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Prefeitura usa sacos para fechar comportas danificadas em Porto Alegre

Repro­dução: © Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Contenção é para evitar extravasamento da água do Guaíba para cidade


Publicado em 25/05/2024 — 18:27 Por Pedro Rafael Vilela — Enviado especial* — Porto Alegre

O Depar­ta­men­to Munic­i­pal de Água e Esgo­to (Dmae) de Por­to Ale­gre instalou, nos últi­mos dias, sacos de con­tenção na frente de parte das com­por­tas do Lago Guaí­ba, para evi­tar que a água inva­da nova­mente a cidade, em caso de aumen­to da cota de inun­dação.

O nív­el do Guaí­ba, em Por­to Ale­gre, baixou 16 cen­tímet­ros (cm) no perío­do das 19h dessa sex­ta-feira (25) até as 6h deste sába­do (26). Dados divul­ga­dos pelo gov­er­no do Rio Grande do Sul indicam que, até as 8h de hoje, a medição de 4,16 m se man­tinha. A cota de inun­dação no local é de 3 m.

Os bags, como são chama­dos, são grandes sacos con­fec­ciona­dos em ráfia (um mate­r­i­al resistente uti­liza­do na con­strução civ­il), com areia e cimen­to den­tro. Os sacos “endure­cem” na medi­da em que a água chega a eles. Até o momen­to, segun­do o Dmae, qua­tro das 14 com­por­tas foram fechadas com cer­ca de 50 a 80 bags cada uma. Os demais portões estão fecha­dos e mon­i­tora­dos pelo órgão, com exceção da com­por­ta 11, que segue aber­ta para que a água escoe em direção ao lago.

Porto Alegre (RS), 23/05/2024 – CHUVAS/ RS - ENCHENTES - Devido as fortes chuvas, o bairro de Cavalhadas em Porto Alegre ficou alagado. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Repro­dução: Dev­i­do às fortes chu­vas de quin­ta-feira, bair­ro de Cav­al­hadas, em Por­to Ale­gre, ficou ala­ga­do — Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Após vários dias sem chu­va, a cap­i­tal gaúcha reg­istrou, ao lon­go de toda a últi­ma quin­ta-feira (23), pre­cip­i­tação pro­lon­ga­da e inten­sa. Com isso, ruas e avenidas ficaram ala­gadas e alguns bair­ros, sobre­tu­do no cen­tro-sul e sul da cidade, que havi­am seca­do após as enchentes do iní­cio do mês, voltaram a ficar inun­da­dos. Os moradores tiver­am de ser reti­ra­dos de suas casas.

Segun­do o Insti­tu­to Nacional de Mete­o­rolo­gia (Inmet), o mês de maio de 2024 já acu­mu­la 486,7 milímet­ros (mm) de chu­va, o maior vol­ume da história da cidade des­de 1916.

Ape­sar de ser con­sid­er­a­do robus­to, efi­ciente e fácil de oper­ar, o sis­tema de pro­teção con­tra inun­dações de Por­to Ale­gre fal­hou por não rece­ber manutenções per­ma­nentes por parte da prefeitu­ra e do Dmae. A avali­ação é de 42 engen­heiros, arquite­tos e geól­o­gos. Eles divul­gar­am man­i­festo sobre a maior enchente da história de Por­to Ale­gre. Um dos prob­le­mas apon­ta­dos foi jus­ta­mente a existên­cia de avarias na estru­tu­ra das com­por­tas, que não estavam vedadas ade­quada­mente e não impedi­ram o extravasa­men­to da água do Guaí­ba, inun­dan­do inclu­sive as casas de bom­bas, que pararam de fun­cionar durante o auge das enchentes, há cer­ca de três sem­anas.

Edição: Juliana Andrade

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