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Polícia investiga laboratório por infecções por HIV no Rio

Agentes cumprem quatro mandados de prisão. Um dos sócios foi preso.

Vitor Abdala — Repórter da Agên­cia Brasil
Pub­li­ca­do em 14/10/2024 — 08:20
Rio de Janeiro
Ver­são em áudio
Nova Iguaçu (RJ) 12/10/2024 - A sede do PCS Lab Saleme, laboratório de análises clínicas interditado pela Anvisa para investigação da infecção de pacientes transplantados pelo vírus HIV, a partir de exames falso-negativos de doadores. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
© Fer­nan­do Frazão/Agência Brasil

Poli­ci­ais civis do Rio de Janeiro fazem, nes­ta segun­da-feira (14), uma oper­ação para apu­rar a sus­pei­ta da emis­são de lau­dos fal­sos feitos pelo lab­o­ratório PCS Saleme. Ele é inves­ti­ga­do pela respon­s­abil­i­dade no trans­plante de órgãos infec­ta­dos por HIV em seis pes­soas.

Agentes do Depar­ta­men­to Ger­al de Polí­cia Espe­cial­iza­da cumprem hoje 11 man­da­dos de bus­ca e apreen­são e qua­tro de prisão no Rio de Janeiro e Nova Iguaçu, onde o lab­o­ratório está sedi­a­do.

De acor­do com o gov­er­no do esta­do, um dos sócios do lab­o­ratório, Wal­ter Vieira, foi pre­so na ação des­ta segun­da-feira. O lab­o­ratório tin­ha con­tra­to assi­na­do com a Fun­dação Saúde, vin­cu­la­da à Sec­re­taria Estad­ual de Saúde, para realizar exam­es de anális­es clíni­cas e de anato­mia patológ­i­ca em todas as unidades da rede.

O con­tra­to foi assi­na­do em dezem­bro de 2023, mas foi sus­pen­so pela sec­re­taria após a divul­gação de infor­mações sobre a con­t­a­m­i­nação de pacientes trans­plan­ta­dos.

Falsificação

A Del­e­ga­cia do Con­sum­i­dor tam­bém inves­ti­ga se o lab­o­ratório falsi­fi­cou lau­dos em out­ros casos. “Deter­minei ime­di­ata­mente a instau­ração de inquéri­to, aten­den­do deter­mi­nação do gov­er­nador para que os fatos fos­sem inves­ti­ga­dos com maior rig­or e rapi­dez. Con­seguimos ele­men­tos para rep­re­sen­tar pelas caute­lares jun­to à Justiça em tem­po recorde, para que os cul­pa­dos sejam punidos com a maior celeri­dade”, afir­mou o secretário estad­ual de Polí­cia Civ­il, Felipe Curi, por meio de nota.

Por meio de nota, as defe­sas de Wal­ter e Mateus Vieira, sócios do PCS Lab Saleme, repu­di­aram “com veemên­cia a supos­ta existên­cia de um esque­ma crim­i­noso para for­jar lau­dos den­tro do lab­o­ratório, uma empre­sa que atua no mer­ca­do há mais de 50 anos. Ambos prestarão todos os esclarec­i­men­tos à Justiça”, dis­ser­am.

*Matéria alter­a­da às 9h01 para acrésci­mo de infor­mações.

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