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Polícia identifica responsável por despejo irregular no Rio Guandu

Repro­dução: © Inea/Divulgação

Empresa vai responder por crime ambiental e pagará multa


Pub­li­ca­do em 30/08/2023 — 08:28 Por Dou­glas Cor­rêa — Repórter da Agên­cia Brasil* — Rio de Janeiro

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A empre­sa Burn Indús­tria e Comér­cio, que atua no ramo de higiene e limpeza, com sede em Queima­dos, na Baix­a­da Flu­mi­nense, é a respon­sáv­el, de acor­do com a Polí­cia Civ­il, pelo despe­jo irreg­u­lar de pro­du­to pre­sente nos deter­gentes no Rio Guan­du, que provo­cou a par­al­isação da cap­tação de água para trata­men­to, na segun­da-feira (28), deixan­do sem abastec­i­men­to de água quase 11 mil­hões de pes­soas. A pre­visão é que o abastec­i­men­to fique nor­mal­iza­do nas próx­i­mas 48 horas.

A empre­sa vai respon­der por crime ambi­en­tal e a mul­ta apli­ca­da pode chegar a R$ 50 mil­hões. O vice-gov­er­nador do esta­do do Rio, Thi­a­go Pam­pol­ha, que tam­bém responde pela Sec­re­taria de Meio Ambi­ente, disse que a empre­sa Burn Indús­tria e Comér­cio será puni­da de for­ma exem­plar.

“Nós vamos usar todos os agra­vantes que fiz­erem sen­ti­do para que a gente pos­sa punir de for­ma exem­plar, na medi­da e na pro­porção que o caso exige, sem come­ter injustiças, mas dan­do o exem­p­lo. O esta­do do Rio não pode aceitar esse tipo de crime ambi­en­tal de for­ma pací­fi­ca, pre­cisamos real­mente aqui de mui­ta ener­gia do esta­do”, afir­mou o vice-gov­er­nador.  A empre­sa opera tam­bém na fab­ri­cação de pro­du­tos têx­teis para uso domés­ti­co. Na pági­na da Burn Indús­tria e Comér­cio, ela é descri­ta como empre­sa de pequeno porte, que tem 20 fun­cionários reg­istra­dos em sua fol­ha.

A Polí­cia Civ­il vai pedir tam­bém a inter­dição da empre­sa. Out­ras fábri­c­as serão vis­i­tadas, nes­ta quar­ta-feira (30), para iden­ti­ficar se hou­ve mais despe­jos que provo­caram a par­al­isação da Estação de Trata­men­to (ETA) Guan­du.

Burn

A Burn esclarece que não há nen­hu­ma relação entre a sua fábri­ca de Queima­dos, na Baix­a­da Flu­mi­nense, e a pre­sença de mate­r­i­al quími­co na bacia do Rio Guan­du. A unidade opera com tec­nolo­gia de pon­ta e de padrão inter­na­cional, seguin­do os mais rig­orosos pro­ced­i­men­tos de con­t­role, onde o manu­seio da matéria-pri­ma é autom­a­ti­za­do e em ambi­ente de cir­cuito fecha­do, ou seja, sem qual­quer escoa­men­to ou lig­ação com a rede plu­vial.

Além dis­so, tem todas as licenças necessárias e des­ti­nação ambi­en­tal­mente cor­re­ta de seus resí­du­os, estando sob mon­i­tora­men­to e con­t­role per­ma­nente dos órgãos ambi­en­tais com­pe­tentes.

Cabe ressaltar que a fábri­ca está a 11 quilômet­ros de dis­tân­cia do sis­tema do Guan­du seguin­do o fluxo do rio, e ado­ta uma série de ini­cia­ti­vas sus­ten­táveis, como sis­tema de reuso de água da chu­va, ilu­mi­nação por fontes ren­ováveis e selo EU Reci­clo. A empre­sa tam­bém con­tra­tou lab­o­ratório espe­cial­iza­do para cole­ta e análise da água e está colab­o­ran­do com as inves­ti­gações, à dis­posição das autori­dades.

Matéria alter­a­da às 8h57 para acrésci­mo de infor­mação (três últi­mos pará­grafos)

Edição: Graça Adju­to

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