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Pesquisadores identificam no Rio possível nova linhagem do coronavírus

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© LMMV/IOC/Fiocruz (Repro­dução)

Variante foi observada em amostras colhidas em três municípios


Publicado em 24/12/2020 — 12:22 Por Alex Rodrigues — Repórter da Agência Brasil — Brasília

Pesquisadores da Uni­ver­si­dade Fed­er­al do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Lab­o­ratório Nacional de Com­putação Cien­tí­fi­ca do Min­istério da Ciên­cia, Tec­nolo­gia e Ino­vações (MCTI) iden­ti­ficaram uma pos­sív­el nova lin­hagem do novo coro­n­avírus (Sars-CoV­‑2) cir­cu­lan­do entre a pop­u­lação do Rio de Janeiro. 

Os detal­h­es da pesquisa, bem como seus resul­ta­dos, ain­da não foram divul­ga­dos em nen­hu­ma revista cien­tí­fi­ca. De acor­do com o min­istério, ao anal­is­arem amostras de mate­r­i­al genéti­co col­hi­do de pacientes que moram no esta­do, os pesquisadores iden­ti­ficaram cin­co mutações do vírus cau­sador da covid-19, o que pode car­ac­teri­zar uma nova lin­hagem orig­inária da sube­spé­cie B.1.1.28 do coro­n­avírus.

A nova lin­hagem do vírus pode ter surgi­do em jul­ho deste ano, ten­do sido iden­ti­fi­ca­da prin­ci­pal­mente em amostras col­hi­das entre moradores de Cabo Frio, Niterói e Duque de Cax­i­as, na Baix­a­da Flu­mi­nense.

Em nota, o MICTI infor­ma que, segun­do os pesquisadores, até o momen­to, não há indí­cios de que a nova lin­hagem do vírus seja mais trans­mis­sív­el que as ante­ri­or­mente iden­ti­fi­cadas, nem que a mutação inter­fi­ra na efe­tivi­dade das vaci­nas que estão em fase de testes. Ain­da assim, os respon­sáveis con­sid­er­am impor­tante a con­tinuidade dos estu­dos de vig­ilân­cia genômi­ca a fim de acom­pan­har a even­tu­al dis­per­são da nova lin­hagem, bem como o pos­sív­el surg­i­men­to de out­ras vari­antes do Sars-CoV­‑2.

“O mon­i­tora­men­to deve ser con­tín­uo. De fato, o que temos de exper­iên­cia em coro­n­avírus em out­ras espé­cies, como ani­mais domés­ti­cos, é que, ao lon­go do tem­po, por um perío­do mais esten­di­do, por vezes, há mutações de vírus que con­seguem suplan­tar os anti­cor­pos e imu­nidades prove­nientes da vaci­na”, diz o pesquisador Fer­nan­do Spil­ki, coor­de­nador da Rede Coro­na-ômi­ca – ini­cia­ti­va da chama­da Rede­Vírus MCTI, comitê que reúne espe­cial­is­tas, rep­re­sen­tantes do gov­er­no fed­er­al, de uni­ver­si­dades e de agên­cias de fomen­to à ciên­cia.

Ain­da na nota, a Sec­re­taria Estad­ual de Ciên­cia, Tec­nolo­gia e Ino­vação do Rio de Janeiro desta­ca que, dos 180 geno­mas do Sars-CoV­‑2 cujas amostras foram sequen­ci­adas pelo Lab­o­ratório Nacional de Com­putação Cien­tí­fi­ca, em Petrópo­lis, 38 apre­sen­taram mutações genéti­cas que indicam se tratar de uma nova lin­hagem.

Edição: Nádia Fran­co

Agên­cia Brasil / EBC


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