...
terça-feira ,10 dezembro 2024
Home / Saúde / Pediatras dão dicas de como evitar quedas de crianças

Pediatras dão dicas de como evitar quedas de crianças

Repro­dução: © Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

Em dez anos, internações no SUS por esse motivo passaram de 335 mil


Publicado em 27/04/2024 — 08:36 Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil — Brasília

O número de inter­nações de cri­anças menores de 10 anos em con­se­quên­cia de quedas pas­sou de 335 mil nos últi­mos dez anos. Ape­nas no ano pas­sa­do, mais de 33 mil cri­anças nes­sa faixa etária foram inter­nadas por esse moti­vo em hos­pi­tais do Sis­tema Úni­co de Saúde (SUS). Por con­ta dis­so, a Sociedade Brasileira de Pedi­a­tria (SBP) divul­gou uma lista de ori­en­tações a serem ado­tadas para pre­venir aci­dentes.

Con­fi­ra as indi­cações con­forme a faixa etária:

Cri­anças com menos de 1 ano

* Nun­ca deixe o bebê soz­in­ho no tro­cador ou em locais mais altos, como a cama. Esta cos­tu­ma ser a primeira que­da do bebê e, por ter a cabeça bas­tante volu­mosa em relação ao resto do cor­po, esta chegará primeiro ao chão, poden­do causar trau­ma­tismos cra­ni­anos e ence­fáli­cos graves.

* Quan­do o bebê começa a con­tro­lar os movi­men­tos de braços e per­nas e aprende a sen­tar, um reflexo de hiperex­ten­são pos­te­ri­or faz com que ele, sem dese­jo dis­so, se jogue para trás e bata a cabeça no chão. “Por isso, o uso de almo­fadas e a pre­sença do adul­to cuidador são fun­da­men­tais”, diz a SBP.

* Se o bebê estiv­er sendo car­rega­do o bebê ao colo, em escadas e degraus, a pes­soa deve se apoiar sem­pre no cor­rimão. Além dis­so, deve evi­tar pisos lisos, mol­ha­dos ou escor­re­ga­dios.

* O bebê nun­ca deve ficar sob os cuida­dos de out­ra cri­ança. Caso o irmão ou out­ra cri­ança queira pegá-lo no colo, pre­cisa ser ori­en­ta­da e pro­te­gi­da para que isso acon­teça ape­nas com um adul­to segu­ran­do tam­bém.

* O andador não deve ser usa­do – nun­ca, em nen­hu­ma idade. Ele prej­u­di­ca o desen­volvi­men­to e o andar da cri­ança e tem sido causa de graves aci­dentes, com trau­ma­tismos cra­ni­anos sig­ni­fica­tivos.

* Tam­bém não se deve deixe o bebê em sofás ou cadeiras, como se fos­se um apoio para apren­der a sen­tar. O bebê não vai ficar para­do, e as quedas podem acon­te­cer. Brin­car no chão, pro­te­gi­do, lhe dará muito mais espaço para se mover e desen­volver suas habil­i­dades motoras.

Cri­anças de 1 a 4 anos

* Telas devem ser colo­cadas nas janelas, sacadas e vãos despro­te­gi­dos, assim como nas lat­erais de escadas. Não se deve deixar obje­tos, cadeiras, sofás e out­ros apoios próx­i­mos dess­es lugares de risco.

* Cuida­do com super­fí­cies mol­hadas e escor­re­ga­dias que provo­cam dese­qui­líbrio e quedas. Ban­heiro, pisos em ger­al e calçadas em vol­ta de pisci­nas que este­jam mol­ha­dos devem ser proibidos para brin­cadeiras.

* Brin­que­dos de loco­moção, como tri­ci­c­los, patinetes e skates, têm que ser bem escol­hi­dos e pre­cisam supor­tar o peso da cri­ança e ter uma base segu­ra, sem tombar com facil­i­dade. Devem ser usa­dos em locais apro­pri­a­dos, nun­ca em via públi­ca e sem­pre com os equipa­men­tos de segu­rança, como capacete, joel­heiras, tornozeleiras e cotoveleiras.

* Cuida­do com as camas do tipo beliche, que não ofer­e­cem segu­rança em nen­hu­ma idade. Mes­mo com pro­teção nas lat­erais, não são indi­cadas nos primeiros anos de vida e nem mes­mo para cri­anças maiores. “Além da neces­si­dade de pro­teção lat­er­al, a cama de cima não deve ser mais alta que a altura da cri­ança.”

* A cri­ança nun­ca ser deix­a­da soz­in­ha, sem um adul­to cuidador aten­to a ela.

Cri­anças de 5 a 9 anos

* A explo­ração de lugares além da casa pode se tornar inten­sa, e as quedas de muros, lajes, árvores e brin­que­dos em par­ques são comuns. Para evi­tar aci­dente, a ori­en­tação e super­visão dos respon­sáveis são fun­da­men­tais.

* Os brin­que­dos de loco­moção vão se trans­for­man­do. Seja em bici­cle­tas, patinetes, skates e out­ros, equipa­men­tos de segu­rança como capacete, cotoveleira, joel­heira e tornozeleira devem ser condição de uso do brin­que­do, inde­pen­den­te­mente do local, tre­cho ou tem­po de uso.

* O uso do celu­lar e de out­ras telas não pode ser per­mi­ti­do quan­do em vias públi­cas ou quan­do a cri­ança está em movi­men­to, pelo desvio de atenção que des­en­cadeia. “É pre­ciso lem­brar que o uso das telas nes­sa idade não deve exced­er uma hora ao dia e não pode servir de com­pan­hia ou ter­ce­i­riza­ção do cuidar.”

Edição: Nádia Fran­co

LOGO AG BRASIL

Você pode Gostar de:

Mutirão atende população hoje, no dia de combate ao câncer de pele

Dermatologistas estarão de 10h às 15h em mais de 100 postos no país Agên­cia Brasil …