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PF investigará incêndio na casa de autor de atentado em Brasília

Mulher foi retirada da residência por populares com queimaduras

Andreia Verdélio – Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 17/11/2024 — 17:03
Brasília
Rio do Sul (SC), 17/11/2024 - Incêndio na casa de Francisco Wanderley Luiz, que atentou contra a democracia no STF. Foto: Corpo de Bombeiros de Santa Catarina/Divulgação
Repro­dução: © Cor­po de Bombeiros de San­ta Catarina/Divulgação

A Polí­cia Fed­er­al (PF) vai inves­ti­gar o incên­dio que acon­te­ceu neste domin­go (17), na casa de Fran­cis­co Wan­der­ley Luiz, o homem que mor­reu na noite da últi­ma quar­ta-feira (13), em Brasília, ao det­onar explo­sivos na Praça dos Três Poderes. Às 6h57, a equipe do Cor­po de Bombeiros Mil­i­tar de San­ta Cata­ri­na foi aciona­da para o atendi­men­to da ocor­rên­cia em Rio do Sul (SC), onde residia Fran­cis­co.

O local foi iso­la­do e os bombeiros realizaram perí­cia no local para apon­tar as causas do incên­dio. O lau­do dev­erá ser divul­ga­do em alguns dias, com pra­zo máx­i­mo de 30 dias.

De acor­do com a cor­po­ração, uma mul­her havia sido reti­ra­da da residên­cia por pop­u­lares e apre­sen­ta­va queimaduras de primeiro, segun­do e ter­ceiro graus em 100% do cor­po. Ela foi aten­di­da, esta­bi­liza­da na ambulân­cia e con­duzi­da ao pron­to socor­ro do Hos­pi­tal Region­al Alto Vale pelos bombeiros.

No local, os mil­itares ver­i­ficaram que o fogo já havia destruí­do par­cial­mente a residên­cia de 50 met­ros quadra­dos. A equipe, então, con­trolou as chamas e fez o rescal­do, para apa­gar todos os focos remanes­centes.

Atentado

Por vol­ta das 19h30 de quar­ta-feira (13), o chaveiro Fran­cis­co Wan­der­ley Luiz, de 59 anos, con­heci­do como Tiu França, ten­tou entrar com explo­sivos na sede do Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF), mas foi abor­da­do pelos segu­ranças do local. Vídeo das câmeras de segu­rança mostram o homem ati­ran­do os artefatos em direção à escul­tura A Justiça, que fica em frente ao pré­dio da Corte e, em segui­da, acen­den­do um explo­si­vo no próprio cor­po.

Tam­bém foram encon­tra­dos artefatos explo­sivos na casa onde Fran­cis­co esta­va hospeda­do, há qua­tro meses, em Ceilân­dia, região admin­is­tra­ti­va a cer­ca de 30 quilômet­ros do cen­tro de Brasília, e em um car­ro no esta­ciona­men­to próx­i­mo de um pré­dio anexo da Câmara dos Dep­uta­dos.

A Polí­cia Fed­er­al (PF) inves­ti­ga as explosões como ato ter­ror­ista e apu­ra se o chaveiro agiu soz­in­ho ou rece­beu algum tipo de apoio.

Fran­cis­co foi can­dida­to a vereador pelo PL em Rio do Sul, cidade catari­nense do Alto Vale do Ita­jaí, nas eleições de 2020. Em entre­vista à TV Brasil, um de seus irmãos disse que ele esta­va obceca­do por políti­ca nos últi­mos anos, par­ticipou de acam­pa­men­tos em rodovias con­tra a eleição do pres­i­dente Luiz Iná­cio Lula da Sil­va e esta­va com com­por­ta­men­to irrecon­hecív­el.

Para o min­istro do STF Alexan­dre de Moraes, o aten­ta­do teve como fonte de estí­mu­lo à polar­iza­ção políti­ca insta­l­a­da no país nos últi­mos anos e o “gabi­nete do ódio”, mon­ta­do durante o gov­er­no do pres­i­dente Jair Bol­sonaro. O pres­i­dente da Supre­ma Corte, Luís Rober­to Bar­roso, tam­bém afir­mou que as explosões ocor­ri­das na frente da sede do tri­bunal rev­e­lam a neces­si­dade de respon­s­abi­liza­ção de quem aten­ta con­tra a democ­ra­cia.

Moraes foi escol­hi­do por Bar­roso para ser o rela­tor do inquéri­to que vai apu­rar as explosões. A escol­ha foi fei­ta com base na regra de pre­venção, pois Moraes já atua no coman­do das inves­ti­gações sobre os atos golpis­tas de 8 de janeiro de 2023.

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