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Plataforma faz alerta sobre espécies em risco de extinção em todo país

Repro­dução: © Arqui­vo pes­soal

Sistema vai disponibilizar informações sobre quase 15 mil animais


Pub­li­ca­do em 02/08/2023 — 10:16 Por Luiz Cláu­dio Fer­reira — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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Avaliar pop­u­lações de ani­mais nos mais diver­sos bio­mas brasileiros e con­hecer as pos­síveis ameaças: queimadas, des­mata­men­tos, destru­ição de habi­tat, caças e matanças delib­er­adas. Nes­ta quar­ta-feira (2), o Insti­tu­to Chico Mendes de Con­ser­vação da Bio­di­ver­si­dade (ICM­Bio) divul­gou a evolução de estu­dos e a pub­li­cação de uma platafor­ma na inter­net que apre­sen­ta a situ­ação de quase 15 mil espé­cies no país. Tra­ta-se do Sis­tema de Avali­ação do Risco de Extinção da Bio­di­ver­si­dade, con­heci­do como Salve.  

Qual­quer pes­soa pode faz­er pesquisa na platafor­ma, pelo nome pop­u­lar ou cien­tí­fi­co do ani­mal. Para o coor­de­nador da Coor­de­nação de Avali­ação do Risco de Extinção das Espé­cies da Fau­na (Cofau) e anal­ista ambi­en­tal do ICM­Bio, Rodri­go Jorge, a ini­cia­ti­va vai con­tribuir para a con­ser­vação das espé­cies ameaçadas.

“Pre­cisamos avançar na real­iza­ção de anális­es para esti­mar a tendên­cia da bio­di­ver­si­dade no Brasil”, afir­ma. Ele expli­ca que hou­ve um aumen­to do número de espé­cies ameaçadas, mas o uni­ver­so de espé­cies avali­adas tam­bém cresceu.

Políticas públicas

O pesquisador Rodri­go Jorge acred­i­ta que, a par­tir das avali­ações feitas pelos cien­tis­tas, a per­da e a degradação de habi­tat da fau­na são algu­mas das prin­ci­pais ameaças. Segun­do ele, há uma relação dire­ta com o aumen­to do des­mata­men­to nos últi­mos anos.

- Plataforma exibe riscos de extinção de espécies em todo o país. - Inia geoffrensis - Boto Vermelho. Foto: Diogo Lagroteria/ICMBio
Repro­dução: Boto Ver­mel­ho inte­gra platafor­ma que mostra riscos de extinção de espé­cies  Foto - Dio­go Lagroteria/ICMBio

“Fica evi­dente a neces­si­dade urgente de revert­er essa tendên­cia. Por isso, a pos­tu­ra da atu­al gestão de pri­orizar o com­bate ao des­mata­men­to traz boas per­spec­ti­vas para a con­ser­vação da bio­di­ver­si­dade”, opina.

As pesquisas do ICM­Bio con­taram com apoio do Pro­je­to Pró-Espé­cies: Todos con­tra a Extinção, e com a par­tic­i­pação de espe­cial­is­tas da comu­nidade cien­tí­fi­ca.

Como apon­ta a enti­dade, a ini­cia­ti­va tem o obje­ti­vo de facil­i­tar a gestão do proces­so de avali­ação do risco de extinção e tornar essas infor­mações mais acessíveis para a ger­ação de con­hec­i­men­to e imple­men­tação de políti­cas públi­cas voltadas à con­ser­vação da bio­di­ver­si­dade.

Catalogação

Den­tro das quase 15 mil espé­cies avali­adas, já estão pub­li­cadas e disponíveis as fichas com­ple­tas de 5.513 espé­cies. Segun­do o ICM­Bio, a expec­ta­ti­va é que — até o final deste ano — sejam con­cluí­dos os tra­bal­hos para a pub­li­cação de nova atu­al­iza­ção da lista de espé­cies ameaçadas da fau­na brasileira e disponi­bi­liza­ção das fichas das espé­cies.

“O Brasil é recon­heci­do mundial­mente por abri­gar a maior bio­di­ver­si­dade do plan­e­ta, e a par­tir da atu­al­iza­ção e disponi­bi­liza­ção dess­es dados será pos­sív­el reforçar a imple­men­tação de ações que pro­movam a con­ser­vação da nos­sa fau­na”, diz Rodri­go.

O ICM­Bio exem­pli­fi­ca que as infor­mações disponíveis na platafor­ma podem ser uti­lizadas para proces­sos de licen­ci­a­men­to ambi­en­tal. Acen­tua que “anális­es real­izadas a par­tir dos reg­istros de ocor­rên­cia de espé­cies disponi­bi­liza­dos no Salve per­mi­tirão ver­i­ficar áreas de con­cen­tração de espé­cies ameaçadas”.

Segun­do o insti­tu­to, o desen­volvi­men­to da platafor­ma teve iní­cio em 2016. Esse proces­so de avali­ação do risco de extinção das espé­cies da fau­na brasileira foi con­duzi­do pelos 13 cen­tros nacionais de pesquisa e con­ser­vação (CNPC) do órgão.

Mais de 1,5 mil profis­sion­ais par­tic­i­pam das avali­ações. Os tra­bal­hos seguiram o méto­do de cat­e­go­rias e critérios da União Inter­na­cional para a Con­ser­vação da Natureza (UICN) e os resul­ta­dos são pub­li­ca­dos somente após a val­i­dação das infor­mações.

Con­heça a platafor­ma

Edição: Kle­ber Sam­paio

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