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Polícia é espelho de sociedade racista, diz diretora de instituto

Repro­dução: © LINKEDIN/Cecília Oliveira

Críticas à morte de adolescente em favela do RJ continuam


Pub­li­ca­do em 10/08/2023 — 23:51 Por Dou­glas Cor­rêa — Repórter da Agên­cia Brasil — Rio de Janeiro

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A morte do ado­les­cente Thi­a­go Menezes Flausi­no, 13 anos, na madru­ga­da da últi­ma segun­da-feira (7) con­tin­ua rever­beran­do no Rio de Janeiro. A dire­to­ra exec­u­ti­va do Insti­tu­to Fogo Cruza­do, Cecília Olliveira, criti­cou o tra­bal­ho da polí­cia nos ter­ritórios per­iféri­cos.

“A letal­i­dade é efeito da fal­ta de uma políti­ca de segu­rança públi­ca foca­da em pre­venção e inteligên­cia. Mas é fal­ta tam­bém de pas­sar­mos nos­sa história a limpo. Nós somos uma sociedade racista e a polí­cia é um espel­ho dela – só que com armas nas mãos – tra­bal­han­do den­tro da lóg­i­ca de uma políti­ca assum­i­da­mente racista que é a guer­ra às dro­gas”.

Cecília disse tam­bém que o ocor­ri­do com Thi­a­go é a pro­va dis­so. “Não é caso iso­la­do. Não é jus­to que mães ten­ham que enter­rar seus fil­hos, que cri­anças enter­rem seus ami­gos. Não é jus­to que depois de tan­to sofri­men­to ain­da ten­ham que defend­er a rep­utação de um ado­les­cente mor­to por quem dev­e­ria o pro­te­ger. A história do Rio de Janeiro é mar­ca­da por cri­anças e ado­les­centes mor­tos e feri­dos”.

Para ela, não haverá tendên­cia de redução de vio­lên­cia arma­da no Brasil se gov­er­nos e sociedade não se moverem nes­sa direção. “Eles não têm metas de redução da letal­i­dade poli­cial, não pro­duzem dados que pos­sam servir para o plane­ja­men­to da segu­rança públi­ca. Bas­ta pen­sar que o Brasil não tem um ban­co nacional de homicí­dios ou um ban­co nacional com infor­mações sobre armas e munições”, avaliou.

A dep­uta­da estad­ual Rena­ta Souza (PSol) disse que o Esta­do dev­e­ria ser respon­s­abi­liza­do pela morte de Thi­a­go e de out­ras cri­anças negras das fave­las. Rena­ta clas­si­fi­cou a políti­ca públi­ca como “racista e geno­ci­da que se per­pet­ua em com­ple­to antag­o­nis­mo em relação aos dire­itos humanos e às leis que dev­e­ri­am garan­ti-los. Esse não é um cotid­i­ano que pos­sa ser aceito, supor­ta­do ou nat­u­ral­iza­do por ninguém”.

Em sua primeira agen­da públi­ca, nes­ta quin­ta-feira (10), em Cam­po Grande, zona oeste do Rio de Janeiro, Lula foi enfáti­co ao criticar a morte do jovem.

“A gente não pode cul­par a polí­cia, mas a gente tem que diz­er que um cidadão que ati­ra num meni­no que já esta­va caí­do é irre­spon­sáv­el e não esta­va prepara­do do pon­to de vista psi­cológi­co para ser poli­cial”. O gov­er­nador Cláu­dio Cas­tro, sen­ta­do jun­to às autori­dades, pres­en­ciou a fala do pres­i­dente.

O gov­er­no do esta­do do Rio foi procu­ra­do para comen­tar a reação de Lula, mas não retornou. O mes­mo acon­te­ceu com o coman­do da Polí­cia Mil­i­tar. Ele acabou não com­pare­cen­do à cer­imô­nia do iní­cio das obras do Insti­tu­to de Matemáti­ca Pura e Apli­ca­da (Impa) e da assi­natu­ra da por­taria para redução dos voos do San­tos Dumont para ampli­ar a capaci­dade de pas­sageiros no Galeão. Cas­tro, jun­to com o prefeito Eduar­do Paes, atu­ou ati­va­mente para que o Galeão voltasse a rece­ber um número maior de voos.

Edição: Marce­lo Brandão

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