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Parceria entre EBC e mídia chinesa fortalecerá trocas culturais

Acordos também devem beneficiar o comércio entre os países

Pedro Peduzzi — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 20/11/2024 — 19:10
Brasília
Brasília, (DF), 20/11/2024 – Lançamento da 3 temporada do programa “Clàssicos Citados po XI Jinping”. Foto Valter Campanato/Agência Brasil.
Repro­dução: © Val­ter Campanato/Agência Brasil

Cul­tura e entreten­i­men­to têm grande poten­cial para aprox­i­mar difer­entes povos, uma vez que des­per­ta curiosi­dades sobre a iden­ti­dade de cada país. “Meu son­ho sem­pre foi o de con­hecer a pro­tag­o­nista da nov­ela Escra­va Isaura [a atriz Lucélia San­tos]. Eu a tin­ha como ídola. Isso mostra o poder da cul­tura que uma nov­ela brasileira exerceu em mim”, disse o vice-min­istro do Depar­ta­men­to de Comu­ni­cação do Par­tido Comu­nista da Chi­na, Shen Haix­iong.

“Uma semente que des­per­tou expec­ta­ti­vas com relação à cul­tura brasileira”, acres­cen­tou. Haix­iong dis­cur­sou em Brasília, em even­to comem­o­ra­ti­vo aos 50 anos de relações diplomáti­cas entre os dois país­es.

Ele é tam­bém pres­i­dente da Chi­na Media Group (CMG), o maior grupo de rádio e tele­visão da Chi­na, que cele­brou e ren­ovou, nes­ta quar­ta-feira (20), uma série de acor­dos com a Empre­sa Brasil de Comu­ni­cação (EBC) e out­ros órgãos e insti­tu­ições do Brasil. O obje­ti­vo é via­bi­lizar a pro­dução e tro­ca de mate­ri­ais audio­vi­suais.

“CMG e EBC aprox­i­marão ain­da mais nos­sos povos, além de pro­mover inter­câm­bios téc­ni­cos, tec­nológi­cos e cul­tur­ais ao apre­sen­tar a vocês histórias da Chi­na”, disse Haix­iong, referindo-se a pro­gra­mas como a 3ª tem­po­ra­da do “Clás­si­cos Cita­dos por Xi Jin­ping”, série que con­ta com a par­tic­i­pação do pres­i­dente chinês.

Pre­sente no even­to, o vice-pres­i­dente da Repúbli­ca e min­istro do Desen­volvi­men­to, Indús­tria, Comér­cio e Serviços, Ger­al­do Alck­min, ressaltou o poten­cial que a cul­tura tem para os mais diver­sos setores da econo­mia.

Brasília, (DF), 20/11/2024 – Lançamento da 3 temporada do programa “Clàssicos Citados po XI Jinping”. Foto Valter Campanato/Agência Brasil.
Repro­dução: “A cul­tura é o cam­in­ho para aprox­i­mar­mos ain­da mais nos­sos povos”, afir­mou o vice-pres­i­dente da Repúbli­ca, Ger­al­do Alck­min. Foto — Val­ter Campanato/Agência Brasil

“A cul­tura é o cam­in­ho para aprox­i­mar­mos ain­da mais nos­sos povos. E os dois gru­pos midiáti­cos [EBC e CMG] aju­darão a tornar a Chi­na mais con­heci­da no Brasil; e o Brasil mais con­heci­do na Chi­na, favore­cen­do, por exem­p­lo, o tur­is­mo e out­ros setores [a ele rela­ciona­dos]”, disse Alck­min.

Intercâmbio cultural

Min­istro-chefe da Sec­re­taria de Comu­ni­cação Social da Presidên­cia, Paulo Pimen­ta, disse que o encon­tro de hoje e os acor­dos fir­ma­dos con­sol­i­dam o inter­câm­bio cul­tur­al e os laços entre Brasil e Chi­na.

“São 50 anos de resta­b­elec­i­men­to das relações diplomáti­cas com este par­ceiro estratégi­co para o Brasil, em diver­sos setores econômi­cos e cul­tur­ais. Hoje, tam­bém nas comu­ni­cações, ao com­par­til­har­mos histórias, val­ores e visões de mun­do”.

“Temos ago­ra o com­pro­mis­so de ampli­ar essa coop­er­ação, com tro­cas de con­teú­dos e pro­je­tos con­jun­tos para levar vozes e histórias aos dois país­es”, acres­cen­tou. Pimen­ta desta­cou ain­da que, além de poten­cializar o tur­is­mo, as coop­er­ações tam­bém devem abranger áreas como as de edu­cação, med­i­c­i­na, comér­cio e treina­men­tos de profis­sion­ais, entre out­ras.

A min­is­tra da Cul­tura, Mar­gareth Menezes, avalia que tais parce­rias mostram que Brasil e Chi­na vivem um de seus mel­hores momen­tos em ter­mos de relações bilat­erais. “Alcançamos hoje um out­ro pata­mar. No audio­vi­su­al, ter­e­mos tro­cas cul­tur­ais cada vez mais fre­quentes”, comem­o­rou.

Combate à desinformação

O pres­i­dente da EBC, Jean Lima, lem­brou que a parce­ria com a CMG teve iní­cio em 2019, abrangen­do tro­ca de pro­gra­mas, com­par­til­hamen­to de con­teú­do, for­mação de profis­sion­ais, bem como inter­câm­bio tec­nológi­co. “Esta­mos prepara­dos para as opor­tu­nidades e per­spec­ti­vas que essa parce­ria con­tin­uará a pro­por­cionar”.

Lima desta­cou o papel que a comu­ni­cação públi­ca e gov­er­na­men­tal tem para o com­bate à desin­for­mação, em espe­cial em país­es de dimen­sões con­ti­nen­tais e difer­enças region­ais como Brasil e Chi­na.

“É pre­ciso revert­er esse proces­so [da desin­for­mação], que tan­to enfraque­ce o sis­tema políti­co, polar­iza as relações e abala as insti­tu­ições democráti­cas”. Ele ain­da defend­eu o papel da edu­cação midiáti­ca enquan­to estí­mu­lo ao sen­so críti­co, segun­do ele, um dos pilares indis­pen­sáveis para a for­mação do cidadão e a inte­gri­dade da infor­mação.

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