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Pontos de garimpo ainda resistem na Terra Indígena Yanomami

Repro­dução: © Fabio Rodrigues-Pozze­bom/Agên­cia Brasil

Ministra do Meio Ambiente relatou sobrevoo em área invadida


Pub­li­ca­do em 02/05/2023 — 06:44 Por Pedro Rafael Vilela — Envi­a­do espe­cial — Boa Vista (RR)

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Mon­i­tora­men­to de satélites ain­da iden­ti­fi­ca ativi­dade de garim­po ile­gal na Ter­ra Indí­ge­na Yanoma­mi, ape­sar de a maio­r­ia dos pon­tos de garim­po já ter sido desati­va­da. A afir­mação é da min­is­tra do Meio Ambi­ente e Mudança do Cli­ma, Mari­na Sil­va, que esteve em Roraima nes­ta segun­da-feira (1º) em uma comi­ti­va do gov­er­no fed­er­al acom­pan­han­do a situ­ação. O grupo tam­bém era inte­gra­do pelas min­is­tras da Saúde, Nísia Trindades; e dos Povos Indí­ge­nas, Sônia Gua­ja­jara.

“Nós pudemos obser­var no sobrevoo que exis­tem vários garim­pos que, de fato, foram desati­va­dos, estão aban­don­a­dos, mas alguns, segun­do os dados do satélite, e pelo que pudemos obser­var, con­tin­u­am ativos. E serão desati­va­dos”, disse Mari­na Sil­va em entre­vista no fim da visi­ta. A viagem ocor­reu por deter­mi­nação do pres­i­dente Luiz Iná­cio Lula da Sil­va, dois dias depois que um aten­ta­do cometi­do por garimpeiros deixou um indí­ge­na mor­to e dois feri­dos.

O indí­ge­na que mor­reu, iden­ti­fi­ca­do como Ilson Xir­ix­ana, atu­a­va como agente de saúde na região. Segun­do a min­is­tra, de 75% a 80% dos garimpeiros que ocu­pavam a região já saíram do local.

Em Boa Vista, a min­is­tra da Saúde, Nísia Trindade, vis­i­tou os sobre­viventes do aten­ta­do que estão inter­na­dos no Hos­pi­tal Ger­al de Roraima (HGR), mas fora de peri­go. Os nomes deles são Otoniel Xir­ix­ana e Venân­cio Xir­ix­ana. Ela lamen­tou o ataque e elo­giou a atu­ação das equipes que prestaram socor­ro às víti­mas. Nísia Trindade ressaltou que é essen­cial garan­tir segu­rança a ess­es profis­sion­ais.

“O ataque ocor­reu próx­i­mo a uma unidade de saúde que con­seguimos abrir recen­te­mente. Isso colo­ca, para nós, a neces­si­dade, ao lado do cuida­do com a saúde dos indí­ge­nas, o cuida­do com aos tra­bal­hadores da área. Pre­cisamos cuidar de quem está cuidan­do”.

Pacificação

A min­is­tra dos Povos Indí­ge­nas, Sônia Gua­ja­jara, afir­mou que o gov­er­no tra­bal­ha para des­ocu­par a Ter­ra Indí­ge­na Yanoma­mi sem vio­lên­cia.

“A nos­sa pre­ocu­pação é que tudo acon­teça da for­ma mais pací­fi­ca pos­sív­el. A gente não está, de for­ma algu­ma, incen­ti­van­do esse con­fli­to, não quer­e­mos der­ra­ma­men­to de sangue. É por isso que a gente vem aqui, mais uma vez, para traz­er essa pre­sença do Esta­do brasileiro e reforçar a oper­ação de lib­er­tação den­tro do ter­ritório yanoma­mi”, desta­cou.

O secretário nacional de Segu­rança Públi­ca do Min­istério da Justiça, Tadeu Alen­car, aler­tou os inva­sores da ter­ra indí­ge­na que o gov­er­no não vai tol­er­ar o prossegui­men­to de ações crim­i­nosas na área.

“O Esta­do brasileiro não vai tol­er­ar aque­les que, de for­ma fla­grante, ile­gal e crim­i­nosa estão sendo recal­ci­trantes quan­to à decisão de deixar esse ter­ritório com os povos orig­inários, para que o Esta­do pos­sa cumprir o seu papel.

Edição: Graça Adju­to

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