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PF faz ação contra grupo que propagava fake news eleitorais no RJ

Repro­dução: © Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Quatro acusados foram presos preventivamente nesta quinta-feira


Publicado em 12/09/2024 — 10:23 Por Agência Brasil — Rio de Janeiro

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Poli­ci­ais fed­erais pren­der­am nes­ta quin­ta-feira (12) qua­tro acu­sa­dos de inte­grar uma orga­ni­za­ção crim­i­nosa espe­cial­iza­da na propa­gação de infor­mações e notí­cias fal­sas (fake news) rela­cionadas a can­didatos políti­cos, no Rio de Janeiro. O grupo vin­ha atuan­do nas eleições munic­i­pais de dez cidades des­de 2016.

O alvo das notí­cias fal­sas foram can­didatos a prefeito. Os poli­ci­ais fed­erais cumpri­ram qua­tro man­da­dos de prisão pre­ven­ti­va, além de 15 man­da­dos de bus­ca e apreen­são expe­di­dos pela 8ª Zona Eleitoral do Rio de Janeiro.

Tam­bém foi deter­mi­na­do o blo­queio judi­cial de bens dos inves­ti­ga­dos, no val­or de R$ 1 mil­hão para cada alvo da ação poli­cial.

Segun­do as inves­ti­gações, inte­grantes da orga­ni­za­ção crim­i­nosa chegaram a ocu­par funções públi­cas em diver­sas cidades do esta­do. De acor­do com a PF, o grupo desen­volveu “sofisti­ca­do e lucra­ti­vo esque­ma basea­do na con­tratação de pes­soas com o obje­ti­vo de influ­en­ciar no proces­so eleitoral de diver­sos municí­pios”.

As pes­soas con­tratadas rece­bi­am instruções para propa­gar notí­cias fal­sas sobre um deter­mi­na­do can­dida­to à prefeitu­ra e pas­savam a cir­cu­lar diari­a­mente pelo municí­pio alvo, se infil­tran­do em locais com aglom­er­ações de pes­soas como pon­tos de ônibus, padarias, filas de ban­cos, bares e mer­ca­dos.

Ness­es locais, eles se encar­regavam de difundir aos eleitores fal­sas afir­mações sobre um um deter­mi­na­do can­dida­to, no intu­ito de ben­e­fi­ciar o rival nas eleições.

Os propa­gadores das infor­mações fal­sas rece­bi­am R$ 2 mil por mês e os coor­de­nadores da empre­ita­da crim­i­nosa rece­bi­am dos líderes da orga­ni­za­ção a quan­tia men­sal de R$ 5 mil, além de serem con­trata­dos pela  prefeitu­ra munic­i­pal.

No ano eleitoral, os coor­de­nadores eram exon­er­a­dos de seus car­gos e sub­sti­tuí­dos por pos­síveis fun­cionários fan­tas­mas.

“A cam­pan­ha de pro­pa­gan­da crim­i­nosa pos­suía um proces­so de afer­ição de resul­ta­do incluí­do no seu plane­ja­men­to, através da elab­o­ração de relatórios diários das ativi­dades, com a especi­fi­cação da quan­ti­dade de eleitores abor­da­dos por dia, número de votantes em cada can­dida­to e o total de eleitores con­ver­tidos para o can­dida­to ben­efi­ciário do esque­ma crim­i­noso”, infor­ma nota divul­ga­da pela PF.

De acor­do com a polí­cia, a orga­ni­za­ção crim­i­nosa con­cen­tra­va sua atu­ação no municí­pio de São João de Mer­i­ti (RJ), onde a maio­r­ia de seus mem­bros reside. No entan­to, eles teri­am atu­a­dos em out­ros municí­pios do esta­do.

Os alvos da oper­ação des­ta quin­ta-feira são inves­ti­ga­dos por orga­ni­za­ção crim­i­nosa, desvio de fun­cionários públi­cos para a atu­ação no grupo crim­i­noso, uti­liza­ção de “laran­jas” para burlar incom­pat­i­bil­i­dades com o exer­cí­cio da função públi­ca, lavagem de din­heiro, con­strang­i­men­to ile­gal de servi­dores (assé­dio eleitoral), bem como os tipos penais lig­a­dos à difusão de notí­cias fal­sas e/ou desin­for­mação, pre­vis­tos no Códi­go Eleitoral.

Ape­sar da orga­ni­za­ção crim­i­nosa con­cen­trar a sua atu­ação e os seus mem­bros residi­rem majori­tari­a­mente no municí­pio de São João de Mer­i­ti, com­pro­vou-se que o esque­ma crim­i­noso foi con­trata­do e expor­ta­do para ao menos out­ras 10 cidades do esta­do do Rio de Janeiro.

As inves­ti­gações tam­bém rev­e­laram que a quadrilha já teria influ­en­ci­a­do, no mín­i­mo, em três eleições munic­i­pais.

Edição: Maria Clau­dia

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