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Pesquisa avalia acesso à internet por crianças e adolescentes

Repro­dução: © Cam­in­hos da Reportagem/TV Brasil

Local em que os jovens mais se conectam é a própria casa


Pub­li­ca­do em 03/05/2023 — 15:13 Por Daniel Mel­lo — Repórter da Agên­cia Brasil — São Paulo

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Menos da metade (44%) dos usuários de inter­net de 9 a 17 anos já aces­sam a rede mundi­al de com­puta­dores no ambi­ente esco­lar, segun­do a pesquisa TIC Kids Online Brasil, divul­ga­da nes­ta quar­ta-feira (3) pelo Cen­tro Region­al de Estu­dos para o Desen­volvi­men­to da Sociedade da Infor­mação (Cetic.br), lig­a­do ao Comitê Gestor da Inter­net no Brasil. O per­centu­al sobe para 56% entre os mais ricos, class­es A e B, e fica em 34% para as cri­anças e ado­les­centes das class­es D e E.

Existe uma grande difer­ença de aces­so à inter­net na esco­la tam­bém pelas faixas etárias. Entre os jovens de 9 e 10 anos, ape­nas 8% usam a rede no ambi­ente esco­lar. Na faixa de 11 e 12 anos, a pro­porção sobe para 36% e chega a 68% para os ado­les­centes de 15 a 17 anos.

A coor­de­nado­ra da pesquisa, Luísa Adib, chama a atenção que “a esco­la tem um papel impor­tante de tam­bém ser um lugar em que a cri­ança e o ado­les­cente ten­ha aces­so a uma inter­net de qual­i­dade, com dados ilim­i­ta­dos”.

O local em que os jovens mais se conec­tam é a própria casa, men­ciona­da por 97%.

Desigualdades

Há ain­da out­ras desigual­dades no aces­so à inter­net, espe­cial­mente em relação a qual­i­dade da conexão. A veloci­dade é ruim sem­pre para 31% dos jovens que aces­sam a rede, enquan­to 45% dis­ser­am enfrentar esse prob­le­ma às vezes. O per­centu­al cai para 18% dos que respon­dem sem­pre para as famílias das class­es A e B. Para as cri­anças das class­es D e E a pro­porção fica em 39%. A fal­ta de crédi­tos no celu­lar impede a conexão sem­pre de 22% das cri­anças e ado­les­centes e even­tual­mente de 25%.

O celu­lar segue o dis­pos­i­ti­vo mais uti­liza­do para conexão, sendo usa­do por 96% dos jovens. No entan­to, ele é a úni­ca opção de aces­so para 82% dos jovens das class­es D e E, e para 49% da classe C. Entre as cri­anças e ado­les­centes das class­es A e B, a pro­porção cai para 21%. Entre essa parcela mais rica da pop­u­lação, 91% dos jovens usam a rede pela tele­visão, 77% pelo com­puta­dor e 48% pelo videogame. Para as cri­anças e ado­les­centes das class­es D e E, a tele­visão só é uma pos­si­bil­i­dade de aces­so para 41% e o com­puta­dor para 50%.

Atividades

A ativi­dade mais real­iza­da pelos jovens na inter­net é ouvir músi­ca (87%); segui­da por assi­s­tir vídeos, filmes ou séries (82%); pesquisa para tra­bal­hos esco­lares (80%); envio de men­sagens instan­tâneas (79%); pesquisa por ini­cia­ti­va própria (65%); con­ver­sas por chamadas de vídeo (32%).

O What­sapp é a rede social mais usa­da pela faixa entre 9 e 17 anos de idade, sendo aces­sa­da por 78% dess­es jovens, em segui­da vem o Insta­gram (64%), o Tik Tok (60%) e o Face­book (47%). O Tik Tok é a rede favorita para as cri­anças de 9 e 10 anos, uti­liza­da por 35%. Entre os ado­les­centes ‑15 a 17 anos – o Insta­gram é o mais pop­u­lar (51%). Mas mes­mo entre essa faixa, o Tik Tok é a mais pop­u­lar para 32%.

Cuidados

A maio­r­ia dos jovens (79%) diz ser cuida­dosa com aqui­lo que fala ou pos­ta na inter­net e 77% diz só clicar em sites ou aplica­tivos que con­fia. Enquan­to 73% afir­ma ter cuida­do com os con­vites de amizade que acei­ta nas redes soci­ais e 63% só com­par­til­ha con­teú­do ou infor­mações com ami­gos próx­i­mos.

A pesquisa foi real­iza­da com 2,6 mil cri­anças, ado­les­centes e o mes­mo número de pais ou respon­sáveis, em todo o país, entre jun­ho e out­ubro de 2022.

Edição: Fer­nan­do Fra­ga

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