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PF faz buscas contra advogado e militares ligados a Bolsonaro

Repro­dução: © Marce­lo Camargo/Agência Brasil

Operação foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes


Pub­li­ca­do em 11/08/2023 — 12:24 Por Paula Labois­sière – Repórter da Agên­cia Brasil  — Brasília

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O ex-aju­dante de ordens de Jair Bol­sonaro e tenente do Exérci­to Osmar Criv­e­lat­ti; o gen­er­al do Exérci­to Mau­ro Cesar Lore­na Cid, pai do tam­bém ex-aju­dante de ordens de Bol­sonaro Mau­ro Cesar Bar­bosa Cid; e o advo­ga­do Fred­er­ick Wassef, que já defend­eu a família Bol­sonaro, são alvos de oper­ação da Polí­cia Fed­er­al (PF) deflagra­da nes­ta sex­ta-feira (11). 

Em nota, a cor­po­ração infor­mou que cumpre qua­tro man­da­dos de bus­ca e apreen­são, sendo dois em Brasília, um em São Paulo e um em Niterói (RJ). Os inves­ti­ga­dos, segun­do a PF, são sus­peitos de uti­lizar a estru­tu­ra do Esta­do para desviar, por meio de ven­das no exte­ri­or, bens de alto val­or pat­ri­mo­ni­al, entregues por autori­dades estrangeiras em mis­sões ofi­ci­ais a rep­re­sen­tantes do Esta­do brasileiro.

“Os val­ores obti­dos dessas ven­das foram con­ver­tidos em din­heiro em espé­cie e ingres­saram no patrimônio pes­soal dos inves­ti­ga­dos, por meio de pes­soas inter­postas e sem uti­lizar o sis­tema bancário for­mal, com o obje­ti­vo de ocul­tar a origem, local­iza­ção e pro­priedade dos val­ores”, desta­cou a PF.

Joias

A oper­ação foi autor­iza­da pelo min­istro do Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF) Alexan­dre de Moraes no inquéri­to sobre as chamadas milí­cias dig­i­tais. O doc­u­men­to da Corte cita especi­fi­ca­mente o caso das joias vin­das da Arábia Sau­di­ta em out­ubro de 2021. As peças foram pre­sentes para o então pres­i­dente Jair Bol­sonaro e sua esposa, Michelle Bol­sonaro, e entraram no país em comi­ti­va do Min­istério de Minas e Ener­gia que esteve no Ori­ente Médio em even­tos ofi­ci­ais.

“Deter­mi­no a real­iza­ção de bus­ca e apreen­são de com­puta­dores, tablets, mídias exter­na de armazena­men­to (pen dri­ve, CDs, DVDs, etc.), máquinas fotográ­fi­cas, quais­quer out­ros meios eletrôni­cos de armazena­men­to de dados, bem como doc­u­men­tos físi­cos, fotografias e arquiv­os rela­ciona­dos à práti­ca deli­ti­va que forem encon­tra­dos durante a diligên­cia, sobre­tu­do obje­tos que ten­ham relação com os fatos inves­ti­ga­dos.”

Na decisão, Moraes deter­mi­na ain­da que o Gabi­nete Adjun­to de Doc­u­men­tação Históri­ca (GADH) forneça, no pra­zo de cin­co dias, todos os doc­u­men­tos que instruíram os proces­sos de des­ti­nação de bens ao acer­vo pri­va­do de Bol­sonaro.

A oper­ação, bati­za­da pela PF de Lucas 12:2, faz alusão ao ver­sícu­lo 12:2 da Bíblia, que diz: “Não há nada escon­di­do que não ven­ha a ser descober­to, ou ocul­to que não ven­ha a ser con­heci­do”. Ain­da de acor­do com a cor­po­ração, os fatos inves­ti­ga­dos con­fig­u­ram crimes de pec­u­la­to e lavagem de din­heiro.

Edição: Lílian Beral­do

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