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Passa de 700 o número de abrigos temporários no Rio Grande do Sul

Repro­dução: © Pedro Piegas/PMPA

Último balanço indica 81.170 acolhidas nestes locais


Publicado em 12/05/2024 — 12:45 Por Felipe Pontes — repórter da Agência Brasil — Brasília

O Rio Grande do Sul con­tabi­liza, até o momen­to, 722 abri­gos tem­porários, mon­ta­dos em decor­rên­cia das fortes chu­vas, inun­dações e enx­ur­radas que atingem o esta­do des­de o fim de abril.

O lev­an­ta­men­to da Sec­re­taria de Desen­volvi­men­to Social (Sedes) do esta­do foi feito com base em infor­mações das sec­re­tarias munic­i­pais de Assistên­cia Social. Segun­do as infor­mações ofi­ci­ais mais recentes, há um total de 81.170 pes­soas em abri­gos no RS. O número de cidades afe­tadas chega a 446 dos 497 municí­pios gaú­chos.

O número de abri­gos e de desabri­ga­dos ain­da pode flu­tu­ar, expli­cou o secretário de Desen­volvi­men­to Social do RS, Beto Fan­ti­nel, à medi­da que algu­mas pes­soas voltam para suas casas ou as deix­am, con­forme a pas­sagem das águas. “Os abri­gos fun­cionam con­forme a deman­da dos atingi­dos, que varia de for­ma con­stante”, expli­cou.

O esta­do ain­da sofre com o mau tem­po, e há pre­visão de novas chu­vas fortes neste domin­go (15). Em Por­to Ale­gre, por exem­p­lo, o nív­el do lago Guaí­ba voltou a subir, poden­do voltar a super­ar os cin­co met­ros, dois a mais da con­ta de inun­dação.

Estão sendo lev­an­tadas tam­bém as condições de infraestru­tu­ra e as deman­das de mate­ri­ais de cada abri­go. Par­tic­i­pam do lev­an­ta­men­to tam­bém o Min­istério do Desen­volvi­men­to e Assistên­cia Social, Família e Com­bate à Fome; o Min­istério da Saúde; a Defe­sa Civ­il nacional; a Defe­sa Civ­il do RS; e o Fun­do Inter­na­cional de Emergên­cia das Nações Unidas para a Infân­cia (Unicef).

“O obje­ti­vo desse lev­an­ta­men­to é iden­ti­ficar onde estão os abri­gos, iden­ti­ficar as car­ac­terís­ti­cas bási­cas de sua infraestru­tu­ra, car­ac­terís­ti­cas bási­cas do per­fil das pes­soas desabri­gadas e suas neces­si­dades”, disse o secretário-adjun­to da Sedes, Gus­ta­vo Sal­dan­ha.

Segun­do ele, com os números, o gov­er­no gaú­cho “vai ter condições de faz­er deman­das mais especí­fi­cas para o Min­istério do Desen­volvi­men­to Social, assim como aux­il­iar par­ceiros a disponi­bi­lizar recur­sos e doações para as car­ac­terís­ti­cas reais dos abri­gos e das pes­soas abri­gadas”.

Entre as pri­or­i­dades está a iden­ti­fi­cação das condições de aces­so a água potáv­el e a neces­si­dade de medica­men­tos, itens de coz­in­ha para o preparo de ali­men­tos, cober­tores e mate­ri­ais de limpeza e higiene.

Numa primeira amostra, com dados de 96 abri­gos, o gov­er­no estad­ual con­sta­tou que 47,92% dess­es locais pos­suem ges­tantes ou puér­peras; 47,17% abri­ga pop­u­lação indí­ge­na ou quilom­bo­la; e 43,75% pos­suem migrantes.

Dessa amostra de abri­gos, 91,67% infor­maram que pos­suem ban­heiros fun­cionais em quan­ti­dade sufi­ciente para abri­gos emer­gen­ci­ais (1 para cada 25 pes­soas); 78,12% infor­maram que pos­suem espaços especí­fi­co para laz­er e con­vivên­cia de cri­anças e ado­les­centes; 62,5% pos­suem coz­in­ha e pro­dução de ali­men­tação no local (as demais recebem mar­mi­tas prontas).

Em meio à inse­gu­rança que tem asso­la­do alguns abri­gos, 58,33% da amostra já pesquisa­da dis­ser­am pos­suir equipes de segu­rança; 85,42% pos­suem equipes de saúde; e 83,33% pos­suem equipes de atendi­men­to psi­cos­so­cial atuan­do no local.

Até a últi­ma sex­ta-feira (9), somente via órgãos fed­erais foram encam­in­hadas quase 2 mil toneladas de doações aos desabri­ga­dos do RS, sem con­tar as doações envi­adas por pes­soas físi­cas e empre­sas.

De acor­do com bal­anço mais recente do gov­er­no estad­ual, foram reg­istradas até o momen­to 143 mortes cau­sadas pelo mau tem­po, com enchentes e enx­ur­radas, no RS. Out­ras 125 pes­soas estão desa­pare­ci­das, e 537.380 ficaram desa­lo­jadas.

Edição: Vini­cius Lis­boa

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