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PGR: preso solto por Moraes era morador de rua e apanhou de golpistas

Repro­dução: © José Cruz/Agência Brasil

Informação consta no pedido de liberdade de Geraldo da Silva


Pub­li­ca­do em 25/11/2023 — 12:03 Por André Richter — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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A Procu­rado­ria-Ger­al da Repúbli­ca (PGR) infor­mou ao Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF) que o réu Ger­al­do Fil­ipe da Sil­va, um dos pre­sos acu­sa­do de par­tic­i­par dos atos de golpis­tas de 8 de janeiro, era pes­soa em situ­ação de rua e chegou a apan­har dos man­i­fes­tantes que par­tic­i­param da depredação de pré­dios públi­cos.

A infor­mação con­s­ta no pedi­do de absolvição e de liber­dade feito pela PGR ao min­istro Alexan­dre de Moraes no dia 7 deste mês.

Na sex­ta-feira (24), Moraes man­dou soltar Ger­al­do e deter­mi­nou a apli­cação de diver­sas medi­das caute­lares, como uso de tornozeleira eletrôni­ca. Ele ficou pre­so por dez meses.

De acor­do com pare­cer do sub­procu­rador Car­los Fred­eri­co San­tos, ficou demon­stra­do que não há provas sufi­cientes para con­denar Ger­al­do da Sil­va.

“Durante a instrução proces­su­al restou demon­stra­do que o denun­ci­a­do Ger­al­do Fil­ipe da Sil­va não tem nen­hum tipo de vín­cu­lo com os demais autu­a­dos”, afir­mou.

De acor­do com o proces­so, o réu foi pre­so na Esplana­da dos Min­istérios enquan­to era agre­di­do pelos “inte­grantes da tur­ba golpista”, que o chama­ram de “petista” e de “infil­tra­do”.

A prisão ocor­reu após poli­ci­ais mil­itares terem sido infor­ma­dos por pop­u­lares que Ger­al­do seria respon­sáv­el por colo­car fogo em uma viatu­ra da Polí­cia Leg­isla­ti­va, respon­sáv­el pela segu­rança do Con­gres­so. Con­tu­do, durante a inves­ti­gação, teste­munhas con­fir­maram que o acu­sa­do não come­teu os crimes pelos quais foi denun­ci­a­do.

Ele foi acu­sa­do de cin­co crimes: asso­ci­ação crim­i­nosa arma­da, abolição vio­len­ta do Esta­do Democráti­co de Dire­ito, golpe de Esta­do, dano qual­i­fi­ca­do e dete­ri­o­ração de patrimônio tomba­do.

Depoimento

No depoi­men­to presta­do em janeiro, Ger­al­do Fil­ipe declar­ou era esta­va em situ­ação de rua há três meses. Ele con­tou que mora­va em Per­nam­bu­co e veio para Brasília para “fugir da perseguição” de uma facção crim­i­nosa. Segun­do ele, a viagem foi paga com R$ 2,5 mil que rece­beu de auxílio emer­gen­cial.

O réu tam­bém afir­mou que esta­va soz­in­ho em Brasília e bus­ca­va aju­da da assistên­cia social em um cen­tro de atendi­men­to à pop­u­lação em situ­ação de rua.

Segun­do o depoi­men­to, no dia 8 de janeiro, ao deixar o local, Ger­al­do se deparou com a movi­men­tação de helicópteros e resolveu se aprox­i­mar da aglom­er­ação por “curiosi­dade” e viu “várias pes­soas pedin­do inter­venção”. Ao chegar na Esplana­da, o réu pas­sou a ser agre­di­do e chama­do de “petista”. Em segui­da, ele foi pre­so.

Ele tam­bém afir­mou na oiti­va que não votou nas eleições de 2022 e que não é eleitor do ex-pres­i­dente Jair Bol­sonaro.

Morte na Papuda

Na segun­da-feira (20), o réu Cleris­ton Pereira da Cun­ha, que tam­bém foi pre­so pelos atos golpis­tas, mor­reu após um mal súbito na pen­i­ten­ciária da Papu­da, em Brasília.

Antes da morte, a defe­sa de Cleris­ton pediu liber­dade a Moraes e citou pare­cer favoráv­el da PGR favoráv­el à soltura. No entan­to, o pedi­do de soltura não foi anal­isa­do.

Edição: Juliana Andrade

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