter­dã (Holan­da). Jovane começou a praticar esgri­ma há 13 anos, após sofr­er uma lesão na medu­la ao ser atingi­do por dis­paro de arma de fogo durante um assalto.

Tam­bém na cat­e­go­ria B está Van­der­son Luís Chaves, de 27 anos. Nasci­do em Por­to Ale­gre, o esgrim­ista tem no cur­rícu­lo duas pra­ta seguidas no flo­rete nas edições de 2016 e 2018 do Campe­ona­to das Améri­c­as. Quan­do tin­ha 14 anos, Van­der­son sofreu um aci­dente domés­ti­co com arma de fogo, que lhe tirou a mobil­i­dade das per­nas.

A úni­ca estre­ante em Par­alimpía­da é a paranaense Carmin­ha Oliveira, de 31 anos (cat­e­go­ria A), que se encan­tou por esportes em ger­al ao assi­s­tir as dis­putas da Rio 2016 pela tevê. A esgrim­ista foi pra­ta na espa­da no Region­al das Améri­c­as em Saka­toon (Canadá). Carmin­ha tem uma atrofia na parte infe­ri­or da per­na dire­i­ta, em decor­rên­cia de uma vaci­na ven­ci­da de poliomielite.

A segun­da brasileira na dis­pu­ta na cat­e­go­ria A é Môni­ca San­tos, de 38 anos, os últi­mos oito ded­i­ca­dos à esgri­ma. A atle­ta, que estre­ou na Rio 2016, tem no cur­rícu­lo o feito de ter sido a primeira brasileira a ser campeã em um torneio inter­na­cional, com ouro no flo­rete e bronze na espa­da no Region­al das Améri­c­as de 2015, em Mon­tre­al (Canadá). Môni­ca ficou para­plég­i­ca após o par­to, em razão de um angioma medu­lar diag­nos­ti­ca­do durante a gravidez.

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Edição: Cláu­dia Soares Rodrigues

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