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PF apura manipulação de resultado em Campeonato Brasileiro da série D

Repro­dução: © Divulgação/Polícia Fed­er­al

Mandados de busca são cumpridos em cidades de três estados


Publicado em 26/06/2024 — 09:15 Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil — Brasília

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A Polí­cia Fed­er­al (PF) defla­grou nes­ta quar­ta-feira (26) a Oper­ação Jogo Limpo. É para apu­rar o que a cor­po­ração se ref­ere como uma pos­sív­el manip­u­lação de resul­ta­do de par­ti­da de fute­bol, real­iza­da no inte­ri­or de São Paulo, pelo campe­ona­to brasileiro da série D.

Estão sendo cumpri­dos 11 man­da­dos de bus­ca e apreen­são — expe­di­dos pela Justiça de São Paulo — nas cidades de Patrocínio (MG), São José do Rio Pre­to (SP), São Paulo, Rio de Janeiro, Tan­guá (RJ) e Nova Fribur­go (RJ).

Em nota, a PF infor­mou que a inves­ti­gação começou por meio de ofí­cio da Con­fed­er­ação Brasileira de Fute­bol (CBF). No doc­u­men­to, um relatório da Sportradar repor­ta que a movi­men­tação em casas de apos­tas indi­ca­va que apos­ta­dores det­inham con­hec­i­men­to prévio de que deter­mi­na­da equipe perde­ria o primeiro tem­po da par­ti­da por pelo menos dois gols.

A Sportradar é uma com­pan­hia pri­va­da que atua na detecção de fraudes rela­cionadas a apos­tas e iden­ti­fi­cação de manip­u­lação de resul­ta­dos esportivos, com sede na Suíça. Des­de 2005, a empre­sa desen­volve serviços para aju­dar fed­er­ações esporti­vas, autori­dades estad­u­ais e agên­cias de apli­cação da lei em todo o mun­do a com­bat­er a cor­rupção no esporte.

“De acor­do com a empre­sa, 99% da ten­ta­ti­va da rota­tivi­dade no mer­ca­do de ‘totais de gols do primeiro tem­po’ nes­ta par­ti­da foram para tal resul­ta­do”, desta­cou a cor­po­ração. “Durante o jogo, ver­i­fi­cou-se que a equipe vis­i­tante sofreu três gols ain­da no primeiro tem­po, sendo um deles con­tra.”

Parceria

Segun­do o comu­ni­ca­do, são alvos da oper­ação inte­grantes e ex-inte­grantes de uma das equipes. “Segun­do apu­ra­do, deter­mi­na­da empre­sa teria fir­ma­do parce­ria com um dos clubes e vários jogadores por ela agen­ci­a­dos foram con­trata­dos. A inves­ti­gação visa apu­rar a influên­cia de tais pes­soas no resul­ta­do da par­ti­da”.

Ain­da segun­do a Polí­cia Fed­er­al, tra­ta-se, em tese, de crimes con­tra a incerteza do resul­ta­do esporti­vo, com con­du­tas tip­i­fi­cadas na Lei Ger­al do Esporte e penas de dois a seis anos de reclusão.

A PF infor­mou atu­ar no caso medi­ante autor­iza­ção expres­sa do Min­istro da Justiça e Segu­rança Públi­ca, “ten­do em vista a reper­cussão nacional do caso, que exige repressão uni­forme”.

Intercâmbio de informações

Na nota, a Polí­cia Fed­er­al desta­cou ter fir­ma­do, com a Sportradar, um mem­o­ran­do de entendi­men­to para inter­câm­bio de infor­mações rel­e­vantes no com­bate à cor­rupção no esporte. O acor­do de coop­er­ação per­mite que a cor­po­ração ten­ha aces­so a anális­es rela­cionadas à inte­gri­dade esporti­va em mer­ca­dos de apos­tas, além de indica­tivos de manip­u­lação de even­tos esportivos.

Os nomes das equipes e das pes­soas envolvi­das na fraude não foram  divul­ga­dos.

Edição: Kle­ber Sam­paio

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