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Presidente Lula reúne ministros para debater combate a queimadas

Repro­dução: © Fabio Rodrigues-Pozze­bom/Agên­cia Brasil

Polícia Federal já abriu 52 inquéritos para investigar possíveis crime


Publicado em 16/09/2024 — 10:34 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil — Brasília

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O pres­i­dente Luiz Iná­cio Lula da Sil­va se reúne na man­hã des­ta segun­da-feira (16) com min­istros de Esta­do para tratar sobre as emergên­cias climáti­cas e os incên­dios flo­restais que atingem cer­ca de 60% do país. Neste domin­go (15), Lula e a primeira-dama, Jan­ja Lula da Sil­va, sobrevoaram o Par­que Nacional de Brasília, atingi­do por um incên­dio de grandes pro­porções.

Em pub­li­cação nas redes soci­ais, o pres­i­dente infor­mou que o gov­er­no fed­er­al está atuan­do jun­to com o Cor­po de Bombeiros do Dis­tri­to Fed­er­al para aju­dar no com­bate às chamas e anun­ciou a reunião com a min­is­tra do Meio Ambi­ente e Mudança do Cli­ma, Mari­na Sil­va.

“A PF [Polí­cia Fed­er­al] tem hoje 52 inquéri­tos aber­tos con­tra os respon­sáveis por ess­es crimes. O Min­istério da Saúde tem dado ori­en­tações para nos pro­te­germos da fumaça, e aman­hã [segun­da-feira] irei me reunir com a min­is­tra Mari­na Sil­va, e o núcleo de gov­er­no para dis­cu­tir­mos mais ações para lidar­mos com essa emergên­cia climáti­ca”, escreveu Lula.

Reg­u­lar­mente, às segun­das-feiras, Lula se reúne com os min­istros da artic­u­lação políti­ca e com os líderes do gov­er­no no Par­la­men­to para tratar da agen­da no Con­gres­so Nacional. Nes­ta segun­da-feira, a min­is­tra Mari­na Sil­va tam­bém estará entre os par­tic­i­pantes e a pau­ta das queimadas deve ser tema dom­i­nante no encon­tro.

O vice-pres­i­dente, Ger­al­do Alck­min, os min­istros da Justiça e Segu­rança Públi­ca, Ricar­do Lewandows­ki, e da Advo­ca­cia-Ger­al da União, Jorge Mes­sias, rep­re­sen­tantes do Iba­ma e do ICM­Bio e o secretário-exec­u­ti­vo da Saúde, Swe­den­berg­er Bar­bosa, tam­bém par­tic­i­parão da reunião.

Ação humana

A Polí­cia Fed­er­al apon­ta que há indí­cios de que parte dos incên­dios flo­restais no país pode ter ocor­ri­do por meio de ações coor­de­nadas, com a propa­gação de incên­dios simultâ­neos. A hipótese de ação humana em parte das queimadas que asso­lam o país tam­bém já foi lev­an­ta­da pelo min­istro do Supre­mo Tri­bunal Fed­er­al (STF) Flávio Dino, que deter­mi­nou medi­das para o enfrenta­men­to aos incên­dios na Amazô­nia e no Pan­tanal.

Flávio Dino tam­bém autor­i­zou a União a emi­tir crédi­tos extra­ordinários fora dos lim­ites fis­cais para o com­bate às chamas. Com a medi­da, até o fim do ano o gov­er­no fed­er­al terá à dis­posição um orça­men­to de emergên­cia climáti­ca para enfrentar os incên­dios flo­restais e poderá enviar ao Con­gres­so Nacional medi­da pro­visória ape­nas com o val­or do crédi­to a ser des­ti­na­do a este fim.

O uso do fogo para práti­cas agrí­co­las no Pan­tanal e na maior parte da Amazô­nia está proibido e é crime, com pena de 2 a 4 anos de prisão.

Segun­do o Min­istério do Meio Ambi­ente e Mudança do Cli­ma, asso­ci­a­dos a essa práti­ca e a out­ras ações crim­i­nosas coor­de­nadas, os incên­dios flo­restais no Brasil e em out­ros país­es da Améri­ca do Sul são inten­si­fi­ca­dos pela mudança do cli­ma, que causa esti­a­gens pro­lon­gadas em bio­mas como o Pan­tanal e Amazô­nia. Este ano, 58% do ter­ritório nacional foi afe­ta­do pela seca. Em cer­ca de um terço do país, o cenário é de seca sev­era.

Em declar­ação no sába­do (14), a min­is­tra Mari­na Sil­va afir­mou que o Brasil vive um ter­ror­is­mo climáti­co, com pes­soas usan­do as altas tem­per­at­uras e a baixa umi­dade para atear fogo, prej­u­di­can­do a saúde das pes­soas, a bio­di­ver­si­dade e destru­in­do as flo­restas.

Saúde pública

Além das con­se­quên­cias para o meio ambi­ente, o grande vol­ume de queimadas no país tem pres­sion­a­do o sis­tema de saúde e causa pre­ocu­pação, prin­ci­pal­mente quan­do envolve idosos e cri­anças com prob­le­mas res­pi­ratórios. Por causa dos incên­dios, cidades em diver­sas partes do país foram atingi­das por nuvens de fumaça, o que prej­u­di­ca a qual­i­dade do ar.

As ori­en­tações à pop­u­lação nes­sas regiões são evi­tar, ao máx­i­mo, a exposição ao ar livre e a práti­ca de ativi­dades físi­cas, não ficar próx­i­mo dos focos de queimadas e aumen­tar a ingestão de água. A recomen­dação é procu­rar atendi­men­to médi­co em caso de náuse­as, vômi­tos, febres, fal­ta de ar, ton­tu­ra, con­fusão men­tal ou dores inten­sas de cabeça, no peito ou abdô­men.

A Força Nacional do Sis­tema Úni­co de Saúde (SUS) vai ampli­ar a atu­ação nos esta­dos e municí­pios afe­ta­dos pelas queimadas. A par­tir des­ta segun­da-feira, serão real­izadas vis­i­tas de equipes nos esta­dos do Acre, Ama­zonas e Rondô­nia. A mobi­liza­ção é uma deman­da do Min­istério da Saúde e tem como obje­ti­vo avaliar a situ­ação e apoiar gestores estad­u­ais e munic­i­pais.

Veja imagens

Por con­ta do incên­dio que atinge des­de domin­go (15) o Par­que Nacional de Brasília, a cap­i­tal fed­er­al aman­heceu encober­ta de fumaça nes­ta segun­da-feira.

Edição: Fer­nan­do Fra­ga

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