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Polícia de São Paulo investiga morte de campeã olímpica Walewska

Repro­dução: © Wales­ka Oliveira/Instagram

Ex-jogadora morreu ontem no bairro de Cerqueira César


Pub­li­ca­do em 22/09/2023 — 10:47 Por Juliano Jus­to — Repórter EBC — São Paulo

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A cen­tral Wales­ka Mor­eira de Oliveira mor­reu na noite des­ta quin­ta-feira (21) em São Paulo. Campeã olímpi­ca com a seleção brasileira de vôlei em 2008, a atle­ta esta­va aposen­ta­da des­de o final da tem­po­ra­da 2021/2022, quan­do defendia o Pra­ia Clube de Uber­lân­dia. Até a man­hã des­ta sex­ta-feira, a causa da morte da ex-jogado­ra não havia sido con­fir­ma­da. Em nota, a Sec­re­taria de Segu­rança Públi­ca do esta­do de São Paulo disse que a Polí­cia Civ­il inves­ti­ga a morte ocor­ri­da por vol­ta das 18h des­ta quin­ta no bair­ro de Cerqueira César, na zona oeste da cap­i­tal. O doc­u­men­to infor­ma que foi solic­i­ta­da a perí­cia no local. Segun­do a nota, detal­h­es serão preser­va­dos para garan­tir autono­mia ao tra­bal­ho poli­cial.

A Con­fed­er­ação Brasileira de Vôlei (CBV), em nota ofi­cial, lamen­tou o falec­i­men­to da atle­ta, que além do ouro em Pequim 2008, tam­bém gan­hou o bronze em Syd­ney 2000, três títu­los do Grand Prix, os Jogos Pan-Amer­i­canos de 1999 e a Copa das Campeões de 2013 pela equipe nacional. “Walews­ka era uma jogado­ra espe­cial, sua tra­jetória no esporte será para sem­pre lem­bra­da e rev­er­en­ci­a­da. Neste momen­to tão difí­cil, a CBV se sol­i­dariza com a família e os ami­gos des­ta grande jogado­ra”, disse o pres­i­dente da CBV, Radamés Lat­tari.

Nes­sa madru­ga­da, após tomar con­hec­i­men­to da morte da jogado­ra, a Seleção entrou em quadra, no Japão, e perdeu para a Turquia por 3 sets a 0 (21/25, 27/29 e 19/25), pelo Pré-Olímpi­co. As jogado­ras uti­lizaram braçadeiras em hom­e­nagem à cen­tral. “A Wal foi um exem­p­lo de cor­agem, de resil­iên­cia, uma mul­her forte. Ela fez parte de uma ger­ação que me fez quer­er ser jogado­ra de vôlei. Estive­mos com ela há pouco tem­po em Barueri e, mais uma vez, ela deixou uma men­sagem de incen­ti­vo muito forte. Quer­e­mos con­tin­uar esse lega­do que ela deixou para nós”, lamen­tou a pon­teira Gabi.

“Está doen­do muito. Sabíamos que tín­hamos que dis­putar esse jogo, nos jun­ta­mos e deix­am­os para chorar depois da par­ti­da. Foi difí­cil con­ter as lágri­mas na nos­sa oração de pré-jogo. Temos mais dois jogos impor­tantes para a clas­si­fi­cação e hoje deix­am­os a dese­jar em algu­mas situ­ações. Ago­ra vamos sen­tir esse luto. Quan­do cheguei na seleção a Wal era uma das mais expe­ri­entes. Apren­di muito com a pos­tu­ra dela. A Wal foi um espel­ho pela edu­cação, o charme e a resil­iên­cia. Ela rep­re­sen­tou o Brasil lin­da­mente. O esporte perde um grande ícone, uma rep­re­sen­tante de muito amor pelo volei­bol”, disse a cen­tral Thaísa.

“É um momen­to muito difí­cil, de mui­ta tris­teza. A Walews­ka foi um exem­p­lo de ded­i­cação, com­pro­me­ti­men­to, ela tin­ha tudo de bom que uma atle­ta pode ter. Ela sem­pre se cuidou muito, aju­dou seus times, des­de muito nova. Ficamos sem chão. Falan­do do jogo, a Turquia pres­sio­nou o nos­so time e nos­so saque pre­cisa­va faz­er mais a difer­ença. Ago­ra temos que pen­sar na Bél­gi­ca e no Japão para bus­car a nos­sa clas­si­fi­cação. Temos que deixar pas­sar esse momen­to triste. Eu con­heci a Walews­ka e sei que se ela tivesse aqui ela pediria para jog­a­r­mos por ela. A Walews­ka deixa um lega­do como atle­ta e ser humano. Ela foi uma atle­ta que todo o treinador gostaria de ter no seu time”, falou o téc­ni­co José Rober­to Guimarães.

Nat­ur­al de Belo Hor­i­zonte, Waleswka defend­eu diver­sos clubes durante a vito­riosa car­reira. Começou no Minas, entre 1995 a 1998. Voltou ao clube entre os anos de 2014 e 2015. Jogou pelo Rexona/Ades, São Cae­tano, Sirio Peru­gia da Itália, Mur­cia da Espan­ha, Zarechie da Rús­sia, Vôlei Futuro, Vôlei Amil, Osas­co e Pra­ia Clube. No Brasil, tin­ha duas con­quis­tas da Superli­ga (1999–2000 e 2017–18), Super­co­pa (2019, 2020 e 2021), Campe­ona­to Mineiro (2019 e 2021), Sul-Amer­i­cano (2021). O Pra­ia Clube aposen­tou a camisa 1 uti­liza­da pela jogado­ra.

Edição: Valéria Aguiar

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