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Pouso da Perseverance em Marte está previsto para amanhã

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© NASA/J­PL-Cal­tech (Repro­dução)

Equipamento vai avaliar amostras de rocha e do solo do planeta


Pub­li­ca­do em 17/02/2021 — 11:50 Por Pedro Peduzzi — Repórter da Agên­cia Brasil* — Brasília

Já encon­tra-se na reta final a con­tagem regres­si­va para o pouso da son­da norte-amer­i­cana que colo­cará o veícu­lo explo­ratório Rover Per­se­ver­ance (per­se­ver­ança, em inglês) no solo de marte já nes­ta quin­ta-feira (18). A mis­são, con­duzi­da pela Nasa, pode ser acom­pan­ha­da pelo site da agên­cia.

O Mars 2020 Per­se­ver­ance Rover foi cri­a­do com o obje­ti­vo de mel­hor com­preen­der a geolo­gia de Marte e procu­rar sinais de vida no plan­e­ta. Para tan­to, recol­herá e armazenará, com a aju­da de uma bro­ca, amostras de rocha e solo que poderão ser devolvi­das à Ter­ra no futuro. Além dis­so, tes­tará novas tec­nolo­gias que poderão ben­e­fi­ciar futuras explo­rações robóti­cas e humanas no Plan­e­ta Ver­mel­ho.

Em função da janela espa­cial que deixa Ter­ra e Marte próx­i­mas durante alguns perío­dos, out­ras mis­sões estão tam­bém em anda­men­to, ten­do como alvo aque­le plan­e­ta. É o caso da son­da Hope (Esper­ança), dos Emi­ra­dos Árabes Unidos; e da chi­ne­sa Tianwen‑1 (Astrono­mia 1). As três son­das, duas das quais lev­am rovers (veícu­los explo­ratórios), têm mis­sões muito difer­entes, mas com um obje­ti­vo comum: con­hecer mel­hor o plan­e­ta.

Cada son­da teve de per­cor­rer uma lon­ga eta­pa, cer­ca de 400 mil­hões de quilômet­ros entre os dois plan­e­tas, sem que as equipes saibam o des­fe­cho de suas cri­ações. Uma das fas­es mais críti­cas da mis­são é a de travar as son­das para que não cheguem demasi­a­do depres­sa ao plan­e­ta, o que pode acar­retar na destru­ição automáti­ca do equipa­men­to em Marte.

O lança­men­to da mis­são Mars 2020 Per­se­ver­ance foi em Jul­ho de 2020, a par­tir da Estação da Força Aérea do Cabo Canaver­al, Flori­da. O pouso está pre­vis­to para ser em “um anti­go delta de um rio em um lago que out­ro­ra encheu a crat­era de Jeze­ro”. A expec­ta­ti­va é de que o veícu­lo per­maneça por pelo menos um ano em solo mar­ciano, o que equiv­ale a dois anos na Ter­ra.

Câmera

O Rover Per­se­ver­ance pesa cer­ca de uma tonela­da e tem cer­ca de 3 met­ros de com­pri­men­to, 2,7 met­ros de largu­ra, e 2,2 met­ros de altura. Há, nele, sete instru­men­tos ino­vadores que, se tudo der cer­to, poderão ampli­ar como nun­ca os con­hec­i­men­tos sobre Marte. Um dess­es equipa­men­tos é a Mastcam‑Z, um sis­tema avança­do de câmara com capaci­dade de imagem panorâmi­ca com alta capaci­dade de zoom. Essa câmera poderá aju­dar a deter­mi­nar a min­er­alo­gia da super­fí­cie mar­ciana e aju­dar nas oper­ações do veícu­lo rover.

Out­ro equipa­men­to envi­a­do, a Super­Cam, é um instru­men­to que pode fornecer ima­gens, análise de com­posição quími­ca, e min­er­alo­gia à dis­tân­cia. Há, ain­da um espec­trômetro de flu­o­rescên­cia de raios X e ger­ador de ima­gens de alta res­olução para mapear a com­posição ele­men­tar em escala fina dos mate­ri­ais de super­fí­cie de Marte. Esse equipa­men­to per­mite detec­tar e anal­is­ar, de for­ma mais detal­ha­da, os ele­men­tos quími­cos que com­põem o plan­e­ta.

A Nasa envi­ou tam­bém um out­ro espec­trômetro que, fazen­do uso de um laser ultra­vi­o­le­ta, pro­duzirá ima­gens que pos­si­bil­i­tarão o mapea­men­to da min­er­alo­gia e de com­pos­tos orgâni­cos. “Este será o primeiro espec­trômetro Raman UV a voar para a super­fí­cie de Marte e fornecerá medições com­ple­mentares com out­ros instru­men­tos na car­ga útil”, infor­mou a Nasa. Ele inclui uma câmara a cores de alta res­olução para a obtenção de ima­gens microscópi­cas da super­fí­cie de Marte.

Um exper­i­men­to inter­es­sante a ser feito em Marte (a Mars Oxy­gen In-Situ Resource Uti­liza­tion Exper­i­ment), ten­tará pro­duzir oxigênio a par­tir do dióx­i­do de car­bono atmos­féri­co mar­ciano. “Se bem suce­di­da, a tec­nolo­gia Mox­ie poderá ser uti­liza­da pelos futur­os astro­nau­tas em Marte para queimar com­bustív­el de foguetão para regres­sar à Ter­ra”, detal­hou a agên­cia espa­cial.

Por fim, a mis­são tem um con­jun­to de sen­sores (o Mars Envi­ron­men­tal Dynam­ics Ana­lyz­er) que fornecerão medições de tem­per­atu­ra, veloci­dade e direção do ven­to, pressão, umi­dade rel­a­ti­va, e taman­ho e for­ma da poeira; e um radar de pen­e­tração no solo que pro­por­cionará uma res­olução à escala cen­timétri­ca da estru­tu­ra geológ­i­ca do sub­so­lo.

*Com infor­mações da Nasa

Edição: Denise Griesinger

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