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PGR pede abertura de inquérito sobre o presidente no caso Covaxin

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Repro­du­ção: © José Cruz/Agência Bra­sil

Manifestação foi encaminhada à ministra Rosa Weber, do STF


Publi­ca­do em 02/07/2021 — 12:27 Por Feli­pe Pon­tes — Repór­ter da Agên­cia Bra­sil — Bra­sí­lia

Em nova mani­fes­ta­ção enca­mi­nha­da à minis­tra Rosa Weber, do Supre­mo Tri­bu­nal Fede­ral (STF), na manhã de hoje (2), a Pro­cu­ra­do­ria-Geral da Repú­bli­ca (PGR) pediu a aber­tu­ra de inqué­ri­to para apu­rar os fatos nar­ra­dos em uma notí­cia-cri­me por três sena­do­res, que atri­buí­ram ao pre­si­den­te Jair Bol­so­na­ro a supos­ta prá­ti­ca do cri­me de pre­va­ri­ca­ção no caso da vaci­na indi­a­na Cova­xin.

Na peti­ção, o vice-pro­cu­ra­dor-geral da Repú­bli­ca, Hum­ber­to Jac­ques de Medei­ros, indi­cou as dili­gên­ci­as ini­ci­ais da inves­ti­ga­ção, entre as quais ouvir “os supos­tos auto­res do fato” e o com­par­ti­lha­men­to de pro­vas com a Comis­são Par­la­men­tar de Inqué­ri­to (CPI) da Pan­de­mia no Sena­do.

A PGR soli­ci­tou a ins­tau­ra­ção de inqué­ri­to após ter pedi­do a Rosa Weber para que se aguar­das­se a con­clu­são dos tra­ba­lhos da CPI antes da aber­tu­ra de qual­quer apu­ra­ção judi­ci­al. A minis­tra rejei­tou o pedi­do sob o argu­men­to de que o Minis­té­rio Públi­co não pode­ria ser “espec­ta­dor das ações dos Pode­res da Repú­bli­ca”. Ontem (1º), ela deter­mi­nou que a Pro­cu­ra­do­ria-Geral se mani­fes­tas­se nova­men­te sobre o caso.

Entenda o caso

A notí­cia-cri­me foi pro­to­co­la­da no STF pelos sena­do­res Ran­dol­fe Rodri­gues (Rede-AP), Jor­ge Kaju­ru (Pode­mos-GO) e Fabio Con­ta­ra­to (Rede-ES) na últi­ma segun­da-fei­ra (28).

A ini­ci­a­ti­va dos par­la­men­ta­res foi toma­da após o depoi­men­to de Luis Ricar­do Miran­da, ser­vi­dor do Minis­té­rio da Saú­de, à CPI da Pan­de­mia, na sema­na pas­sa­da. Ele afir­mou ter sofri­do pres­são inco­mum de seus supe­ri­o­res para fina­li­zar a tra­mi­ta­ção da com­pra da Cova­xin, além de ter conhe­ci­men­to de supos­tas irre­gu­la­ri­da­des no pro­ces­so.

O ser­vi­dor é irmão do depu­ta­do Luis Miran­da (DEM-DF), a quem dis­se ter rela­ta­do o caso. À CPI, o par­la­men­tar afir­mou ter leva­do o rela­to do irmão até o pre­si­den­te, em 20 de mar­ço, mas que nenhum pro­vi­dên­cia teria sido toma­da des­de então. Para os sena­do­res, é neces­sá­rio inves­ti­gar se hou­ve cri­me de pre­va­ri­ca­ção.

Defesa

Em entre­vis­ta à impren­sa, antes do depoi­men­to dos irmãos Miran­da à CPI, o minis­tro-che­fe da Secre­ta­ria-Geral da Pre­si­dên­cia, Onyx Loren­zo­ni, dis­se que a Polí­cia Fede­ral seria infor­ma­da sobre o con­teú­do das denún­ci­as e que inves­ti­ga­ria o caso.

“[Pri­mei­ro] não hou­ve favo­re­ci­men­to a nin­guém, e esta é uma prá­ti­ca des­se gover­no, não favo­re­cer nin­guém. Segun­do, não hou­ve sobre­pre­ço. Tem gen­te que não sabe fazer con­ta. Ter­cei­ro, não hou­ve com­pra algu­ma. Não há um cen­ta­vo de dinhei­ro públi­co que tenha sido dis­pen­di­do do cai­xa do Tesou­ro Naci­o­nal ou pelo Minis­té­rio da Saú­de”, dis­se. Na oca­sião, Loren­zo­ni afir­mou que um dos docu­men­tos apre­sen­ta­dos por Luis Ricar­do Miran­da seria fal­so.

Nes­ta sema­na, o Minis­té­rio da Saú­de infor­mou que sus­pen­deu tem­po­ra­ri­a­men­te o con­tra­to de com­pra da Cova­xin. Em nota, a pas­ta jus­ti­fi­cou que a medi­da foi toma­da por reco­men­da­ção da Con­tro­la­do­ria-Geral da União (CGU).

Edi­ção: Juli­a­na Andra­de

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