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Polícia Civil ainda tenta localizar responsáveis naufrágio em Belém

Repro­dução: © Sec­re­taria de Esta­do de Segu­rança Públi­ca e Defe­sa Social

Equipes de busca resgataram mais um corpo; total de vítimas chega a 19


Pub­li­ca­do em 10/09/2022 — 15:09 Por Alex Rodrigues — Repórter da Agên­cia Brasil — Brasília

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Dois dias após a lan­cha Dona Lour­des II naufra­gar próx­i­ma à Ilha de Coti­ju­ba, em Belém (PA), com um número ain­da incer­to de pes­soas a bor­do, a Polí­cia Civ­il segue ten­tan­do localizar os respon­sáveis pela embar­cação, que ain­da não se apre­sen­taram para prestar esclarec­i­men­tos.

Um inquéri­to poli­cial foi instau­ra­do no mes­mo dia do aci­dente para ten­tar definir as causas do naufrá­gio e esta­b­ele­cer respon­s­abil­i­dades. No âmbito crim­i­nal, há a pos­si­bil­i­dade dos donos da lan­cha serem indi­ci­a­dos por homicí­dio doloso, ou seja, quan­do a pes­soa assume o risco de matar.  Além dis­so, a Mar­in­ha tam­bém instau­rou um inquéri­to para apu­rar o fato.

Segun­do apu­ração pre­lim­i­nar, a embar­cação per­tence à mão de Mar­cos de Souza Oliveira. De acor­do com a Agên­cia de Reg­u­lação e Con­t­role de Serviços Públi­cos (Arcon), não só a empre­sa de Oliveira já tin­ha sido noti­fi­ca­da dev­i­do a irreg­u­lar­i­dades opera­cionais, como a Mar­in­ha já tin­ha impe­di­do que ele uti­lizasse out­ras duas embar­cações (Cli­cia e Expres­so) para trans­portar pas­sageiros, já que não esta­va autor­iza­do a ofer­e­cer este tipo de serviço.

Na man­hã de hoje (10), as equipes de bus­ca e sal­va­men­to localizaram mais um cor­po, que foi encam­in­hado para o Insti­tu­to Médi­co Legal (IML) para que seja iden­ti­fi­ca­do. Com isso, subiu para 19 o total de pes­soas mor­tas no naufrá­gio ocor­ri­do na man­hã da últi­ma quin­ta-feira (8). As víti­mas fatais são 11 mul­heres, cin­co home­ns e três cri­anças.

Sessen­ta e cin­co pes­soas que via­javam no Dona Lour­des II foram encon­tradas com vida. Os dois últi­mos destes sobre­viventes foram res­gata­dos por ribeir­in­hos que os encon­traram próx­i­mo à cidade de Pon­ta de Pedras (PA).

As autori­dades estad­u­ais ain­da não sabem ao cer­to quan­tas pes­soas estavam a bor­do da lan­cha no momen­to em que ela afun­dou. Segun­do a Sec­re­taria de Segu­rança Públi­ca do Pará (Segup), emb­o­ra a lotação declar­a­da fos­se de 82 pes­soas, incluin­do a trip­u­lação, a incerteza decorre do fato de a embar­cação fun­cionar irreg­u­lar­mente, embar­can­do pas­sageiros em por­tos clan­des­ti­nos.

Ain­da de acor­do com a Segup, as bus­cas por cor­pos e pos­síveis sobre­viventes foram retomadas esta man­hã. Onze embar­cações e duas aeron­aves dos órgãos de segu­rança estad­u­ais e da Mar­in­ha estão sendo empre­ga­dos. Como a lan­cha Dona Lour­des II parece estar mais estáv­el no leito do rio, mer­gul­hadores estão ver­i­f­i­can­do se há víti­mas pre­sas sob a embar­cação. O coman­dante-ger­al do Cor­po de Bombeiros, coro­nel Hay­man Souza, já havia comen­ta­do esta hipótese ontem (9).

“Seguimos as bus­cas pelos desa­pare­ci­dos. Esta­mos na estraté­gia de movi­men­tar a embar­cação, até porque ela não se encon­tra encosta­da no fun­do do rio e isso colo­ca em risco a oper­ação de mer­gul­ho, que é muito téc­ni­ca e depende de algu­mas car­ac­terís­ti­cas do local”, disse Souza. “Nes­sa movi­men­tação, provavel­mente, out­ros cor­pos poderão ser encon­tra­dos”, ante­cipou o coro­nel, garan­ti­do que os tra­bal­hos só serão encer­ra­dos quan­do todos os desa­pare­ci­dos forem encon­tra­dos.

Em nota, o Min­istério Públi­co do Pará infor­mou que já está adotan­do todas as providên­cias cabíveis nos âmbitos crim­i­nal, cív­el e admin­is­tra­ti­vo para respon­s­abi­lizar quem quer que ten­ha “con­cor­ri­do para mais esse fatídi­co episó­dio”. Para o órgão, o “trági­co e triste inci­dente” agra­va “a mácu­la do trans­porte flu­vial” no esta­do, mar­ca­do por out­ras tragé­dias semel­hantes ao lon­go dos anos.

Edição: Pedro Ivo de Oliveira

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