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PF: golpe não ocorreu por falta de apoio do Exército e da Aeronáutica

Previsão era consumar golpe no dia 15 de dezembro

André Richter — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 26/11/2024 — 19:22
Brasília
Ver­são em áudio
Repro­dução: Agên­cia Brasil / EBC

A Polí­cia Fed­er­al (PF) esti­ma que o plano de golpe de Esta­do que esta­va sendo artic­u­la­do seria con­suma­do pelo ex-pres­i­dente Jair Bol­sonaro e seus ali­a­dos no dia 15 de dezem­bro de 2022.

A con­clusão está no relatório no qual a PF indi­ciou Bol­sonaro e mais 36 acu­sa­dos por golpe de Esta­do e abolição vio­len­ta do Esta­do Democráti­co de Dire­ito. O sig­i­lo foi der­ruba­do nes­ta terça-feira (26) pelo min­istro do Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF), Alexan­dre de Moraes, rela­tor do chama­do inquéri­to do golpe.

Segun­do os inves­ti­gadores, a data foi “rel­e­vante para o con­tex­to golpista” porque o ex-pres­i­dente rece­beu, no Palá­cio da Alvo­ra­da, o min­istro da Justiça, Ander­son Tor­res, e os gen­erais da reser­va Bra­ga Net­to e Mario Fer­nan­des, todos indi­ci­a­dos pela PF. O então gen­er­al do Exérci­to Freire Gomes, coman­dante da força, tam­bém esteve com o ex-pres­i­dente naque­le dia.

No mes­mo dia, esta­va em cur­so uma oper­ação clan­des­ti­na para pren­der o min­istro Alexan­dre de Moraes.

Falta de apoio

De acor­do com o relatório de indi­ci­a­men­to, a oper­ação foi can­ce­la­da pelos indi­ci­a­dos após rece­berem a infor­mação de que não have­ria adesão das tropas de Freire Gomes ao golpe, fato que tam­bém lev­ou Bol­sonaro a não assi­nar a min­u­ta golpista encon­tra­da durante a inves­ti­gação da PF.

“Ape­sar de todas as pressões real­izadas, o gen­er­al Freire Gomes e a maio­r­ia do alto coman­do do Exérci­to man­tiver­am a posição insti­tu­cional, não aderindo ao golpe de Esta­do. Tal fato não ger­ou con­fi­ança sufi­ciente para o grupo crim­i­noso avançar na con­sumação do ato final e, por isso, o então pres­i­dente da Repúbli­ca Jair Bol­sonaro, ape­sar de estar com o decre­to pron­to, não o assi­nou”, afir­ma a PF.

Con­forme as provas col­hi­das no chama­do inquéri­to do golpe, além do Exérci­to, a Aeronáu­ti­ca tam­bém não embar­cou na ten­ta­ti­va de golpe e frus­trou a empre­ita­da.

“As evidên­cias descritas ao lon­go do pre­sente relatório, demon­straram que o coman­dante da Mar­in­ha, almi­rante Almir Gar­nier, e o min­istro da Defe­sa, Paulo Sér­gio, aderi­ram ao inten­to golpista. No entan­to, os coman­dantes Freire Gomes, do Exérci­to e Bap­tista Junior, da Aeronáu­ti­ca, se posi­cionaram con­trários a qual­quer medi­da que causasse a rup­tura insti­tu­cional no país”, com­ple­taram os inves­ti­gadores.

Diplomação

A imple­men­tação do golpe ocor­re­ria três dias após a diplo­mação do pres­i­dente Luiz Iná­cio Lula da Sil­va e do vice-pres­i­dente, Ger­al­do Alckimin, pelo Tri­bunal Supe­ri­or Eleitoral (TSE), então pre­si­di­do por Alexan­dre de Moraes, como can­didatos eleitos em 2022.

No dia 12 de dezem­bro de 2022, horas após a cer­imô­nia no TSE, um grupo ten­tou invadir a sede da Polí­cia Fed­er­al em Brasília e colo­cou fogo em ônibus que tran­si­taram pelas prox­im­i­dades.  

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