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PF apura envolvimento de deputado do AP em fraude eleitoral

Repro­dução: @Agência Brasil / EBC

Agentes fizeram buscas e apreensões no comitê de campanha


Pub­li­ca­do em 14/10/2022 — 17:26 Por Alex Rodrigues — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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A Polí­cia Fed­er­al (PF) real­i­zou bus­cas e apreen­deu doc­u­men­tos e equipa­men­tos no gabi­nete do dep­uta­do estad­ual do Amapá, Jory Oeiras (PP), na man­hã de hoje (14). O comitê de cam­pan­ha do par­la­men­tar — reeleito no dia 2 — e a residên­cia de um asses­sor par­la­men­tar sus­peito de par­tic­i­par de um supos­to esque­ma eleitoral fraud­u­len­to tam­bém foram alvos das bus­cas e apreen­sões poli­ci­ais.

Os três man­da­dos judi­ci­ais foram expe­di­dos pelo Tri­bunal Region­al Eleitoral do Amapá (TRE-AP) e cumpri­dos no âmbito da Oper­ação Maquilagem, que a PF defla­grou nas primeiras horas do dia para apro­fun­dar as inves­ti­gações sobre supos­tos crimes de com­pra de voto, asso­ci­ação crim­i­nosa, fal­si­dade ide­ológ­i­ca eleitoral e pec­u­la­to.

Segun­do a PF, um asses­sor par­la­men­tar con­venceu uma poli­cial mil­i­tar a se can­di­datar ao car­go de dep­uta­da estad­ual em tro­ca de uma série de van­ta­gens pes­soais, como uma dis­pen­sa remu­ner­a­da de 90 dias das funções que ela exer­cia na PM; um tra­bal­ho na Assem­bleia Leg­isla­ti­va caso a can­di­da­ta não fos­se elei­ta e aces­so a uma cota do fun­do par­tidário equiv­a­lente a R$ 30 mil.

De acor­do com a PF, a can­di­datu­ra da poli­cial, cujo nome não foi divul­ga­do, teria ape­nas o obje­ti­vo de burlar a exigên­cia legal de que os par­tidos inscrevam ao menos 30% de mul­heres entre seus can­didatos a car­gos ele­tivos, con­forme esta­b­elece a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97).

A PF infor­mou ter iden­ti­fi­ca­do indí­cios de que os inves­ti­ga­dos plane­javam frau­dar a prestação de con­tas de cam­pan­ha para mas­carar os gas­tos com can­di­dat­uras laran­jas e, assim, desviar parte dos recur­sos do fun­do par­tidário para out­ros fins.

Nas redes soci­ais, o dep­uta­do divul­gou uma nota em que con­fir­ma ter sido alvo da ação da PF e infor­ma que se man­i­fes­tará “opor­tu­na­mente”, assim que tomar con­hec­i­men­to, “de for­ma ofi­cial”, dos fatos inves­ti­ga­dos.

Con­sul­ta­da, a Mesa Dire­to­ra da Assem­bleia Leg­isla­ti­va do Amapá não se man­i­festou. Oeiras é ter­ceiro secretário da Casa.

Se as sus­peitas forem com­pro­vadas, os inves­ti­ga­dos poderão ser con­de­na­dos a penas que, somadas, podem chegar a 27 anos de prisão.

Agên­cia Brasil não con­seguiu con­ta­to com o dep­uta­do Jory Oeiras e seus advo­ga­dos.

Edição: Fer­nan­do Fra­ga

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